quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS A TODOS

ENTRAMOS DE FÉRIAS, E A
E QUE O ANO QUE VEM SEJA UM ANO DE MUITAS REALIZAÇÕES PRA TODOS.
BOAS FESTAS A TODOS
OS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL, DE OUTROS PAÍSES, DO MUNDO, EM ESPECIAL PARA OS JOVENS INDÍGENAS.

Formatura simbólica dos acadêmicos indígenas UEMS

Ocorreu no dia 05 de Dezembro, a Formatura Simbólica dos acadêmicos indígenas formandos 2009 da UEMS/ Unidade de Dourados.
Foi um evento de muita emoção. Os acadêmicos cantaram, agradeceram, dançaram se emocionaram por mais uma etapa cumprida na vida.
Duadino Martinez da etnia kaiowá emocionado conta “não é fácil pra nós sairmos com 18 anos de nossas casas, de nossas aldeias, e passar a viver numa cidade diferente”.

Parabéns! E boa sorte.


Indianara/Kaiowá
indy.ramires@gmail.com

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Morre Quitéria Maria, uma das maiores lideranças indígenas de Pernambuco

Os povos indígenas de Pernambuco perderam uma de suas principais lideranças na noite de ontem. Após quatro dias de internação, a índia pancararu Quitéria Maria de Jesus, de 82 anos, faleceu em decorrência de complicações de diabetes, na cidade baiana de Paulo Afonso. Quitéria Binga, como era conhecida, teve importante participação no movimento demarcatório das terras de sua etnia, além de ter sido grande incentivadora da preservação da cultura Pancararu. Pernambucana de Jatobá, Quitéria era Casada e deixa sete filhos, netos e bisnetos.

Entre as principais realizações da líder pancararu, destaca-se a criação da primeira casa de parto e da primeira creche em terras indígenas no País. De acordo com a administradora regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Estela Parnes, o trabalho desenvolvido por Quitéria Binga era reconhecido internacionalmente. “Ela tinha uma importância realmente efetiva na luta dos índios pela conquista de seus direitos. Há poucos anos, representou o Brasil em um evento mundial no Canadá e sempre que podia estava viajando para levar a causa adiante. Ela era uma lutadora e deixará um importante legado para seu povo”, comentou.

Há dez anos convivendo com a doença, Quitéria vivia na Aldeia Brejo dos Padres, em Jatobá, no Sertão do Estado. “Mesmo com a doença, ela nunca deixou de brigar pelo que acreditava. Enfrentou posseiros, fez vigília e nunca se intimidou com ameaças de ninguém. A Funai perde uma conselheira, uma parceira. Os índios perdem uma mãe e uma guerreira”, acrescentou Estela Parnes. Quitéria Binga deverá ser enterrada em sua cidade natal.

ETNIA - Em Pernambuco, os índios da etnia pancararu vivem em uma área de aproximadamente 8 mil hectares entre os municípios de Petrolândia, Jatobá e Tacaratu, no Sertão do São Francisco. Sua população é estimada em aproximadamente 4 mil pessoas e a base da economia é a agricultura, tendo como principais culturas o feijão, o milho e da mandioca. Os índios também comercializam a pinha, fruta típica da região e têm no artesanato uma fonte de renda complementar.

O centro da reserva, cujas terras foram demarcadas em 1942, é a localidade de Brejo dos Padres, onde vivia Quitéria Binga. Há também diversas outras comunidades importantes como Tapera, Serrinha, Marreca, Caldeirão, Bem-Querer e Cacheado.

Do Jornal do Commercio

Os povos Indigenas no Brasil - Reservas Indigenas - FUNAI

19 de abril - Dia do Indio - Origem - Extermínio - Povos Indigenas emergentes - Cultura Indigena - Estatuto do Indio e a Constituição de 1988 - Associações e Organizações Indigenas - Os povos Indigenas no Brasil - Reservas Indigenas - FUNAI



São designados como povos aborígenes, autóctones, nativos, ou indígenas (sendo os indígenas nativos das Américas também chamados de vermelhos ou peles-vermelhas), aqueles que viviam numa área geográfica antes da sua colonização por outro povo ou que, após a colonização, não se identificam com o povo que os coloniza. A expressão povo indígena, literalmente "originário de determinado país, região ou localidade; nativo", é muito ampla, abrange povos muito diferentes espalhados por todo o mundo. Em comum, têm o fato de que cada um se identifica com uma comunidade própria, diferente acima de tudo da cultura do colonizador.

