quinta-feira, 31 de maio de 2012

Faculdade de Estudos Indígenas



O Reitor da Universidade Federal da Grande Dourados(UFGD) O reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Damião Duque de Farias, realizou a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas e a posse do diretor pro tempore, Antonio Dari Ramos, na tarde da última segunda-feira (28), no cineauditório da Unidade 1.
A solenidade também foi de posse do diretor e da vice-diretora da FACE (Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia), Prof. Dr. Alexandre Bandeira Monteiro e Profa. Dra. Madalena Maria Schlindwein.Sobre a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas, o reitor ressaltou esse passo como importante para o fortalecimento do compromisso que a universidade tem desde sua criação com a comunidade indígena, especialmente com os Guarani e Kaiowá da região de Dourados, e deixou clara a intenção de que com a Faculdade, a UFGD possa abranger outras comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul e do Brasil.
 “A UFGD nasceu para ter esse compromisso e ser reconhecida como instituição que busca a promoção do desenvolvimento da região de Dourados, com políticas públicas bem direcionadas para a cidadania e justiça social da população. Nesse sentido o foco na comunidade indígena de Mato Grosso do Sul”, defendeu Damião Duque de Farias.
O primeiro desafio assumido pela UFGD foi a criação logo no início da universidade, em 2006, do curso de Licenciatura Intercultural - Teko Arandu. A expectativa do reitor é implantar até o fim do seu mandato, outros dois cursos com foco nesse público, provavelmente nas áreas de saúde e de produção e meio ambiente, que deverão estar localizados na Faculdade de Estudos Indígenas. “As demandas são a sociedade e a comunidade que apresentam a Universidade.
Os desafios e dificuldades para respondê-las sempre teremos. O que precisamos é de vontade e apoio político dos parceiros para superá-los”, afirmou o reitor.O diretor pro tempore empossado, Antonio Dari Ramos, também falou da ligação histórica da criação da UFGD com os movimentos sociais, especialmente da implantação do curso Teko Arandu como resposta ao sonho dos indígenas, indigenistas e das instituições. Por isso, defendeu a instalação da Faculdade de Estudos Indígenas como um ato que aprofunda o compromisso da UFGD e dá lugar de destaque a formação acadêmica dos indígenas.
Com a Faculdade, o objetivo é dar continuidade ao curso de Graduação da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu, criar cursos específicos para os indígenas de diversos grupos étnicos, mas também para outros públicos, promovendo a interculturalidade. Membro do Conselho Nacional de Políticas Indigenistas e aluno do Teko Arandu, Anastácio Peralta, lembrou da mobilização para criação da Licenciatura Intercultural – Teko Arandu, por parte de diversas organizações, como o Movimento de Professores Guarani Kaiowá e também de pessoas que faleceram, como o professor Renato Gomes Nogueira.Para Anastácio Peralta, com a Faculdade de estudos Indígenas não é só o índio que ganha, mas o Brasil, que ganha em soberania e inteligência quando abre a universidade para quem sempre viveu nessa terra.
“A Universidade tem que ser para todos, para pobres, índios e negros. Isso poderá colaborar para sairmos desse cenário de suicídio, violência e desnutrição e mostrarmos outras coisas que temos, nossa sabedoria, o que o meu povo tem para ensinar, porque nós estamos aqui há 40 mil anos, os não-índios há 512 anos. Somos importantes inclusive para a continuidade do planeta. Criam tantas tecnologias que acabam em desmatamento e intoxicação das águas. Cadê a sabedoria?”, questionou Anastácio.A solenidade de posse foi aberta com a apresentação de uma dança ritual ainda presente nas famílias indígenas do Panambi e chamada de guaxire.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ASURINI DO XIGU MODO DE VIVER DA VIDA.


A etnia Surini do Xigu,a cultura deles e bem diferente de outro tribo, eles trabalha de artesanato, de decoração cerâmica, pintura de corporais, etc.
O Surini do Xigu, são maior povos guerreira, é trabalha todo junto e se ajuda a fazer uma casa para eles  mora nenhuma casa bem grande, porei disso ainda mais ele tem uma regras nas casa deles. O importante para ele é sua cultura de dança, todas noite tem cerimonia de dança. As meninas  mais nova são  cantadora  de rituais fica  perto do paje. E as outras meninas mais adultos são pronta para casar, é também tem  as regras mas podem casar, mais não podem ter filhos só depois de vinte cinco anos ponderar   ter filhos, isso faz parte da regras da cultura do povos mesmo.

terça-feira, 29 de maio de 2012

I Aty Guassu da Juventude Guarani kaiowá


Do dia 24 a 26 de Maio ocoreu na aldeia Pirajuí em Paranhos o I Aty Guassu da juventude Kaiowá Guarani, os temas foram relacionados ao histórico do processo de luta das terras indígenas e sua conjuntura atual, identidade, etnicidade e juventude indígena, direito e cidadania indígena, sustentabilidade e autonomia.
Nós jovens da AJI, participamos deste evento que foi o primeiro, e realizdo com muita dificuldade disse uma das organizadoras, apresentamos o trabalho da AJI - Açaõ dos Jovens Indígenas, afim de senbilizar os jovens para também buscarem em suas aldeias uma forma de trabalhar com eles.
Percebemos que as realidades estão muito parecidas: drogas, violencias entre outros, além da falta de espaço dentro e fora de suas comunidades, a falta de dialogo entre a juventude e as lideranças, foi notório. Nada se tem feito para os jovens, não há politica publica que contemple essa classe, pensa-se em mulheres, crianças, e os jovens?
Esperamos que este evento tenha trazido ao menos visibilidade aos jovens Guarani kaiowá, até porque o Procurador da Republica Dr. Marcos Antonio esteve presente nos dias e, pode notar de perto a situação que se encontra os povos indígenas.








Projeto "Educação, escola e justiça" em escola na aldeia de Dourados


No dia 28 de Maio aconteceu na aldeia Jaguapiru na escola Tengatui Marangatu o inicio do projeto “Educação, escola e justiça”, uma parceria entre a prefeitura da cidade de Dourados e o Tribunal Regional do Trabalho e da 24° Região. Esse projeto pretende trabalhar a cidadania como o direito e deveres do futuro trabalhador indígena. Ainda na ocasião onde alunos da escola participava foi distribuído cartilhas nas línguas Terena, Guarani e Português referente aos direitos trabalhistas.

Estão abertas as inscrições para Licenciatura indígena


Estão abertas as inscrições pra a o curso de licenciatura indígena pela UFGD(Universidade Federal da Grande Dourados), as inscrições vai até o dia 15 de junho, podem se escrever alunos das etnias Kaiowá e Guarani, residentes no Território Etnoeducacional do Cone Sul, o tempo minimo do curso é de quatro anos. Mais informações: via Internet, na página do Vestibular (www.ufgd.edu.br/vestibular/pslin2012 )
A partir do dia 21 de maio a 15 de junho de 2012; nos seguintes órgãos: na Unidade Executiva Regional da FUNAI em Amambai; nas Coordenadorias da FUNAI de Ponta Porã e Dourados; na Secretaria do Curso de Graduação em Licenciatura Intercultural - Teko Arandu, na Unidade II da UFGD, no Bloco C, sala 8, de segunda a sexta-feira, úteis, das 13h às 17h; e ainda na Coordenadoria do Centro de Seleção, localizada na rua João Rosa Góes, 1919, de segunda a sexta-feira, úteis, das 8h às 11h e das 13h às 17h.
Mais informações no edital: http://www.ufgd.edu.br/vestibular/pslin2012

Sem acordo! Indígenas prometem “guerra” contra Policias Federais

“Não queremos violência, mas se um de nós for agredido ou até mesmo desrespeitado haverá sim, um conflito”, avisou disse Huni Kui.


