terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Indígena defende dissertação de mestrado em aldeia


Na próxima quarta-feira (29), a aldeia Pirajuí, que fica no município de Paranhos, em Mato Grosso do Sul, receberá um grupo de professores e convidados a participar da defesa de dissertação do indígena, da etnia Guarani, Cajetano Vera. Esta será a segunda vez que uma comunidade indígena tem oportunidade de assistir o resultado de estudo acadêmico voltado para seus saberes tradicionais. 
Cajetano formou-se em Ciências Biológicas e no mestrado em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) conta com apoio do Programa de Bolsas da Fundação Ford e do projeto Rede de Saberes, financiado pela mesma. Ele trouxe para a universidade a questão do hábito do consumo de larvas de besouros entre os Guarani Ñandéva, da aldeia Pirajuí. A banca examinadora conta com os professores Drª Nádia Heusi (UFSC), Drº Eraldo Costa Neto (UEFS) e o orientador Dr. Antonio Brand (UCDB).
O mestrando desenvolveu o estudo com foco na segurança alimentar, nutricional e sustentabilidade social. Segundo suas constatações, o hábito alimentar dos indígenas mudou muito com o passar dos anos. “Em paralelo à perda de seus territórios, ocorreu o assoreamento cultural, com mudanças nos hábitos alimentares tradicionais”, explicou. No entanto, Cajetano traz em sua dissertação perspectivas para que o consumo de insetos, que são ricos em proteínas, venha a ocorrer com a mesma frequência de antes.
Em 2010, por iniciativa do Mestrado em Educação da UCDB, houve as primeiras defesas de dissertação em comunidade indígena. Os professores da etnia Terena, Maria de Lourdes e Celinho Belizário encantaram ao apresentar os trabalhos, que durante dois anos, desafiaram a eles mesmos e também aos professores do programa, por conta de sua característica intercultural. A educação escolar e a língua materna foram os temas, que os mestrandos apresentaram, usando a própria língua Terena para expor suas conclusões, na aldeia Cachoeirinha, no município de Miranda. 

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Questão indígena no MS é um desafio para o Brasil em direitos humanos

A difícil situação dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul, e particularmente dos guarani-kaiowá, em sua natureza, não é diferente do que se verifica em várias outras regiões do Brasil e da América Latina. Estamos falando de um processo de expropriação territorial, com o objetivo de utilizar-se dos recursos naturais (terra, água, madeira) e consequentes violações dos direitos mais básicos dessas populações, como o acesso à alimentação, educação e saúde.

O que impressiona no Mato Grosso do Sul é, sobretudo, a dimensão dos problemas e o grau de acirramento dos conflitos. Em primeiro lugar, isso acontece porque se encontra ali, hoje, a segunda maior população indígena do País, 73.295 pessoas, número somente superado pelo Amazonas (168.680). Juntos, os grupos de língua guarani falantes do dialeto kaiowá (autodenominados kaiowá) e os que falam nhandeva (autodesignados guarani) conformam hoje o maior grupo indígena do País, com cerca de 45 mil pessoas, distribuídas por mais de 30 terras indígenas e 31 acampamentos à beira de estradas ou em pequenas porções de terra dentro de fazendas.

Nos últimos anos, diversos relatórios nacionais e internacionais, de organizações da sociedade civil, como a Anistia Internacional e a Survival, além de órgãos de governo e mesmo de Estado, como o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), têm apontado a situação dos guarani-kaiowá como um dos maiores desafios atuais do governo brasileiro na área dos direitos humanos.

O outro forte fator que agrava a crise no Mato Grosso do Sul é o grande poder político da elite local, particularmente acentuado na conjuntura atual, em que o agronegócio se tornou um dos pilares de um modelo econômico baseado, em grande parte, na exportação de commodities primárias. De fato, é um mar de soja, cana-de-açúcar e pastagens para o gado bovino o que se vê, hoje, sobre as terras reivindicadas pelos guarani-kaiowá, outrora uma região de grande biodiversidade, com matas ricas em madeiras nobres, como a peroba, o cedro e a aroeira.

O poder econômico e político dessa elite local, fortemente associada ao capital transnacional que financia o agronegócio, protelou ao máximo o processo de demarcação das terras indígenas na região. Desde que o movimento indígena Aty Guasu passou a organizar ocupações de terra como estratégia para pressionar o Estado brasileiro a agir na região, em meados dos anos 1980, a Fundação Nacional do Índio sempre agiu de forma pontual, sem buscar uma solução estrutural para os conflitos. Uma determinada área era ocupada, e somente ali se iniciava um processo de identificação e delimitação.

