A edição desta semana da revista Veja, que circula desde domingo (10)
para assinantes, traz um caderno especial sobre os principais temas que
devem polarizar o debate em torno da Rio+20, a conferência global que
discutirá alternativas para o Planeta sustentável às próximas gerações. O
evento começa quarta-feira (13) e prossegue até o dia 22, no Rio de
Janeiro.
Entre os problemas apresentados, a questão indígena ganha destaque a
partir da temática em torno da falta de terras e os conflitos envolvendo
indígenas e lideranças dos produtores rurais. A Terra Indígena
Panambizinho, que levou à expulsão de produtores da área para um
confinamento na região de Juti, é mostrada como sinônimo da degradação.
“O cenário é desolador. As construções estão em ruínas e os 1272
hectares da área são aproveitados para o cultivo de hortas diminutas de
mandioca, abóbora e abacaxi”, descreve a reportagem do jornalista Kalleo
Coura. “Fomos praticamente coagidos pelos padres, movimentos sociais e
deputados do PT”, diz o produtor Dionésio Rosa, um dos que foram
desalojados da área, em entrevista à revista.
Segundo a reportagem, que mostra também uma foto retratando o
contraste [de um lado, o mato e o lixo em que se transformou a área
antes produtiva, dividida pela rodovia que liga ao distrito de Panambi, e
de outro, a terra fértil explorada por produtores], “enquanto o Cimi, a
Funai e as ONGs cuidam de seus interesses políticos, a vida dos índios
se deteriora”.
Segundo o pesquisador Hildebrando Campestrini, do Instituto Histórico
e Geográfico de Mato Grosso do Sul, “alguns movimentos sociais deturpam
as estatísticas para fomentar a indústria de demarcação de terras”.
A reportagem conclui com um depoimento do deputado douradense e
presidente estadual do DEM, Zé Teixeira, que teve parte das terras
ocupadas pelos índios. Citado pela revista como uma das vozes mais
racionais nesse debate, Teixeira disse à Veja que “essas entidades só
sabem jogar os índios contra os produtores rurais, elas incitam invasões
não porque querem o bem-estar dos índios, mas porque são contra o
progresso”, diz o deputado.
Fonte: Douranews
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