O Secretário de Justiça e Direitos Humanos no Acre (Sejudh) Nilson Mourão terminou uma longa conversa com aproximadamente 300 indígenas que ocupam a sede da FUNAI, em Rio Branco, na manhã desta segunda-feira (28).
Na última semana, a Justiça Federal determinou a retirada dos manifestantes que permanecem acampados a quase um mês em protesto contra as precariedades e a falta de assistência médica. 
A decisão judicial será cumprida nesta terça-feira, 29, por agentes da Polícia Federal. Nilson Mourão tentou intermediar a saída pacífica dos indígenas , mas eles prometem entrar em conflito caso os agentes usem da  força ou de armamento.
“Se eles usarem da força nós vamos usar nossas armas. Não queremos violência, mas se um de nós for agredido ou até mesmo desrespeitado haverá sim, um conflito”, avisou disse Huni Kui.
Em entrevista ao Complexo O Rio Branco, Nilson Mourão declarou que é contra a retirada a força dos indígenas. Ele ressaltou ainda que estará mobilizando todos os poderes competentes para que seja encontrada uma solução para as reivindicações apresentadas pelas lideranças indígenas.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) também participou da extensa conversa e ficou acertado que será realizada uma rodada de debate entre autoridades acreanas e do Governo Federal e entidades que representam os indígenas. A data do debate deverá ser anunciada até esta terça-feira (29).

segunda-feira, 28 de maio de 2012

índios entram em confronto com a PM

Índios da aldeia Pequi da Terra, na Reserva Areões, em Água Boa, entraram em confronto com policiais militares, após resistirem a entregar uma  caminhonete da Secretaria de Saúde Indígena, tomada em protesto no último dia 19 de abril. Os índios protestam contra a falta de investimentos na saúde. Segundo eles, a  Secretaria de Saúde Indígena só tem investido em caixões, para enterrar os índios, que morrem devido a falta de atendimento básico a saúde. O vereador indígena de Nova Nazaré, Aray Maraiho, que estava conduzindo a caminhonete da secretaria, foi preso – motivo que aumentou a tensão entre policiais e índios.
 
A confusão começou quando os índios resolveram ficar com a L200 da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).  Segundo o motorista, ele levava uma enfermeira para fazer atendimento na aldeia quando foi abordado por um grupo de índios liderado pelo vereador Ary Maraiho,  de Nova Nazaré. O motorista procurou a Delegacia de Polícia Civil e fez o boletim de ocorrência. No sábado, os policiais encontraram o veículo dentro da cidade de Água Boa quando abasteciam em um posto de combustíveis.
 
Segundo o Cte. do 16º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel  Jorge Luiz de Magalhães, os policiais abordaram o veículo e exigiu que fosse entregue; houve resistência e foi necessário de reforço policial da PM e da Polícia Civil.
 
 “A guarnição da PM informou aos índios que deveriam serem encaminhados ao CISC para a confecção do Boletim de Ocorrência para as providências da autoridade policial. No primeiro momento houve resistência por parte dos indígenas e tivemos que deslocar até o local, dialogamos bastante e cumprimos a determinação trazendo o veículo para o CISC. O boletim de ocorrência foi confeccionado e será encaminhado para a Polícia Civil onde provavelmente vai ser lavrado o competente auto de prisão em flagrante” – disse o militar. 
 
O delegado regional Antonio Moura Filho indiciou o vereador  Ary Maraiho em flagrante pelo crime de receptação. Ele foi ouvido na presença de uma defensora pública e foi arbitrado fiança, mas foi liberado com a intervenção do Poder Judiciário. 
 
O clima ficou tenso, porque uma certa quantidade de indígenas estava na porta do CISC aguardando o desfecho do caso. A chave da caminhonete L200 que ainda estava em poder do indiciado foi entregue.
 
Segundo o cacique Carlos da aldeia Campo Alegre o veículo foi pego em forma de protesto porque não tem atendimento quanto às questões de água e que os funcionários indígenas não estão recebendo os salários, a maioria por quase um ano. “Estamos cansados de promessas. O pessoal está passando fome por que não recebe, já deve em todo o comercio. Já foram emBarra do garças e marcaram até o dia que o dinheiro estava na conta e ainda perderam viagem atá a cidade  e nada. estão fazendo os indios de trouxas” – protestou. 
 
Já por volta das 20h00 por determinação judicial o vereador Arí Marhaio foi liberado e resolveu entregar as chaves da caminhonete L200 e o grupo de índios voltaram para suas aldeias.  Eles disseram, no entanto, que vão fazer reuniões nas 16 aldeias de Areões para definirem as próximas ações e que poderão ser de trancar rodovias.
 
No momento da abordagem policial os indígenas estavam a caminho da Aldeia Tritopá na região de Nova Nazaré onde pretendiam participar de uma reunião de lideranças sobre a passagem da ferrovia próximo a área indígena e  demais reinvidicações sobre a melhoria no atendimento a saúde, poços artesianos nas aldeias,  pagamento dos salários atrasados dos que são funcionários da SESAI.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Situação de índios no Mato Grosso do Sul é vergonhosa

O informe de 2012 da Anistia Internacional sobre direitos humanos destacou preocupação em relação às comunidades indígenas submetidas a discriminação, ameaças e violências envolvendo disputa de terras no Brasil. A situação mais grave, de acordo com a ONG, não está na Amazônia, onde projetos de infraestrutura como a usina hidrelétrica de Belo Monte já afeta a vida da população local, mas sim no Mato Grosso do Sul. Na região, a lentidão no processo de demarcação de terras indígenas expõe as comunidades a um “alto risco de violações dos direitos humanos”.
Levantamento do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) mostra que cerca de 1.200 famílias estão hoje acampadas à beira de rodovias à espera da restituição de suas terras na região. A situação levou a uma série de episódios violentos patrocinado por grupos armados durante todo o ano de 2011, lembrou a Anistia Internacional.
A Anistia Internacional lembrou que, em setembro último, homens armados usaram caminhões, fizeram disparos com balas de borracha, incendiaram barracos e espancaram os moradores de Pyelito Kue. “Diversas pessoas, inclusive crianças e idosos, ficaram gravemente feridas no ataque, que foi descrito pelo Ministério Público Federal como configurando genocídio e formação de milícias rurais.”
Em novembro, 40 pistoleiros, muitos deles encapuzados, atacaram o acampamento de Guaiviry, próximo à fronteira com o Paraguai. Eles atiraram no cacique Nísio Gomes e levaram seu corpo em uma caminhonete. O destino do líder indígena ainda era desconhecido.
O relatório destaca ainda a condenação por formação de quadrilha, tortura e sequestro de três homens acusados de matar o líder Guarani-Kaiowá Marcos Veron, espancado até a morte em 2003.
A ONG lembra também que grupos de homens armados vêm ameaçando e atacando repetidamente uma comunidade de 125 famílias Guarani-Kaiowá em Pyelito Kue depois que os índios reocuparam suas terras tradicionais no município de Iguatemi (MS).
Essa situação é uma vergonha para todos nós”, define o diretor-executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque.
Embora mais grave, a situação em Mato Grosso do Sul não tem sensibilizado a opinião pública da mesma forma como a dos indígenas afetados por obras de infraestrutura na Amazônia. “Eles vivem numa fronteira já muito deteriorada do ponto de vista da preservação do próprio território, uma área de muita disputa. É como se houvesse um silêncio em torno deles”, afirma Roque.
Outro agravante é a proximidade com a fronteira agrícola e o baixo controle do poder público sobre esses interesses privados (representados em diversas instâncias do poder, enquanto a população indígena segue subrepresentada politicamente).
O Brasil possui um sistema político que gera um padrão de representação deficitária, que não garante a presença de diferentes populações. Isso vale uma discussão mais ampla sobre como política se financia e também o sistema de votos. Mas é um debate que o Brasil tem dificuldade de fazer porque o status quo se beneficia desse modelo.”
Outra dificuldade, segundo Tim Cahill, pesquisador de Brasil da Anistia Internacional, é a baixa participação desses povos na definição das politicas voltadas a eles e também a falta de acesso ao sistema de Justiça aos indígenas. Para Cahill, a situação do Mato Grosso do Sul não é difícil de resolver, pois as áreas indígenas são pequenas em relação a outros, como a Raposa Serra do Sol. “É uma população pequena e ameaçada pela violência e pela pobreza devido ao impacto da indústria da cana-de-açúcar, que os tira da terra e ainda os empurra a trabalhar nas plantações em condições degradantes. Isso poderia ser resolvido se houvesse vontade do governo em negociar com os latifundiários do estado e comprar essas terras para os indígenas. O governo diz que está fazendo isso e tentando arranjar uma solução.”
Apesar da situação no Mato Grosso do Sul, a Anistia Internacional considera que o Brasil possui hoje um arcabouço jurídico avançado em relação à preservação dos direitos indígenas. O problema, diz Cahill, é a implementação destas leis.
Há um processo novo de expansão econômica que não está somente ameaçando o direito das populações, mas está levando a rever essa legislação [de defesa dos índios e demarcação de terras] com processos no Congresso”, afirma.
Além da situação na fronteira, a Anistia Internacional emitiu no documento uma série de alertas sobre o impacto de megaempreendimentos na vida de populações vulneráveis. A ONG lembrou que em outubro do ano passado a presidenta Dilma Rousseff expediu um decreto “para facilitar o licenciamento ambiental de grandes empreendimentos econômicos” que afetam as terras de comunidades indígenas ou quilombolas.
O Brasil precisa reconhecer os direitos destes povos e garantir que sua expansão econômica não seja feita à custa da vida deles”, diz Cahill.
Sobre Belo Monte, o relatório destaca a recusa do Brasil a acatar medidas cautelares sobre o projeto determinadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos para proteger a saúde e a integridade da população local. “O Brasil, que tem uma tradição no apoio e valorização dos espaços multilaterais, reagiu mal”, lamenta Atila Roque.
A Anistia demostrou preocupação também com a situação de ativistas rurais e lembrou a morte do casal ambientalista José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, assassinados a tiros há exato um ano por pistoleiros no município de Ipixuna, no Pará. Eles denunciavam as atividades ilegais de madeireiros, fazendeiros e produtores de carvão da região. Apesar da prisão de um mandante e dois supostos executores, as ameaças contra os familiares das vítimas permanecem na região.
A ONG destaca ainda a atuação de grupos de extermínio e milícias que no ano passado mataram a juíza Patrícia Acioli com 21 tiros em frente de sua casa em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, e casos de tortura e maus-tratos nas superlotadas penitenciárias brasileiras, que hoje abrigam 500 mil internos – dos quais 44% ainda esperavam julgamento.
Há um destaque para o risco de remoções forçadas de moradores nas grandes cidades para dar espaço às obras da Copa do Mundo de 2014.

Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente Pedra fundamental de aldeia indígena da Rio+20


A pedra fundamental da Kari-oca 2, espaço dedicado aos índios na conferência Rio+20, foi lançada na quinta-feira, no Rio. A "aldeia", que será montada na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, terá cinco ocas (casas indígenas). Nelas, os participantes da conferência poderão discutir temas relacionados aos seus povos, dormir e se alimentar.
Segundo Marcos Terena, articulador indígena da Rio+20, o lançamento da pedra fundamental será acompanhado por um ritual tradicional indígena. Duas das ocas da aldeia serão construídas por kamaiurás, povo que vive na região do Alto Xingu, em Mato Grosso.
Para a construção das ocas tradicionais, os kamaiurás levaram madeira de sua região. "Falamos para a prefeitura que, quando terminar a Rio+20, vamos doar para ela todo esse patrimônio, como uma contribuição para a educação ambiental", disse Terena.
A construção da aldeia deve terminar dois ou três dias antes do início das atividades oficiais da Rio+20, em 13 de junho.

Fonte

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Indígenas discutem preparo para Rio+20


Indígenas de todo o País participaram em Brasília, da Consulta Setorial de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais em preparo para a Rio+20. A consulta faz parte da iniciativa do Ministério do Meio Ambiente para dialogar com representantes de setores da sociedade civil e especialistas. O Amazonas foi representado pelo secretário estadual para os Povos Indígenas, Bonifácio Baniwa.
Fonte

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Antigos viveres: uma história contada peteĩ kuimba'e Kaja'a- Um Menino Sereio


Uma menina que nunca se interessou em sair, que gostava tanto de trabalhar e que só ficava dentro da casa fazendo artesanatos. Sua família toda gostava tanto dela, porém ela não tinha tempo de conversar com eles. Ela passava o dia limpando a casa, lavando as roupas em um rio muito grande, onde quase nínguém tomava banho. Nesse Rio as pessoas iam buscar àgua, e lá estava ela, sempre alí.
A noite as pessoas dançavam no ritual de dança, cada vez chamavam um para fazer a cerimônia. Na última cerimônia ela foi chamada e o paje a avisou para se afastar do Rio, pois alguma coisa iria acontecer a ela.
A menina, não dando ouvidos, continuava a frequentar o Rio, lavadondo suas roupas. Depois de três dia ela ouviu um barunho muito estranho vindo do meio do Rio, mas o mesmo não a amedrontou. Ela terminou da lavar, voltou para casa e comentou o acontecido com sua mãe.
Todas as noites, ela frequentava o ritual de dança, porém depopis que ela ouviu o barulho vindo do Rio, ela ficou tão triste, que perdeu até a vontade de dançar.
Se passaram mais dois dias, até que ela novamente voltou ao Rio, e ficou observando a aguá. Foi aí que ela viu, uma imagem tomando forma, era um homen muito lindo que estava alí, a sua frente. Ela ficou tão encantada com ele, que ela decidiu se aproximar um pouco mais... se aproximando também da àgua. De repente, ela foi caminhando, se afundando cada vez mais naquelas àguas, em direção aquele homem lindo, parado a sua frente, até que ficou totalmente submersa e desapareceu.
A sua mãe, que estava esperando em casa ela voltar do Rio, ficou muito preocupada, pois já era muito tarde e ela ainda não havia voltado, estava demorando mais do que de costume.
Certa hora da noite, o ritual da dança já estava por começar, então a mãe da menina foi até o paje aflita contando que sua filha não havia voltado do Rio aquela noite. O paje olhou tristemente e disse : - A sua filha foi levado pelo sereio, eu falei a ela para que se afastasse do Rio, mas ela não me ouviu. Vamos fazer o ritual da dança, em sua homenagem hoje, pois ela não voltará mais.
A menina nunca mais apareceu, nem para sua família, nem para ninguém. Depois de cinco meses sua mãe morreu, de tanta tristeza, querendo ver sua filha novamente.

Foi celebrado o V aniversário da Declaração sobre os Direitos do Povos Indígenas

A Organização das Nações Unidas (ONU), celebrou no dia 17 de Maio o V aniversário da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovado na Assembleia geral da ONU em 2007, que demorou cerca de vinte anos de negociação.

A declaração é considerada um dos mais importantes instrumentos de direitos humanos. O Brasil é signatário, porém deixa muito a desejar quanto a isso, também se tem a Declaração 169 da OIT que foi ratificada pelo Congresso Nacional, através do Decreto Legislativo nº 143, de 20 de junho de 2002, publicado no Diário Oficial da União, em 21 de junho de 2002, substituindo a antiga Convenção 107, adotou diversas proposições de caráter obrigatório para os países signatários, tendo como objetivo orientar as ações dos governos em matéria indígena, dentre outras.
  
Avançamos nos instrumento que nos dá respaldo porém, há muito o que se avançar na aplicabilidade desses direitos.

Algumas informações: Servindi  

I Aty Gassu dos jovens Guarani de Mato Grosso do Sul

C

terça-feira, 22 de maio de 2012

Kaiowá-Guaranis em Brasília: boa vontade, mas sem decisões

Uma delegação de 16 Kaiowá Guarani do Mato Grosso do Sul, passaram três dias em Brasília para dar oportunidade aos funcionários da Funai e outros dez ministérios, dentre os quais a Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência da República, dizerem o que estão fazendo, pretendem fazer e de que recursos financeiros dispõem para atuar junto aos povos indígenas. Foi um festival de siglas e projetos desfilando diante dos olhos e mentes atentas dos Kaiowá Guarani. Houve também quem demonstrasse seu reconhecimento e carinho pela causa, indo além de funcionário no cumprimento de seu estrito papel burocrático.