O movimento guarani-kaiowá pela recuperação das terras surgiu na virada dos anos 80, no bojo da redemocratização, ao mesmo tempo em que se organizavam os setores populares de todo o País. Ao longo das quatro décadas anteriores, os indígenas haviam visto seu território ser ocupado progressivamente por milhares de colonos vindos de vários cantos do País, com incentivo oficial, tanto do governo federal quanto do estado de Mato Grosso (a criação do Mato Grosso do Sul aconteceu em 1979). Nos anos 50 e 60, os líderes que ousavam reagir a esse processo de espoliação eram tachados de “comunistas” pelos órgãos indigenistas.

A mão de obra indígena já era explorada na região desde o século XIX, na extração de erva-mate, atividade instalada logo depois que o País ganhou a posse daquelas terras com a Guerra da Tríplice Aliança. Logo, os trabalhadores indígenas passaram a ser empregados no desmatamento massivo da região e implantação da monocultura extensiva, sobretudo da soja e da cana. Nos anos 70, intensificou-se o processo de expulsão das centenas de grupos locais para dentro de oito reservas indígenas que haviam sido demarcadas entre 1915 e 1928 pelo antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI, substituído em 1968 pela Funai).

Essas antigas reservas, contudo, não chegavam a 18 mil hectares de terra. Quando milhares de pessoas passaram a ser retiradas das áreas que ocupavam em “fundos de fazendas” por toda a região, os recursos naturais das antigas áreas do SPI rapidamente se esgotaram, e apareceram os problemas que, há 30 anos, assolam com força os guarani-kaiowá: conflitos entre as famílias, suicídios dos jovens, desnutrição infantil. Com a falta de terras, os homens, sobretudo, deslocam-se para longe da família a fim de buscar remuneração principalmente nas usinas de cana-de-açúcar – alvos de frequentes denúncias em razão da precariedade das condições trabalhistas.

Hoje, a situação enfrentada pelos jovens guarani-kaiowá nessas reservas lembra muito a que é vivida nas periferias das grandes metrópoles brasileiras. Em Dourados, a área mais problemática, onde o índice de assassinatos chega a ser superior ao de países em guerra, como o Iraque, já surgiu até um grupo de rap, o Bro MC’s, inspirado em grupos como o Racionais MC’s.
“Sei que não é fácil levar a vida desse jeito/ Fazer o quê? Me rendo ou luto/ contra o preconceito?/ Sou índio, sim/ problema, não burro/ como pensa esse sujeito/ Daquele jeito!/ Continuo minha sina/ sabendo muito bem quem gerou minha ruí-na/ 510 anos de abandono confinados/ em reservas que mal cabem nossos sonhos (…)/ Vai achando graça, mas o papo aqui é sério/ você e sua cachaça mandam muitos pro cemitério/ (…) De lá pra cá, guerras, conflito/ Chegou a hora de lutar pelo direito dos índios”, cantam os rappers desse que é o primeiro grupo de rap -indígena a gravar um CD no País.

REAÇÃO EM CADEIA
A reação ao processo de confinamento foi contundente. Uma a uma, os militantes da Aty Guasu reconquistaram, desde os anos 80, mais de 20 pequenas porções de terra, hoje em diferentes fases de regularização fundiária. Inicialmente, a Funai adotou uma política de demarcar áreas minúsculas, obviamente insuficientes para as necessidades das comunidades – vide as terras indígenas jaguari (405 hectares), sucuriy (500 hectares) e jarará (479 hectares), todas demarcadas e homologadas ao longo dos anos 90.

Mais recentemente, as demarcações passaram a contemplar áreas maiores, porém esbarrando, cada vez mais, nas ações judiciais. Das três áreas homologadas no governo Lula, duas foram barradas por liminares de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso aconteceu em 2005 com a terra indígena Nhanderu Marangatu (9.317 hectares no município de Antônio João), suspensa por Nelson Jobim, e, em 2009, com a terra indígena Arroio-Korá (7,1 mil hectares em Paranhos), embargada por Gilmar Mendes.

Nos últimos anos, os fazendeiros da região, fortalecidos política e economicamente, também tornaram as disputas cada vez mais violentas. Os assassinatos de lideranças, que já alcançavam repercussão internacional desde a morte de Marçal de Souza, em 1983, passaram a ser cada vez mais frequentes, sobretudo a partir de 2003, quando morre Marcos Verón, liderança de destaque no movimento Aty Guasu.

A crise nas reservas superlotadas também se intensifica na última década. Entre 2005 e 2006, ganham destaque na mídia nacional e no meio político as mortes em decorrência da desnutrição infantil. Como forma emergencial de combater o problema, intensifica-se a distribuição de cestas básicas. Em paralelo, o Ministério Público Federal intensifica suas pressões por uma solução real para o problema.

