segunda-feira, 11 de junho de 2012

Revista Veja cita degradação indígena da aldeia Panambizinho em especial da conferência Rio+20

A edição desta semana da revista Veja, que circula desde domingo (10) para assinantes, traz um caderno especial sobre os principais temas que devem polarizar o debate em torno da Rio+20, a conferência global que discutirá alternativas para o Planeta sustentável às próximas gerações. O evento começa quarta-feira (13) e prossegue até o dia 22, no Rio de Janeiro.
Entre os problemas apresentados, a questão indígena ganha destaque a partir da temática em torno da falta de terras e os conflitos envolvendo indígenas e lideranças dos produtores rurais. A Terra Indígena Panambizinho, que levou à expulsão de produtores da área para um confinamento na região de Juti, é mostrada como sinônimo da degradação.
“O cenário é desolador. As construções estão em ruínas e os 1272 hectares da área são aproveitados para o cultivo de hortas diminutas de mandioca, abóbora e abacaxi”, descreve a reportagem do jornalista Kalleo Coura. “Fomos praticamente coagidos pelos padres, movimentos sociais e deputados do PT”, diz o produtor Dionésio Rosa, um dos que foram desalojados da área, em entrevista à revista.
Segundo a reportagem, que mostra também uma foto  retratando o contraste [de um lado, o  mato e o lixo em que se transformou a área antes produtiva, dividida pela rodovia que liga ao distrito de Panambi, e de outro, a terra fértil explorada por produtores], “enquanto o Cimi, a Funai e as ONGs cuidam de seus interesses políticos, a vida dos índios se deteriora”.
Segundo o pesquisador Hildebrando Campestrini, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, “alguns movimentos sociais deturpam as estatísticas para fomentar a indústria de demarcação de terras”.
A reportagem conclui com um depoimento do deputado douradense e presidente estadual do DEM, Zé Teixeira, que teve parte das terras ocupadas pelos índios. Citado pela revista como uma das vozes mais racionais nesse debate, Teixeira disse à Veja que “essas entidades só sabem jogar os índios contra os produtores rurais, elas incitam invasões não porque querem o bem-estar dos índios, mas porque são contra o progresso”, diz o deputado.


Fonte: Douranews

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