Em vários momentos, as colocações dos funcionários pareciam ser para uma seleta platéia dos povos indígenas do Brasil, em suas terras e territórios demarcados. Eliseu Lopes procurou chamar atenção para a realidade dos Kaiowá Guarani ali presentes, sendo lideranças de áreas de conflito, retomadas ou acampamentos à beira da estrada. Esta situação, na prática, os exclui de qualquer possibilidade dos recursos sobre os quais se discursava. A rigor, apenas uma coisa queriam ouvir: quando vai ser demarcada a terra. Apenas a representante do Ministério da Educação deu um sinal de esperança para as situações de retomadas, acampamentos e áreas de conflito: “Vocês podem exigir das prefeituras a construção e funcionamento de escolas nas áreas em conflito e não regularizadas”. E para justificar esse direito citou a Portaria Inter- ministerial 507, deste ano, que garante esse direito às comunidades indígenas.

Ouviram também explicações sobre a morosidade do processo de identificação de suas terras. Dos 20 relatórios previstos para serem entregues pelos Grupos de Trabalho (há anos, diga-se de passagem!) apenas cinco foram entregues, e segundo avaliações preliminares, todos terão ainda que ser complementados.

Em nota, o Conselho da Aty Guasu, volta a reafirmar que a pauta principal da viagem é obterem respostas sobre a demarcação de suas terras. E com isso a diminuição da violência e genocídio aos quais as comunidades, confinadas ou em acampamentos à beira da estrada, estão submetidos.

Elpidio, da terra indígena Potrero Guasu, por várias vezes manifestou sua estranheza por não ter ouvido falar de tantos projetos e recursos, que nunca chegam à sua comunidade e região do município de Paranhos.

Infelizmente a tão sonhada e suada recuperação e garantia da terra ficou para mais adiante, depois da Rio+20, depois das eleições, depois do governo Dilma, e até onde a paciência Kaiowá Guarani alcançar ou eclodir em silenciosa revolta e retomada de seus territórios tradicionais. Levam na bagagem de volta, muitas informações e disponibilidades de acesso a recursos dos ministérios das Cidades, dos Esportes, do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário, da Educação e Saúde, Justiça! Quando mesmo chegará a Justiça?

No chão a luta avança
Vitórias importantes aconteceram nesses dias com relação à realidade dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul. Os Kadiwéu tiveram a seu favor a decisão da juíza que não concedeu a reintegração de posse solicitada por vários fazendeiros estabelecidos dentro da terra indígena demarcada e registrada. Remeteu o processo para o Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, a ocupação efetiva da terra fica com os índios.

Outro acontecimento importante é a reunião do Conselho Continental Guarani, em Dourados. Na pauta uma importante discussão sobre o estatuto e funcionamento do próprio Conselho, não conforme a estrutura hierárquica das nossas organizações, mas conforme a maneira Guarani de se organizar e tomar decisões.

Na pauta também esteve o debate sobre a participação e estratégia Guarani na Cúpula dos Povos, por ocasião da Rio+20. Entendem que esse será um momento ímpar para dar visibilidade à luta do povo Guarani nos quatro países, especialmente o reconhecimento de seus territórios e o direito de viverem o teko – jeito de viver Guarani, na busca da terra sem males.


Fonte


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Meio Ambiente: Um diálogo entre os povos



Desenho de aluno, resultado da Oficina de Meio Ambiente: um diálogo entre os povos.
Neste dia o tema trabalhado foi: "as doenças causadas pelo acúmulo incorreto do lixo".

Aldeia Bororó - CRAS Indígena

Jovens e a violência na aldeia de Dourados

Na aldeia de Dourados há aproximadamente quatro mil jovens indígenas da etnia Kaiowá, Guarani e Terena. A onda de violência entre ambos amenizou com a presença da Forca Nacional que faz rondas na aldeia. Mas a violência ainda continua, como os policias nao tem acesso a aldeia inteira pois são poucos os que atuam na aldeia, os jovens tem aproveitado para andar na rua  de noite com façao e foice. No final de semana presenciei muitos fatos de violência caminhando pela aldeia. Na Jaguapiru próximo a rotatória havia uma festa onde segundo informaçoes da comunidade, ali  jovens se juntam todas as noites, pois o que vi foi um espaço improvisado com luzes coloridas e muitos jovens dançando, bebendo e fumando, conhecia algumas meninas e rapazes e que tem onze, doze anos, é dai endiante.
Mas logo aconteceu brigas, se juntou muita gente um brigando com o outro. Logo a policia aparesceu e acabou com a festa. Mas o que aconteceu é que foram brigar em outro lugar na aldeia mesmo.
Uma semana atrás, no sabado passado um adolescente de quatorze anos quase foi morto a pauladas, o adolescente D.G.P residente na Jaguapiru disse que estava passando pelo caminho quando aproximadamente oito pessoas estavam paradas na estrda e não disseram nada e foi dando pauladas nas costas dele, mas ele teve sorte pois foi salvo pelo irmão e padastro que estavam indo na mesma estrada, o adolescente ficou com varios hematomas pelo corpo e na cabeça. Porém ele não pode denunciar poiss não conheceu ninguém,  cada pessoa tinha um pedaco de pano amarrado na cabeca inteira deixando apenas os olhos de fora.
São casos  que nos faz refletir que  a violência continua e ainda não tem um espaço, uma atividade que ocupe o tempo desses jovens integralmente. O governo ainda deixa a desejar, não há politicas publicas, não há projetos continuos para os jovens na aldeia.
Estamos em 2012, a noticia boa é que a violencia amenizou mas os jovens ainda não tem uma ocupaçao que leva a maioria a se ocupar com outros modos que não é legal.

Jaqueline Gonçalves
AJI - Ação de Jovens Indígenas

Programação do I Aty Guassu dos jovens Guarani/Kaiowá e Guarani/Nhandeva

Do dia 24 a 26 de Maio ocorrerá, na aldeia Pirajuí em Paranhos o I Aty Guassu de Jovens Indígenas. A Grande assembleia conta com a participação de lideranças e jovens das aldeias do conesul do MS.

Bruno funcionário da FUNAI e articulador do evento divulga a programação:



Quinta-feira (25/05)
Sexta-feira (25/05)
Sábado (26/05)
Manhã
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7h30 - Reza / Recepção
8h30 - Apresentação do tema “histórico do processo de luta pela terra e conjuntura atual” (mesa com Levi Marques, Eliel)
11h30 - Almoço
08h00 – Debate / apresentação dos grupos
10h00 – Direito e Cidadania indígena (MPF, Conveção 169, PEC 215)
12h00 - Almoço
Tarde
14h00 – Chegada / credenciamento
13h30 – Trabalho em Grupo (tema: identidade, etnicidade e juventude indígena)
14h30 – Apresentação dos grupos / debate
13h00 – Trabalho em grupo
(tema: Sustentabilidade / Autonomia)
14h30 – Apresentação dos grupos / debate
15h30 – Plenária de aprovação de propostas e encaminhamentos
Noite
18h00 - Jantar
19h00 Noite Cultural

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Prefeitura de Dourados inicia recuperação em estrada da reserva

A Prefeitura de Dourados iniciou nesta quinta-feira os serviços de nivelamento da principal estrada que corta as aldeias Jaguapiru e Bororó. O trabalho faz parte do compromisso firmado pelo prefeito Murilo com a comunidade indígena, na segunda-feira de manhã. O acordo acabou com o bloqueio da rodovia MS-156, feito pelos índios para protestar contra as condições das estradas.
Após vários dias de protesto indígena, a Prefeitura de Dourados e a de Itaporã intermediaram a negociação, garantindo, em caráter emergencial, o nivelamento pelo menos da via principal.
Nesta quinta-feira, o serviço começou a ser executado na região da Missão Evangélica Caiuá. A máquina da Prefeitura de Dourados permanecerá no local até que o trabalho seja realizado em toda a extensão da via, usada para o transporte escolar, ambulâncias e pela maioria dos veículos que entram e saem das duas aldeias. Também começou a trabalhar na reserva nesta quinta-feira a máquina da fornecida pela prefeitura de Itaporã.
O líder indígena Fernando de Souza está acompanhando o trabalho e destacou a importância do serviço iniciado nesta quinta-feira pelas máquinas das prefeituras de Dourados e de Itaporã. Ele lembrou que se trata de um serviço emergencial assumido pelas duas prefeituras. A recuperação de todas as estradas da reserva será discutida nesta sexta-feira, em audiência agendada como governador André Puccinelli.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Florestas faz a diferença