Segundo a legislação brasileira, o que está em jogo são as terras de “ocupação tradicional” do grupo (categoria definida pela Constituição de 1988, em seu artigo 231). Na cosmologia guarani-kaiowá, essas áreas são chamadas de tekoha (de teko – modo de ser – + ha – lugar, uma palavra que poderia ser traduzida como “lugar onde se pode viver do nosso próprio jeito”). Isso ajuda a entender a formação dos acampamentos – geralmente buscando as poucas áreas de mata que restam na região, na proximidade de onde se localizavam antigos assentamentos indígenas.

A alusão a esse “outro jeito de ser” demonstra que o movimento guarani-kaiowá é, sobretudo, uma reação cultural à imposição do estilo de vida dos karaí (como os indígenas designam os brancos). Não por acaso, os xamãs são figuras importantes na luta pela terra, eles fundamentam o sentido dessa ação política com profecias sobre o retorno dos tempos de fartura e alegria, a partir da recuperação do antigo território indígena. Retomar um tekoha, como fez Nisio Gomes, é voltar ao contato com os espíritos da terra e dos ancestrais.

No fim de 2007, a Funai assina, junto ao MPF, e com o testemunho das lideranças da Aty Guasu, um Compromisso de Ajuste de Conduta para resolver de uma vez por todas a situação das terras guarani-kaiowá. Em julho de 2008, são lançados seis grupos de trabalho para identificar e delimitar as terras indígenas, divididas de acordo com as bacias hidrográficas da região. Uma estimativa inicial dos antropólogos envolvidos é de 600 mil hectares a serem identificados – a extensão exata do território reivindicado só será conhecida com a publicação dos relatórios, nos próximos meses.

Na época, fazendeiros e políticos do estado difundiram a versão – prontamente desmentida pela Funai – de que as terras a serem demarcadas poderiam chegar a 12 milhões de hectares (quase um terço da área do Mato Grosso do Sul). Após um ato político na Assembleia Legislativa, o principal diário do estado estampou a manchete: “Produtores declaram guerra aos índios”.

Enquanto os políticos locais pressionavam o governo federal, os fazendeiros buscavam impedir o trabalho das equipes da Funai usando todo tipo de artifício jurídico. Diante da demora nos processos de identificação, mais uma vez os guarani-kaiowá lançaram mão da estratégia de ocupar as terras reivindicadas para pressionar as autoridades. O resultado tem sido uma série de conflitos sangrentos, desde 2009. Sem uma ação mais contundente do poder público, mais problemas certamente continuarão a ocorrer.

2012 Ano Internacional da Comunicação Indígena

O Congresso Nacional de Comunicação Indígena do México encabeçou o lançamento do ano 2012 como o Ano Internacional da Comunicação Indígena, durante o qual serão realizados diversos fóruns e oficinas para analisar a situação dos povos originários quanto à comunicação. Segundo integrantes do Congresso, foram as experiências adquiridas nesta área, “em especial das rádios comunitárias e cinema indígena” que impulsionaram este acordo.
A informação é da Organização Católica Latino-Americana e do Caribe de Comunicação - OCLACC, 24-02-2012. A tradução é do Cepat.
A decisão de dedicar este ano à comunicação indígena foi tomada durante a I Cúpula Continental Indígena, realizada em 2010, de tal maneira que se solicitou aos governos nacionais e a organismos internacionais para que incluam esta comemoração em suas agendas políticas e orçamentárias.
Segundo a Rede de Rádios do Sudeste Mexicano, há mais de 200 rádios comunitárias e indígenas que sofrem de hostilizações e repressão, que é mais forte nos Estados de Puebla, Oaxaca, Guerrero, Tabasco e Veracruz.
Por outro lado, o cineasta indígena José Luis Matias Alonso, de Guerrero, assinalou que é primordial falar sobre a comunicação dos povos originários, sobretudo no marco do Dia Internacional da Língua Materna, celebrado em cada 21 de fevereiro.
“As ações são muitas para dar vida a 2012 como ano internacional da comunicação indígena e um dos objetivos é trabalhar para instalar nosso Direito à Comunicação em organismos internacionais e reformar este aspecto para dentro das organizações indígenas”, afirmou Jeannette Paillan, presidente da Coordenação Latino-Americana de Cinema e Comunicação dos Povos Indígenas (CLACPI) durante uma reunião preparatória da II Cúpula Continental de Comunicação Indígena do Abya Yala.

Fonte

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Manifestação contra a violência nas aldeias de Dourados


Passeata em favor da paz na aldeia de Dourados

No dia nove de Março jovens indígenas da AJI (Ação de jovens indígenas) convidam a população da cidade de Dourados e a comunidade indígena em especial os jovens para estar conosco na passeata em favor da PAZ em nossa aldeia. Essa passeata tem como objetivo chamar a atenção em relação ao abandono e alto índice de violência que acontece na Reserva de Dourados, tendo jovens como principais alvos e vitima da violência. Neste dia será entregue ao prefeito da cidade de Dourados o documento, um baixo assinado exigindo politicas publicas já para os jovens indígenas referente a educação, a segurança, outro documento exigindo que a Vila Olímpica seja liberada para que haja uma opção de lazer para a comunidade indígena em geral.

A passeata dará inicio as sete horas da manhã da rotatória da aldeia com destino a praça da cidade de Dourados.

AJI – Ação de jovens indígenas
Mais informações: 3422-2617
ajidourados@yahoo.com.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Rio+2o terá quatro ocas no Rio de Janeiro

Uma aldeia com pelo menos quatro ocas será montada no Rio de Janeiro para discutir questões ligadas aos indígenas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada na cidade para o final de Junho. Segundo o articulador indígena para a conferência, Marcos Terena, o espaço deverá se chamar Kari-oca 2, nome que remete aos moradores da cidade do Rio de Janeiro, os cariocas, e cujo significado original, na língua indígena tupi, é “casa do homem branco”.

Na aldeia haverá duas ocas com redes para abrigar 80 pessoas, uma “oca eletrônica” e uma grande oca com capacidade para 500 pessoas, onde serão feitas as discussões. Terena e um grupo de indígenas estiveram no Rio de Janeiro para definir a área exata onde a aldeia será montada. A ideia é que o espaço ocupe o Autódromo de Jacarepaguá, próximo aos locais onde ocorrerão as conferências oficiais das Nações Unidas.
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“É uma iniciativa para abrigar povos indígenas do mundo inteiro aqui no Rio de Janeiro durante a Conferência Rio+20 e para que a gente possa ter um lugar para debater a economia verde e o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo vai servir para que a gente possa mostrar a força cultural dos povos indígenas do Brasil. O projeto é uma iniciativa indígena brasileira, que é conectada com os índios da África, das Américas, da Ásia”, afirmou Terena.
Segundo Terena, a montagem da “oca eletrônica” será uma das grandes novidades. “Essa oca, que foi uma sugestão dos índios navajos, dos Estados Unidos, é uma inovação, já que mistura uma oca tipicamente brasileira com conteúdo eletrônico. Ali haverá iniciativas voltadas à tecnologia da informação e também terá o objetivo de fazer a transmissão online da conferência aqui do Rio de Janeiro”, disse.

Na aldeia, haverá ainda profissionais indígenas, como enfermeiros e advogados, para atender os participantes da conferência, caso haja necessidade. Além disso, estão programadas cerimônias espirituais tradicionais, durante todos os dias da Rio+20.

Índios kaiapós mantém funcionário da Funai refém no Norte do Estado

Vários índios da etnia Kaiapó estão mantendo refém um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Colíder (650 km de Cuiabá), cobrando que a autarquia federal faça a demarcação da terra indígena Capoto Jarina – localizada no extremo Norte de Mato Grosso, próxima à divisa com o Pará.

O funcionário da Funai está em poder dos indígenas desde ontem, mas o coordenador da Funai no Nortão, Sebastião Martins, disse que o manifesto dos kaiapós é pacífico.

Esta não é a primeira vez que os índios pegam servidores da fundação para reféns, por motivações diversas. No mês de Novembro do ano passado, dezenas de kaiapós mantiveram o próprio coordenador refém, exigindo que a Funai reconduzisse o cacique Megaron Txucarramãe ao cargo de coordenador da unidade.

A demarcação da terra indígena Capoto Jarina é alvo de conflito nos últimos dias. O Ministério Público Federal (MPF) cobrou, nesta terça-feira, uma atuação imediata da Funai para que coordene e articule o comparecimento de uma equipe, juntamente com o grupo tático da Polícia Federal, para apurar a situação de conflito na aldeia e intermediar uma solução pacífica.

Há sete dias, após a explosão de uma camionete da Funai que havia sido usada pelos índios, cerca de 160 kayapós da terra indígena Capoto Jarina deslocaram-se para a aldeia Kapotnhinore e o clima ficou tenso. Os índios reivindicam a presença da Polícia Federal para denunciar a prática de crimes ambientais, dentro eles desmatamento ilegal e pesca predatória, na área tradicional de ocupação e uso do povo kayapó. Além disso, os índios querem apuração da explosão da camionete, que eles denunciam ter sido um ato criminoso.
Olhar Direto
De Sinop - Alexandre Alves

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Aldeia de Dourados, um abandono histórico e consequências que consomem vida de jovens

A TI (terra indígena) de Dourados hoje se encontra com uma grande densidade populacional, porém os velhos problemas continuam. Em 2012 as aldeias Jaguapiru e Bororó continuam carregando no peito os massacres que a violência tem causado. Entre o mês de Janeiro até o dia dez de Fevereiro segundo dados do SESAI houve oito mortes na TI de Dourados sendo homicídios e suicídios. Os dados já ultrapassaram o numero de mortes que houve o ano passado nesses meses.