Repercussão negativa no Brasil e no exterior preocupa a presidente, que tem de atrair chefes de Estados à Rio+20


A presidente Dilma Rousseff estuda vetar na íntegra o Código Florestal aprovado pela Câmara e regulamentar por medida provisória a recuperação de florestas em beira de rio de modo a beneficiar agricultores familiares.
O texto do deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG), aprovado no último dia 25, foi protocolado ontem no Planalto. Dilma tem até o dia 25 para se manifestar sobre ele.
A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) inicialmente pediria à presidente que vetasse só as chamadas disposições transitórias, nas quais, segundo o governo, ficou configurada a anistia a quem desmatou ilegalmente.
Dilma, porém, considerou que trechos importantes do texto aprovado pelo Senado foram suprimidos, o que tornaria pouco efetivo vetar só trechos do projeto de Piau.
Há uma tendência no governo de baixar uma medida provisória com a chamada "escadinha", ou seja, um escalonamento das faixas de recuperação de florestas de acordo com o tamanho da propriedade.
Organizações de pequenos agricultores não estão satisfeitas com a previsão de que os minifúndios tenham de recuperar 15 metros de suas áreas de preservação permanente -querem que seja uma área menor.
O governo está de olho também nos dividendos eleitorais da rejeição ao texto de Piau. A campanha "Veta Tudo, Dilma" virou uma febre na internet semana passada.
O veto teria ainda a função de mandar um recado ao PMDB, que desafiou o Planalto ao aprovar um texto considerado desequilibrado em favor dos ruralistas.
A repercussão internacional negativa da reforma do código tem preocupado Dilma, que precisa atrair o maior número possível de chefes de Estado à Rio+20, em junho.

Por Claudio Angelo, Natuza Nery, Kelly Matos e Valdo Cruz

Veja como pedir à presidenta Dilma para que vete o Código Florestal

 


 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que vai virar da aldeia de Dourados daqui mais alguns anos?


Uma situação que preocupa a comunidade indígena da aldeia de Dourados é o lixo. Mensalmente é produzido muito lixo na aldeia, não se tem uma quantidade especifica de lixo que é produzido, mas se sabe que é enterrado por maiorias dos indígenas ou queimados.
Essa é a única alternativa encontrada na aldeia de Dourados para não deixar o lixo ao ar livre. Existe certos tipos de lixo que levam muito tempo para se decompor, como plástico, bateria de celular, pilha, equipamentos eletrônicos e outros. Porém até nos dias de hoje não se tem um programa para a reciclagem e para a coleta desses lixos na aldeia de Dourados, e isso é muito preocupante.


Outro fato que preocupa é conforme vai aumentando a população na aldeia, as casa são feitas uma do lado da outra, porém tem casa que chega a cinquenta metros, ou até menos uma da outra, porém cada casa tem a sua casinha (privada). Essa é a única alternativa que as pessoas encontram, são poucas as casas na aldeia onde tem vaso sanitário. A maioria ainda utiliza as casinhas para suas necessidades.
O que acontece é que com o acumulo de lixo, as terras vão ficando fracas, os lixos cada vez mais acumulando e isso leva a saúde da comunidade indígena em risco, e ainda preocupa muito a população, e a pergunta que se faz é o que vai ser da aldeia de Dourados daqui mais alguns anos?
AJI - Ação de Jovens Indígenas de Dourados

terça-feira, 15 de maio de 2012

Depois de acordo entre prefeitos a Aldeia volta a sua rotina

Depois da negociação entre prefeitos, as aldeias de Dourados voltam a sua rotina, as escolas, unidades de saúde e CRAS - Centro de Referência a assistência social, já estão voltando com as atividades.
Parabéns aos parentes que participaram do manifesto, dessa forma esperamos que nosso direito de ir e vir seja colocado em pratica. 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Indígenas continuam bloqueando a rodovia pelo 5° dia


Indígenas Guarani, Kaiowá e Terena bloqueiam a rodovia MS 156 pelo 5° dia. Eles cobram do governo do estado e da prefeitura o acordo que o governador fez quando ampliou a MS 156, onde o governo mandaria arrumas as estradas da aldeia duas vezes por ano.
A comunidade reclama que uma rodovia bem feita passa por dentro da aldeia enquanto as estradas da aldeia estão em estado impossíveis de transitar, onde os transportes que levam doentes para o hospital não conseguem mais transitar, e ônibus escolares também. Índias grávidas são as que mais sofrem e chegam a ter o parto dentro da viatura segundo a agente se saúde Priscila.
O líder Wilmar Machado diz que a comunidade só está cobrando o que foi prometido “nada mais que nossos direitos” diz o capitão.
A comunidade indígena Guarani, Terena e Kaiowá aguardam um retorno do governador e da prefeitura que até hoje não se manifestaram. Caso isso não venha acontecer, se não houver um retorno por parte do prefeito e governo a comunidade vai entrar em acordo e criar formalmente um meio de resolver a questão das estradas da aldeia, e a ideia e liberar a rodovia e cobrar pedágio todos os dias, de todas as pessoas que vão passar para ir em direção a Itaporã, ou em direção a cidade de Dourados. “Essa é a forma que estamos pensando para arrumar as nossas estrada” Afirma o capitão da aldeia Jaguapiru.
AJI - Ação de jovens indígenas de Dourados

ONU alerta sobre epidemia por violência contra mulheres indígenas

O Fórum Permanente para Questões Indígenas da ONU lançou nesta quinta-feira uma mensagem de alerta à comunidade internacional para intensificar os esforços de combate à violência contra mulheres e meninas indígenas no mundo.
"A violência contra as mulheres indígenas é um problema global, com tinturas de epidemia em numerosos países devido ao aumento dos diversos tipos de violência que enfrentamos", disse à Agência Efe a nicaraguense Mirna Cunningham, especialista em assuntos indígenas e ex-presidente deste fórum da ONU.
Cunningham participou da sessão que o Fórum Permanente para Questões Indígenas dedicou às mulheres e meninas dessas comunidades, na qual foram apresentadas as conclusões de um relatório elaborado por especialistas de todo o mundo. O texto alerta sobre o caráter multifacetado da violência que enfrentam.
De acordo com o relatório, as mulheres, meninas, adolescentes e jovens indígenas, consideradas as mais pobres dentre os pobres, são vítimas de um "elevado aumento" da violência "política, social, econômica, espiritual, física, sexual, psicológica e ambiental" em todas as regiões do planeta onde habitam.
Apesar de o fórum não contar com números específicos por países que demonstrem com dados o aumento da violência, a especialista ressaltou que se trata de um problema que inclui numerosas transgressões de seus direitos individuais e coletivos.
"Há meninas indígenas que estão expostas a resíduos nucleares ou pesticidas que morrem de câncer já aos 12 anos, e há menores de idade que são vendidas a narcotraficantes. Está se negando o futuro às próximas gerações", explicou a dirigente indígena à Agência Efe.
A principal conclusão do relatório é que "as medidas para combater a violência contra as mulheres e as meninas no contexto indígena devem ser integrais, e não devem se tratar de maneira isolada em relação ao conjunto de direitos reconhecidos para os povos indígenas".
"A violência não pode se desvincular da história de discriminação e marginalização sofrida pelos povos indígenas em seu conjunto", disse o especialista.
Para isso, os integrantes do fórum pedem à comunidade internacional que cumpra a legislação internacional sobre povos indígenas, o que inclui a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas.
Eles consideram "vital" que os governos recopilem dados relacionados à violência da mulher e que incluam números específicos relacionados aos indígenas, algo que atualmente só é feito por Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Sobre o caso específico das indígenas latino-americanas, Cunningham disse que "a situação é grave em vários campos", entre os quais destacou "o enorme crescimento da violência pela militarização na Colômbia, México e Guatemala", assim como "o grande impacto das indústrias mineradoras, principalmente na Amazônia".
De qualquer maneira, segundo ela, a maioria dos países da América Latina ainda tem "muito a fazer" para acabar com a violência institucional contra os indígenas, já que são necessários "modelos de educação e saúde interculturais, além de sistemas de Justiça nos quais se aplique o pluralismo jurídico".
O Fórum Permanente para Questões Indígenas iniciou na segunda-feira passada seu 11º período de sessões focado em impulsionar o fim da marginalização desses povos e o impacto que a chamada doutrina do descobrimento teve no desenvolvimento dessas comunidades.
O evento segue até o próximo dia 18 e estima-se a participação de aproximadamente 2 mil indígenas. Entre os atos mais importantes, estará a comemoração do quinto aniversário da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 2007.