A faixa etária dessas mortes é de 14 anos acima. A aldeia em si se encontra em sinal vermelho, mas parece que o Estado, o governo continuam não enxergando a situação de abandono, de decomposição social em que se encontra a comunidade indígena.Os direitos garantidos em lei não estão sendo aplicados de forma adequada, o desemprego ainda está em alta, a violência em alta, a educação e saúde estão cada vez mais desqualificada. Um exemplo disso é que nos dias atuais os homens estão indo trabalhar em São Paulo e Santa Catarina na colheita de maçã durante 60 dias, pois aqui não há alternativa de trabalho para quem tem uma baixa escolaridade. Os únicos empregos oferecidos são dentro da saúde e educação, porém exige estudo e grande parte da população indígena de Dourados ainda não tem uma educação escolar completa.

As informações recentes que a AJI tem de pessoas da comunidade são que a causa dessa violência era o esperado “Os pais não conseguem mais segurar seus filhos, hoje quem andam nas estradas de noite são meninos e meninas entre 12 anos em diante carregando facão, foice, pedaços de pau e a mais nova arma agora são as linhas de cerol que colocam nas estradas e arma feita com cimento e pregos, a Força Nacional não dá conta pois são poucos e além do mais não são preparados para atuar em aldeia como a de Dourados, e como andam em viatura quando os malandros percebem que há um carro se aproximando se escondem, baixam o volume do som e depois quando passam eles voltam a farra”. Diz o vice capitão da aldeia Bororó Aniceto Velasques.

O indígena diz que o problema não é da policia pois eles estão fazendo o seu dever, ele diz que havia uma comissão de segurança que andava de noite e revistava as pessoas, andavam a pé pelas estradas da aldeia e apesar do perigo que corriam na escuridão eles sabiam como e onde encontrar os malandros que andam de noite, mas como não tem recurso eles deixaram de atuar.

A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) deixou de atender a população indígena sendo hoje a responsável a SESAI (Secretaria especial de saúde indígena) porém o salário não é o esperado agentes de saúde recebem até menos do que recebiam antes. O AJIndo cita tudo isso para dizer que o abandono histórico da Reserva Indígena de Dourados, pelo estado, pelo governo, nossas leis violadas, saúde e educação desqualificada, isso tudo chega ao que estamos vivendo hoje, a violência em alta, assassinatos, suicídio, a vila olímpica que seria uma opção de lazer principalmente para jovens e crianças segundo Aniceto a iluminação foi retirada e continua com as portas fechadas.

Com essa onda de violência em alta, jovens mortos brutalmente a cada semana, a comunidade indígena aponta algumas soluções, que haja iluminação na aldeia inteira e que a comissão de segurança interna volte a atuar na aldeia e que tenham apoio financeiro, pois eles podem ajudar a Força nacional. “Se essa situação continuar quem serão os velhos de amanhã, pois os jovens estão morrendo ... eles são muitos e não vem para machucar vem para matar” Diz a indígena que pediu para não ser identificada ontem dia 09 de Fevereiro no velório de mais um adolescente morto na aldeia Bororó.

AJI – Ação de jovens indígenas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Servidores da saúde na aldeia pedem aumento de salário


Saúde em discussão

Trabalhadores agentes de saúde indígena da aldeia de Dourados e da região entraram em greve de trabalho e só depois de uma negociação com o CONDISI (Conselho distrital de saúde indígena) para o pagamento de 10 por cento da insalubridade do mês de Janeiro e a partir de fevereiro passarão a receber 20 por cento junto a seu salário. Os trabalhadores ainda afirmam que o salário que recebem após ter passado do convênio da Missão para o SESAI (Secretaria de Saúde indígena) diminuiu, e recebem menos que o esperado.

Nessa paralisação eles negociam pagamento, pois eles deveriam receber pelos dotes que fazem em sua áreas que é o recolhimento de escarro e outros e não recebem. A reunião acontece na aldeia Jaguapiru em frente a escola Tengatui.

AJI – Ação de jovens indígenas

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aldeia de Dourados em guerra


Nos utimos dias a onda de violência tem aumentado muito na aldeia de Dourados, jovens indígenas são alvos e vitimas das maiores barbaridades que acontecem. Em menos de quinze dias é a terceira morte, assassinos são frios e golpeiam a vitimas com dezenas de “facaozada”. Não há mais o que se fazer a aldeia esta em guerra, jovens desfilam nas estradas com facões na mão, com o rosto coberto. E ficam escondidos em matas, ou em esquinas, e quando alguém passa é golpeado com facão até a morte. A prefeitura até agora não se manifestou, nem a FUNAI.

Mesmo com a Força nacional atuando lá dentro, os assassinatos, mortes cruéis continuam. Quando o indígena armado veem um carro vindo se escondem e logo continuam a andar nas noites na aldeia. A cada semana pais sofrem a perdas de seus filhos e clamam por vingança e a violência só continua.

“Estamos sem beira nem eira, a aldeia esta em guerra, e quando o governo vai fazer algo que preste em nossa aldeia” clamou uma liderança no sábado durante o levantamento para apurar o assassinato do jovem de 16 anos que morreu com aproximadamente 56 facaozada.

AJI - Ação de jovens indígenas


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O segundo encontro Internacional dos jovens indígenas

O encontro dos jovens da AJI foi realizando no dia 27 a 29 de janeiro na escola Tengatui Maragatu, a abertura começou as 9:00 da manha com a dança cultural indígena guarani, depois começou a reunião, nesta reunião se encontraram os jovens de outras aldeias foram discutidos varias questão como a educação, violência, saúde etc.

Os palestrante que estavam presentes vieram de vários paises, trocaram suas experiencia com os jovens de Dourados, falando como poderia levar as coisa boas que aprenderam para suas aldeia. A noite teve o lançamento do livro” NOSSOS OLHARES SOBRE A CIDADE” os autores falaram um pouco sobre o livro, qual foi o olhar ao tirar as fotos , qual foram os objetivos, e como se sentiram com o resultado de verem os livros prontos.

Teve desfile de uma designer kadiẃeu Benilda com suas roupas que ela mesmo desenhou com os traços de sua etnia, depois do desfile teve outra apresentação cultural na casa de dona Tereza uma rezadora guarani, teve dança da guarani. No último dia 29, todos os jovens representante de cada aldeia sentaram na mesa e começaram a falarem um pouco sobre as suas aldeias, quais são os problemas e o que se poderiam fazerem para acabarem com elas, porque os jovens querem um futuro melhor para sua comunidade.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

II Encontro internacional de jovens indígenas de MS



O II encontro Internacional de jovens indígenas de MS que aconteceu na aldeia Jaguapiru na TI de Dourados entre os dias 27, 28, 29 de Janeiro e trouxe discussões de bastante relevância para a comunidade Indígena, em especial aos jovens Indígenas, em especial aos jovens indígenas.

As mesas mais polêmicas foram: “Demarcação de terras indígenas”, “Economia Verde” “Sustentabilidade” e “Educação”. No entanto a mesa mais esperada do encontro a mesa de comunicação alternativa – As experiências de jovens indígenas com o meio de comunicação (jornal, blog, vídeos, radio e outros).

Durante o encontro a mesa de economia verde e sustentabilidade se destacou a questão da Reserva de Dourados com o foco em sua situação atual considerada a mais pobre em florestas e nascentes, segundo o que foi exposto durante o debate. Foi um encontro bastante proveitoso, com presenças de lideranças e jovens de diversas aldeias de MS e do país além das presenças internacionais. Como destaques nas discussões, o advogado Pedro Garcia / IWGIA / PERU esclarecendo e apontando prováveis caminhos a serem seguidos nas demarcações na Tis da região.

Estiveram presentes também a advogada Índia Embera da Colômbia Patricia Tobon Yagari e Marcela Tobon Yagari nos apresentando a realidade em que vivem na Colombia, enfatizando os direitos que conquistaram, partilhando suas ricas experiências.

Também para esclarecer e levar para fora a situação em que se encontram os jovens indígenas na TI de Dourados e na região esteve presente o representante da UNICEF para a América Latina, Miguel Hilário Manenima. Para contribuir, discutir e esclarecer sobre a economia verde e sustentabilidade a índia Aguajun do Peru Malena Garcia, especialista em gestão anbiental. Ela apresentou suas experiências e de sua comunidade no rio Cenepa e a importância da concientização dos povos indígenas principalmente em relação as politicas publicas voltadas aos jovens indígenas e ao meio ambiente.Este encontro é mais um passo para os jovens da AJI – (Ação de jovens indígenas de Dourados) pois são discussões ricas que apontam caminhos importantes a serem seguidos pelos jovens indígenas.

AJI – Ação de jovens indígenas

Dourados, 01 de fevereiro de 2012

Coletiva de Imprensa: Secretario geral da CNBB se pronuncia depois de percorrer acampamentos Guarani Kaiowa no MS  

Depois de percorrer cerca de mil quilômetros e visitar comunidades Guarani Kaiowa na região sul do Mato Grosso do Sul, o secretario geral da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Dom Leonardo Ulrich Steiner se pronuncia aos jornalistas nesta terça-feira, às 15 horas, na Cúria Diocesana de Campo Grande - Rua Amando de Oliveira, 448, bairro Amambai, Campo Grande (MS).