Fonte

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Imaginário da cidade de Dourados sobre a população indígena



Ontem (09/05) o site Dourados News publicou a matéria relacionada a comentários preconceituosos sobre a manifestação pacifica onde indígenas bloqueiam a rodovia 156 que liga Dourados-Itaporã.
É impressionante o quando a população carrega o preconceito no peito. Os indígenas apenas estão reivindicando seus direitos, o manifesto é pacífico, por que não podem? A rodovia Guaicurus hoje foi fechada por funcionários da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), mas o povo não se manifestou, infelizmente os índios são alvos de preconceitos mais uma vez.
Um comentário dizia que os índios não pagam imposto, e o que é então quando o índio compra nas lojas da cidade, nos mercados, paga energia, ônibus, o que é isso então?
A população carrega uma imagem desatualizada, informações pobres, antigas.
Hoje há leis que garantem o direito do índio. Os indígenas também trabalham, estudam. Espero que esse povo da cidade se conscientize e pense o que vai dizer. Afinal os índios são ser humanos e todo ser humano como um cidadão brasileiro que tem seus direitos e deveres garantidos em lei merece respeito.
AJI – Ação de Jovens Indígenas 


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Side Events at the Eleventh Session of the United Nations Permanent Forum on Indigenous Issues


Side Events at the Eleventh Session of the United Nations Permanent Forum on Indigenous Issues
United Nations Head-Quarters, New York
7 – 18 May 2012
  • NLBNorth Lawn Building, United Nations Headquarters, New York (Enter through Visitors Center from 1st avenue and 45th street)
  • 2 UN Plaza (DC2) 2 United Nations Plaza, 44th Street between 1st and 2nd Avenue, New York

ONU: Presentan libro sobre suicidio adolescente en indígenas en Brasil, Colombia y Perú




Servindi, 9 de mayo, 2012.- El miércoles 9 de mayo se presentó un estudio que analiza un fenómeno preocupante y poco conocido: el alto número de suicidios en la población indígena de América Latina.
A pesar que la población de la región tiene un bajo índice de suicidios a nivel mundial, el suicidio de jóvenes indígena en particular, lidera las tasas entre los diferentes grupos de población latinoamericanos.
Así lo revela “Suicidio adolescente en pueblos indígenas. Tres estudios de caso”, que observa de forma comparativa casos entre la juventud indígena del pueblo Awajún (Perú), Guaraní (Brasil) y Embera (Colombia).
El texto fue publicado por el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef), la Agencia Española para la Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID) y el Grupo Internacional de Trabajo sobre Asuntos Indígenas (IWGIA).
La investigación se inicia a partir de una Observación hecha por el Comité de los Derechos del Niño que indicó en 2009 que “en algunos Estados partes, las tasas de suicidio de los niños indígenas son considerablemente más altas que la de los niños no indígenas”
El mismo año, el libro “Situación mundial de los pueblos indígenas” publicado por las Naciones Unidas, ubica el suicidio de los jóvenes indígenas en un contexto de discriminación, marginación, colonización traumática y pérdida de las tradicionales formas de vida.
El Foro Permanente para las Cuestiones Indígenas de las Naciones Unidas se hizo eco de tal preocupación y recomendó a la UNICEF iniciar una investigación al respecto.
La investigación se realizó con el apoyo del Grupo Internacional de Trabajo sobre Asuntos Indígenas y puso énfasis en captar y trasmitir la propia visión de los jóvenes a fin de procurar una comprensión cercana a la dolorosa contingencia.
El volumen registra los preocupante informes de las oficinas locales de salud que coinciden en que la frecuencia de suicidio adolescente se ha acentuado de manera alarmante.
La continua discriminación a indígenas, los cambios drásticos en su entorno, la violación sistemática de sus derechos y la impotencia frente a las decisiones que afectan su desarrollo, originan situaciones con traumáticas consecuencias individuales y colectivas.
Una de las respuestas a estas situaciones de desesperanza es el incremento de las muertes por suicidio entre niños y jóvenes indígenas. Algunos de los pueblos indígenas –como los Guaraní de Brasil- alcanzan cifras 30 veces superior a la media nacional.
El libro reconoce las limitaciones de información disponibles que no permiten medir la magnitud del problema. Sin embargo, los datos oficiales y privados obligan a profundizar las investigaciones y tomar medidas preventivas.
Sin duda, el documento representa un esfuerzo inicial por entender, desde una perspectiva intercultural, lo que ocurre en ciertos pueblos que lleva a sus jóvenes a optar por el suicidio como respuesta a sus problemas.
Las instituciones patrocinadoras esperan así aportar información útil a los pueblos afectados y estimularlos a tomar una postura proactiva, para hacer ver la gravedad de un problema que puede interferir con sus planes de vida.
También se intenta hacer un llamado de atención a los Estados para que asuman sus propias responsabilidades en la prevención, reducción del daño y erradicación de este grave problema.
Miguel Hilario, oficial de la Unicef para temas indígenas, destacó en la presentación del libro que muchas veces los gobiernos carecen de perspectiva política para llegar adecuadamente a los pueblos indigenas.
Informó del esfuerzo de la Unicef por intentar obtener informacion cuantitativa y cualitativa sobre el suicidio adolescente y seguir apoyando investigaciones que den pistas para revertir el grave problema.
Hilario, quién es indígena del pueblo Shipibo de Perú, reconoció y agradeció la preocupación institucional de IWGIA y de María Lourdes Alcántara, antropóloga de Brasil, por la visibilidad del tema y se realizen esfuerzos oportunos para ofrecer a los jóvenes indígenas una vida digna.
El estudio coordinado por Alejandro Parellada de IWGIA fue desarrollado en el Perú por Irma Tuesta, Malena García, Pedro García y la Comisión de Salud y Nutrición de la federación Odecofroc.
En Brasil participaron Indianara Ramires, Maria de Lourdes Beldi y Zelik Trajber. En Colombia, Lina Marcela Tobón, Patricia Tobón y el Colectivo de Trabajo Jenzerá.

Fonte: SERVINDI

Protesto realizado na aldeia de Dourados gera preconceito

Protesto pacífico de indígenas aflora preconceito da população

Maryuska Pavão
Recentemente um caso de racismo contra indígenas pela rede social Facebook, deixou boa parte da população de Dourados, indignada com a atitude de uma estudante que postou um comentário em seu perfil, falando sobre a participação do grupo indígena Brô MC's, que estavam no programa TV Xuxa, da rede Globo, classificando-os como “apresentação de lixo” e “índios fedorentos”.
Porém, desde a última segunda-feira quando o Dourados News e outros órgãos de imprensa noticiaram que os indígenas das aldeias, Bororó e Jaguapiru, fariam um manifesto pacífico, onde os motoristas que seguiriam pela MS-156 seriam obrigados a desviar a rota para dentro da aldeia. De acordo com as lideranças o objetivo desse desvio seria para que assim a população tomasse conhecimento da situação precária que as estradas estão.
Mas, uma coisa que chamou a atenção na reportagem foi o número de comentários postados, onde pessoas usando do anonimato expressaram seu preconceito quanto à reivindicação dos indígenas, onde eles tentam chamar a atenção do Governador André Puccinelli e assim resolver a situação das aldeias.

Confira alguns comentários:

"pau neles, nos índios e quem não quer trabalhar... os policiais deviam ta na cidade defendendo a população; e o direito de ir e vir cadê? Esse capitão de m...... dos índios, nunca trabalhou na vida fica ai tomando cachaça e o dinheirinho trocado dos indios, pau nele..."(Maycon)
"pessoas como eu dependem desta rodovia para ir e vir e pagamos nossos impostos. porque não fazem protesto para reeducar estas pessoas indígenas,porque não fazem protesto para tirar seus irmãos indígenas das drogas das bebidas, e porque não fazem protesto contra um monte d adolesceste indígenas grávidas sendo abusadas sexualmente ai nestas aldeias!!!!!HA e sem falar q qdo passamos ai na rodovia jogam pedras em nossos carros ferindo pessoas, ai nem um indígena vai responder por isto!!!!!" (Enfermeira infeliz)
"gente se liga na fita, esses indios vão sempre fazer essas gracinhas, eles sempre ganham, ninguém tá nem aí é pelo cidadão brasileiro que trabalha honestamente e infelizmente tem que passar pelo meio dessa maldita aldeia, correndo o risco de ser apedrejada, ameaçada com umas correntes enormes que eles usam para amedrontar o pessoal que passa principalmente os de moto, como já aconteceu milhares de vezes com várias pessoas e não podemos fazer nada porque o indios são simplesmente "INTOCÁVES" relíquias que ninguém mexe..." (Dandara)
"Indio tem que andar no mato... tao querendo o q asfalto na aldeia... o que é isso.. gente... indios modernos." (Sandra)
"Me diz uma coisa, qual a finalidade do indio hoje em dia ? não desrespeito eles como pessoas mais como raça eu abomino." (Diego)
"Desse o pau nesses pudins de pinga que fica bagunçando e tirando nosso direito de IR e VIR. Se fosse um protesto de brancos garanto que a PULIÇA já tinha chegado de sóla, isso se nao haveria pelo menos uns 2 mortos. Indios sao intocaveis, sao os pequenos filhos coitadinhos do governo federal. Vai lá seus PULIÇAS?! Toca neles; quero verr!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk" (Letsgo)
"Tira essas pragas da Rodoviaa!!! Se nós brancos temos a pinga e vendemos, porque vcs vão lá comprar??? Compra quem quiser!!!! Vcs são a toa, tem bolsa familia, bolsa da Funai e coçam o dia inteiro!!! e ainda ficam enchendo o saco das pessoas de bem que trabalham!!! Cambada viu!! Direitos??? e o nossos direitos?? Ao invés de ir trancar rodovia porque vcs não vão ficar de plantão nos gabinetes dos colarinhos branco? eles sim vcs tem que incomodar e não nós cidadãos!!!" (bmg )
"Indios sao uma lenda ,porq estes daqui de Dourados sabem muito bem o que fazem,gostam de tumultar pra ter beneficios do governo,nao gostam de trabalhar ,nao plantao nada,so ficam recebendo cesta basica ,bebendo e matando,e viciando os outros indios dentro da propria aldeia,quanto mais eles tem mais eles querem,e nunca pagam por seu crimes." (christianne)

No primeiro caso de preconceito o Ministério Público requisitou informações ao site de relacionamento para verificar a veracidade das mensagens. Onde podia ser instaurado inquérito e posterior processo penal pelo crime de racismo, previsto pelo artigo 20 da Lei 7.716/89.

Fonte

 


 

Indigenas da aldeia Bororó e Jaguapiru formam comissão e vão a câmara de Dourados




Indígenas da Reserva Indígena de Dourados montam comissão e vão a câmara de Dourados hoje (7/05) para reivindicar melhorias nas estradas nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Ontem lideranças elaboraram um documento e a comunidade assinou, o documento pedia melhorias na aldeia de Dourados.
Segundo o lider Terena Edio Felipe Valério, a comissão vai a câmara de Dourados levar o documento e discutir com vereadores a questão da melhorias nas estradas da aldeia de Dourados e enviar o documento ao prefeito de Dourados e ao governador de MS André Puccinelli, enquanto isso a comunidade indígena continua na rodovia 156 que liga Dourados e Itaporã.
O líder indígena disse a AJI que se houver um resultado positivo a rodovia será liberada, caso contrário irão buscar outros meios mas que não irão desistir.
A manifestação iniciou no dia sete de 
maio e permanece.





terça-feira, 8 de maio de 2012

As Terras Indígenas e o Código Florestal Novo

Todo mundo sabe do problema crônico de tráfico de madeiras, entre outras matérias primas de origem florestal, extraídas ilegalmente de florestas indígenas. E o quanto isso significa em termos de desgraças, perdas e danos aos povos indígenas envolvidos por esse tipo de negócio ilícito. Apesar disso, o Código Florestal Novo simplesmente ignorou a presença dos povos indígenas, das terras indígenas, e por vinculação, das chamadas *florestas indígenas*. Tal como são consideradas no Código Florestal ainda vigente (Lei 4771/65), conforme rezam seus Artigos 3° e 3°-A que consideram as florestas que integram o Patrimônio Indígena sujeitas ao regime de Preservação Permanente, mas também, condiciona a exploração de recursos florestais em terras indígenas, pelas comunidades indígenas, mediante regime de Manejo Florestal Sustentado para atender suas necessidades de subsistência. Assim sendo, pelo código novo, haverá um retrocesso significativo em termos de política indigenista no trato desse tema, pois inviabilizará de vez o acesso de comunidades indígenas a políticas e programas oficiais de conservação e manejo sustentado de recursos florestais e da biodiversidade em terras indígenas. Por exemplo, o manejo florestal comunitário, o aproveitamento de produtos florestais não madeireiros, o pagamento de serviços ambientais proporcionados pelas florestas indígenas, etc. Quer dizer, as comunidades indígenas têm o direito originário de usufruir desses recursos florestais disponíveis em seus territórios tradicionais. Se não existe legislação ordinária sobre o tema, o próprio legislador amplia o espaço ao tráfico de produtos extraídos ilegalmente das florestas indígenas. E o que diz ou contempla o novo código florestal a esse respeito? Absolutamente nada.
Fonte

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Indígenas participarão de audiência pública sobre exploração de suas terras

A Comissão Especial da Exploração de Recursos em Terras Indígenas realizará audiência pública, nesta terça-feira (8), para debater a proposta de regulamentação da exploração e aproveitamento de recursos minerais nestas localidades. Lideranças indígenas de estados da Amazônia Legal foram convidadas para discutir o assunto. O debate foi proposto pelos deputados Janete Capiberibe (PSB-AP) e Penna (PV- SP).

Capiberibe explica que “a Constituição veda a exploração mineral nas terras indígenas, destinando-as para o uso e subsistência das suas populações”. No entanto, segundo ela, “o Projeto de Lei 1610/96 visa modificar essa determinação, privilegiando anseios comerciais e, em muitos casos, procurando trazer à legalidade, atividades ilegais altamente rentáveis de exploração mineral que ocorrem, à revelia da lei, em praticamente todas as Terras Indígenas do Brasil”.

O deputado Penna acredita que “a audiência proposta trará à comissão mais conhecimento sobre a atuação de mineradoras operando em plena área indígena”.

Foram convidados
- a liderança indígena em Rondônia, Maria Eva Canoé;
- a liderança indígena na Bahia, Nailton Muniz;
- a liderança indígena no Amapá, Kleber Luiz Santos dos Santos Karipuna;
- a liderança indígena no Mato Grosso, Francisca Novantina P. Ângelo;
- a representante da tribo indígena Pataxós – Hã-Hã-Hães, Ilza Rodrigues Da Silva.

A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 14.