''A situação e de desamparo e violência. Pelo constatado, a origem de todos os problemas esta na falta de andamento dos processos de demarcações de terras tradicionais e na ausência de politicas publicas'', declarou Dom Leonardo em visita ao tekoha Kurusu Amba, no município de Coronel Sapucaia. O religioso verificou que os Kaiowa de Kurusu Amba sofrem ainda com o veneno jogado nas plantações de soja, que contamina a agua e o solo, bem como a falta de alimentos para a comunidade e escola para as crianças.

Tal realidade foi observada por Dom Leonardo em outras duas áreas de retomadas: tekoha Laranjeira Nhanderu, município de Rio Brilhante, e tekoha Guaiviry, município de Aral Moreira. Em Laranjeira, os Guarani Kaiowa estão sob ordem de despejo, a ser nos próximos dez dias. Dom Leonardo ouviu dos indígenas que a comunidade decidiu pela permanência, pois cansou de ver indígenas morrerem nos acampamentos a margem da rodovia - local para onde devem voltar caso sejam despejados.

"A Igreja precisa olhar para nossos irmãos indígenas. Vamos nos movimentar nesse sentido, porque não e possível aceitarmos tal situação. Os indígenas precisam de suas terras para viver o próprio modo de vida e praticar sua cultura", frisou Dom Leonardo. Disse ainda ser admirável que depois de tantas décadas de violência e perseguição, os Kaiowa preservem a língua e seus modos. "Em verdade, isso e o que os mantem. Então e importante nunca abandonar as danças, as praticas religiosas tradicionais".

No tekoha Guaiviry, local onde vivia o cacique Nisio Gomes, desaparecido depois de ataque de pistoleiros em 18 de novembro do ano passado, o secretario geral da CNBB visitou o lugar em que Nisio caiu baleado, percorreu o acampamento, visitou o rio e mostrou-se emocionado com a receptividade alegra das crianças, mesmo em meio a tantas dificuldades e violência. Os indígenas pediram a Dom Leonardo que os ajude a recuperar o tekoha.

"Foram visitas muito bonitas, profundas. Estou convencido de que não podemos mais permitir que a conjuntura do Mato Grosso do Sul para os indígenas se mantenha. A Igreja esta a disposição para contribuir. Inclusive uma das notas mais fortes que a CNBB soltou nos últimos tempos foi sobre os episódios de violência contra os indígenas", destacou Dom Leonardo em visita ao Ministério Publico Federal para se inteirar de mais dados e informações.

O religioso recebeu também, em Campo Grande, uma comissão de lideranças Terena, povo que mantém luta semelhante aos Guarani caio-a e que tem na demarcação de terras o principal entrave para a posse do território tradicional. No ano passado, um ônibus escolar Terena foi atacado com coquetéis molotov. Uma mulher morreu e diversas crianças ficaram gravemente feridas.

Serviço:

Entrevista coletiva de Dom Lucionao Ulrich Steiner, secretario geral da CNBB

MPF pede indenização de R$ 1 mi para índios que esperam há 23 anos por demarcação de terras na Bahia

O MPF (Ministério Público Federal) da Bahia ingressou com uma ação na Justiça pedindo uma indenização por danos morais à União pela demora na demarcação de terras indígenas no sul da Bahia. O processo pede R$ 1 milhão para a comunidade indígena Tupinambá, localizada nos municípios de Ilhéus, Buerarema e Una.

Segundo o MPF, os índios esperam há 23 anos pela demarcação das terras, e o prazo para que o governo determinasse os limites acabou há 18 anos. No local vivem cerca de 4.500 indígenas, que disputam espaço com os fazendeiros da região.

Sem o território definido legalmente, o MPF alega que os índios vivem em condições precárias de moradia e saúde, sem área suficiente para o cultivo de alimentos de subsistência. “[A demora conduziu] os indígenas a situação de extrema aflição, na medida em que não lhes é assegurado o direito a ocupar porções de terra que são tradicionalmente suas”, afirmou o procurador Eduardo El Hage, que assina a ação.

Por conta da falta de demarcação das terras, os índios estariam em constante disputa com fazendeiros da região, sofrendo com ações judiciais. Segundo a ação, do último dia 16, a lei estipulou um prazo de cinco anos, a partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988. O inquérito do MPF apontou que a Funai tem conhecimento da terra Tupinambá de Olivença pelo menos desde 1996. “Em 2000, o órgão assinalou a intenção de realizar os estudos necessários para a demarcação do território indígena. Embora tenha iniciado as visitas à área em 2001, a Funai informou sobre a formação do grupo de trabalho composto para a atividade apenas em 2003”, informou o MPF.

Na ação, o procurador alegou que a Funai (Fundação Nacional do Índio) iniciou os trabalhos apenas em 2003, mas ainda não apresentou a delimitação da área. Apesar do início do processo de demarcação, o MPF alegou que apenas em 2008 a Funai constituiu um grupo para dar andamento ao Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da terra Indígena Tupinambá, necessário para a demarcação.