Indígenas fecham trecho da rodovia MS-156 entre Itaporã e Dourados

Indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru fecharam, desde a manhã desta segunda-feira, o trecho da rodovia MS-156, no sentido Itaporã e Dourados, em protesto contra a situação precária das estradas vicinais na reserva de Dourados.
Eles sinalizaram um desvio à direita, na primeira rotatória do trecho, impedindo que os condutores continuem pela rodovia. Para seguir viagem, eles são obrigados a entrar na aldeia e percorrer aproximadamente sete quilômetros de estrada de chão até retornar para a pista pavimentada.
A Polícia Rodoviária Militar está orientando os motoristas que trafegam no sentido contrário a fazer um desvio e seguir pelo anel rodoviário até o trecho entre o distrito de Itahum e o acesso a Maracaju.
Em entrevista ao site Dourados Agora, o capitão Vilmar Martins Machado, da Jaguapiru, disse que a intenção é fazer um protesto pacífico a fim de chamar a atenção das autoridades e da população para mostrar a situação das estradas vicinais.
De acordo com ele, havia um acordo com lideranças indígenas e o Estado que não vem sendo cumprida. Ele também afirmou que o desvio pode se transformar em bloqueio a partir das 11h se representantes do Estado ou município não negociarem.
Polícia Militar, Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Militar Rodoviária estão no local.

Começa hoje campanha de vacinação contra gripe

As 136 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região iniciam hoje a campanha de vacinação contra a gripe. A meta é imunizar, até dia 25, 391,8 mil pessoas, ou 80% dos idosos, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, indígenas e profissionais de Saúde do Grande ABC.
As primeiras campanhas contra o vírus influenza contemplavam apenas os idosos, grupo mais suscetível a complicações decorrentes da doença. Segundo o infectologista da Faculdade de Medicina do ABC, Hélio Vasconcellos Lopes, esse perfil mudou porque a gripe também muda. "O vírus sofre mutações constantes e, a cada ano, nova vacina deve ser elaborada."
No caso das crianças e gestantes, vale o mesmo que para os idosos. Já para os profissionais de Saúde, a campanha tem como objetivo impedir que transmitam a doença para pacientes.
De acordo com o especialista, os indígenas, incluídos na campanha deste ano, devem ser imunizados porque, durante gerações, foram menos expostos aos vírus por conta do isolamento das aldeias. "Em populações isoladas, o vírus da gripe pode provocar epidemia e mortes."
Não podem ser imunizadas apenas pessoas que têm alergia a ovo. O médico explicou que isso ocorre porque geralmente a vacina é preparada com proteína de ovos. "Fora isso, não há contraindicação ou efeitos colaterais", garante.
Quem reclama de contrair a gripe após tomar a vacina não teve efeito colateral, segundo Lopes. "O que ocorre é que a vacina tem 70% de eficácia. A pessoa pode tomar e não funcionar." Mesmo assim, é importante que todos que fazem parte dos grupos de risco sejam imunizados.
H1N1
A epidemia de Influenza A (H1N1), ou gripe suína, preocupou o Grande ABC e o País em 2009 e 2010. Porém, conforme o infectologista, foi completamente controlada. "O vírus só sobrevive quando está no corpo das pessoas. Se não há mais ninguém com a doença, ela não é transmitida." A vacina deste ano imuniza contra a doença.

Camila Galvez

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Indígenas planejam protesto contra governo por melhorias nas estradas

Daniele Niki
Indígenas da aldeia Jaguapiru de Dourados planejam para a próxima segunda-feira (07) uma manifestação contra o Governo do Estado em busca de melhorias nas estradas da aldeia.
De acordo com o responsável pelo manifesto, Leomar Mariano Silva, a ideia é desviar o trânsito da Rodovia MS 156 para dentro da aldeia. “Com isso nós queremos reivindicar o que nos foi prometido pelo Governo do Estado”, afirma, ele.
De acordo com os indígenas, na época da duplicação da rodovia, o governo havia prometido a manutenção das estradas por pelo menos duas vezes ao ano, além de melhorar as condições da iluminação pública.
A manifestação está prevista para começar a partir das 7h e deve terminar por volta das 12h.
Dourados News

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Guarani-kaiowá recebem atendimento médico ao ar livre no MS

Não são apenas novas regras para definição de terras indígenas que marcam a mudança de atitude do governo federal em relação aos índios. Em vários estados do país, o Ministério Público tem sido obrigado recorrer à Justiça na tentativa de garantir atendimento de saúde a indígenas.
 No Mato Grosso do Sul, os 189 índios guarani-kaiowá da aldeia Passo Piraju estão sendo atendidos ao ar livre, sob um pé de maracujá ou uma moita de taquara.
Segundo o Ministério Público Federal, os índios estão há oito anos na área, mas a ausência de demarcação é alegada como motivo de não ser feito no local um posto de saúde. "Em várias oportunidades que se buscou, extrajudicialmente, a construção de um Posto de Saúde no interior da comunidade, o corriqueiro argumento foi a inexistência de território demarcado como óbice à implementação da política pública em tela", diz o MPF, que ingressou com ação na Justiça para garantir atendimento médico digno à comunidade.
A ação civil pública afirma que os índios recebem apenas uma visita do agente de saúde a cada 15 dias, mesmo existindo pacientes que necessitem de acompanhamento médico regular. Onze crianças estão em risco de desnutrição. O procurador Marco Antônio Delfino de Almeida afirma que os índios da aldeia Passo Piraju estão privados de serviços básicos que atendam a Constituição Federal, que assegura o direito à saúde, e decretos que determinam a construção de postos no interior das aldeias.
Para MPF, índios deveriam estar no Plano Brasil Sem Miséria
A aldeia não tem energia elétrica e está sujeita a doenças infectoparasitárias por falta de condições de armazenamento de alimentos, o que resulta em recorrentes casos de diarreia na comunidade. O MPF pede à Justiça a instalação da rede de energia elétrica por meio do programa Luz para Todos, que também esbarra na ausência de demarcação das terras. Para o MPF, os índios deveriam ser incluídos no Plano Brasil Sem Miséria, que beneficia lares cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse R$ 70 por mês.
No Mato Grosso do Sul, uma única ONG, a Missão Evangélica Cauã, recebeu em 2011 R$ 70,187 milhões para cuidar da saúde indígena e outros R$ 839.094,23 a título de vigilância e segurança alimentar dos povos indígenas. Para o Ministério Público Federal, ao alegar que os índios estão em área não demarcada, os poderes públicos cometem uma discriminação contra a comunidade, pois a legislação brasileira não faz qualquer menção à necessidade de demarcação para que as áreas ocupadas por comunidades indígenas possam obter melhorias alçadas com recursos provenientes da União.
Em Roraima, no último dia 25, a Justiça Federal deferiu liminar pedida pelo MPF em Roraima para que fossem fornecidos medicamentos e materiais hospitalares à Casa de Saúde do Índio os medicamentos e materiais hospitalares necessários a regularização do atendimento à saúde indígena no Estado de Roraima no prazo de 72 horas. Na ação, os procuradores pediram que a União forneça um relatório de gastos e demandas com medicamentos, além de um planejamento de compras para atender as áreas dos Yanomami e Leste Roraima. Uma audiência de conciliação com representantes da Advocacia Geral da União e da Funai está marcada para o próximo dia 11.
Na decisão, o juiz afirmou que havia 500 indígenas doentes na CASAI/Boa Vista, sem medicação e equipamentos de atendimento médico. "Não é preciso perícia para se constatar o descaso, ante os relatórios e fotos trazidas aos autos" afirma o juiz na decisão.
O procurador da República Rodrigo Timóteo da Costa e Silva pediu na ação a contratação temporária em caráter emergencial, de profissionais para atuarem nas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI's).
No Amazonas, o MPF-AM ajuizou no último dia 18 ação de improbidade administrativa contra os responsáveis por irregularidades na execução de convênio firmado entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Fundação São Jorge, entidade responsável pelo atendimento de populações indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Solimões e Afluentes, no Amazonas. A Fundação recebeu R$ 2.577.928,95 para promover ações de prevenção a doenças e compra de alimentos. O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou uma série de irregularidades que impossibilitaram a execução do convênio, entre elas licitações fraudulentas e pagamento em duplicidade de pessoal. Na ação, o MPF incluiu o coordenador regional da Funasa, Francisco José da Costa Aires, por omissão.
FONTE

História do Dia do Índio


Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste contimente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”. No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Comemorações e importância da data
Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os minicípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.
Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.