Funai diz que concluiu demarcação

Procurada pelo UOL, a Funai afirma que a reivindicação dos Tupinambás foi oficializada à Funai apenas em 1999. Em nota oficial, o órgão diz que o MPF tem “total desconhecimento do procedimento administrativo de terras indígenas” e afirma que o relatório para reconhecimento da identificação e delimitação das terras foi publicado no Diário Oficial da União dia 20 de abril de 2009.

Porém, após publicação do relatório na sede da Prefeitura de Ilhéus, foram apresentadas cinco contestações por prefeituras, um fazendeiro, uma comissão de pequenos produtores rurais e uma empresa de turismo. “Estas encontram-se, ainda, em fase de análise pelo departamento responsável desta fundação”, disse o órgão em nota, citando ainda que existem “etapas a serem cumpridas no âmbito administrativo, demandando tempo específico para seu cumprimento.”

Segundo a Funai, os recursos judiciais se configuram um problema. “Porém, em paralelo [às demarcações] normalmente são impostas ações judiciais, por outros, que na maioria das vezes suspende ou derruba o procedimento, sendo necessário que a Funai entre na batalha judicial, saindo completamente da esfera administrativa, perdemos a governabilidade da conclusão do processo”, alegou.

A Funai sustentou que a situação dos indígenas é de “extrema insegurança jurídica” já que existem liminares concedidas pela Justiça para a retirada deles de áreas ocupadas. As ações são uma ameaçada “tanto para a sobrevivência física como cultural do grupo”. “As ocupações indígenas e a judicialização das ocupações é verdadeira fonte de acirramento de conflitos entre indígenas e não-indígenas enquanto não se conclui a demarcação da terra indígena”, afirmou a Funai.

Segundo a Funai, em 2008 a Justiça federal na Bahia havia suspendido o processo administrativo da demarcação das terras dos Tupinambás, enquanto perdurasse a permanência dos índios na área em litígio com fazendeiros.

Diante de oito ações de reintegração de posse de fazendeiros da região contra os índios, em dezembro de 2011 o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendle, a pedido da Funai, sustou os efeitos dessas decisões de reintegração de áreas no sul da Bahia. O ministro alegou que as decisões da Justiça baiana causavam “grave lesão à ordem pública porque interferem em atividade própria da administração.”

Em abril de 2011, a Associação Brasileira de Antropologia lançou nota alertando as “autoridades competentes para a arbitrariedade e inadequação com que a Polícia Federal no sul da Bahia vem executando suas ações”. Segundo a entidade, os cumprimentos das ordens de desocupação estavam sendo cumpridos de forma truculenta.

“A criminalização e o encarceramento de lideranças indígenas, a campanha de intimidação das comunidades e o cumprimento violento de eventuais mandados de reintegração de posse não conduzirão de maneira alguma à pacificação da região e ao reconhecimento de direitos constitucionais”, disse a entidade.

Cinco crianças indígenas morrem por diarreia no Amazonas

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (27), por meio de nota, que cinco crianças indígenas do município de Eirunepé, no Amazonas, morreram em razão de diarreia aguda.

Na mesma nota, o Ministério da Saúde retificou o número de mortes ocorridas em aldeias indígenas do município acriano de Santa Rosa do Purus. Dos 12 casos de diarreia, três foram descartados e nove confirmados.

Assim, as mortes por diarreia notificadas nos dois Estados somam 14. As vítimas morreram a partir de dezembro de 2011.

Duas equipes da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) --acionada também em 2009 na crise gerada pela gripe A (H1N1)-- foram enviadas a Eirunepé e a Santa Rosa do Purus.

Uma criança continua internada em estado grave no Hospital da Criança, em Rio Branco (AC).

De dezembro a janeiro, 263 casos de diarreia aguda grave foram notificadas em crianças indígenas, segundo o Ministério da Saúde.

Os sintomas apresentados pelas crianças são febre alta, vômito e diarreia. Uma equipe da área epidemiológica foi enviada para investigar a suspeita de um surto de rotavírus.

No entanto, os resultados dos exames não foram divulgados.

Segundo o ministério, um total de 23 profissionais da Força Nacional do SUS levam tendas infláveis que servirão de o apoio para a hidratação dos pacientes.

As tendas têm capacidade de até 20 leitos cada e podem atender ao todo 500 pessoas

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

II Encontro Internacional Jovens Indígenas do MS





Estas fotos são do Encontro Internacional de Jovens indígena que foi realizado na aldeia Jaguapirú em Dourados - MS, nos dias 27 a 29 de Janeiro de 2012.
Realizado pela AJI - Ação dos Jovens Indígenas o evento contou com a participação de aproximadamente 100 jovens representantes de países como Colômbia, Perú e de várias aldeias do Mato Grosso do Sul.