Contudo, é frequente associar o termo aborígene a um conjunto de povos, específico da Austrália.
O continente americano, quando foi descoberto pelos europeus a partir do século XV, era todo ele habitado por povos indígenas.

A população americana em 1500 representa próximo de um quarto da população mundial (CHAUNU apud RIBEIRO, 1992, p. 74), somando entre 90 e 112,5 milhões de pessoas (DOBBYNS apud RIBEIRO, 1992, p. 74) que, no século e meio seguinte, sofrerão uma depopulação na escala de 20:1 a 25:1 (CHAUNU, idem).

Em 1492, numa estimativa conservadora, havia na Amazônia 5,1 milhões de habitantes (DENEVAN, 1976, p. 205-234), número que se reduziu para 250.000 habitantes em fins do século XIX.


No Brasil




Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitaram o país antes da chegada dos europeus em torno de 1500. Diferentemente de Cristovão Colombo, que achava que tinha atingido as Índias Orientais, o português, mais notavelmente por Vasco da Gama, já tinha atingido a Índia através do Oceano Índico, rota pela qual atingiu o Brasil.

A dificuldade em classificar os povos indígenas do Brasil vem do fato de que a violência, durante cinco séculos de colonização em que tiveram tomadas suas terras, destruídos muitos de seus meios de sobrevivência, proibidas suas crenças religiosas, sendo explícita ou disfarçadamente escravizados, provocou enorme mistura de povos e transferência de áreas.

19 de abril - Dia do Indio no Brasil
O Dia do Índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.


Origem



Pesquisas arqueológicas em São Raimundo Nonato, organizadas pela arqueóloga Niède Guidon no interior do Piauí, registram indícios da presença humana datados como anteriores a 10 mil anos. A maioria dos pesquisadores acreditam que o povoamento da América do Sul deu-se a partir de 20 mil a.C.

Indícios arqueológicos no Brasil apontam para a presença humana em achados datados de 16.000 a.C., de 14.200 a.C. e de 12.770 a.C. em Lagoa Santa (MG), Rio Claro (SP) e Ibicuí (RS). Em Lapa Vermelha, (Minas Gerais), foi encontrado um verdadeiro cemitério com ossos datados em 12 mil anos, o primeiro dos quais encontrado por Annette Laming-Emperaire na década de 1970 e que foi "batizado" de Luzia e que parecia mais aparentada com os aborígenes da Austrália ou com negrito das Ilhas Andaman.

Extermínio
Estimativas da população indígena na época do descobrimento apontam que existiam no território Brasileiro, mais de 1 000 povos, sendo dois a seis milhões de indígenas. Hoje em dia, são 227 povos, e sua população está em torno de 300 mil. As razões para isso são muitas, desde agressão direta de colonizadores a epidemias de doenças para as quais os índios não tinham imunidade ou cura conhecidas.

Durante o século XIX, com os avanços em epidemiologia, casos documentados começaram a aparecer, de brasileiros usando epidemias de varíola como arma biológica contra os índios. Um caso "clássico", segundo antropólogo Mércio Pereira Gomes, é o da vila de Caxias, no Sul do Maranhão, por volta de 1816. Fazendeiros, para conseguir mais terras, resolveram "presentear" os índios timbira com roupas de pessoas infectadas pela doença (que normalmente são queimadas para evitar contaminação). Os índios levaram as roupas para as aldeias, e logo logo, os fazendeiros tinham muito mais terra livre para sua criação de gado. Casos similares ocorreram por toda América do Sul. As "doenças do homem branco" ainda afetam tribos indígenas no Amazonas.





Povos Indígenas emergentes
A partir das últimas décadas do século XX, aparecem novas etnias quando populações miscigenadas reivindicam a condição de povo indígena. Isto ocorre principalmente no nordeste brasileiro.

São exemplos desse processo:
Náua, no Parque Nacional da Serra do Divisor (Acre)
Tupinambá, Maitapu, Apium e um grupo Munduruku desconhecido, na região do Alto Rio Tapajós (Pará)
Kaxixó, na região de Martinho Campos e Pompeu, e Aranã, no Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais)
Kariri, Kalabaça, Tabajara, Tapeba, Pitaguary, Tremembé, Kanindé no Ceará.
Tupinambá, em Olivença, e Tumbalalá, em Abaré e Curaçá (Bahia)
Kalankó, em Pariconha, e Karuazu, em Água Branca (Alagoas)
Pipipã, em Ibimirim (Pernambuco)


Cultura

Há grande diversidade cultural entre os povos indígenas no Brasil, mas há também características comuns:
A habitação coletiva, com as casas dispostas em relação a um espaço cerimonial que pode ser no centro ou não
A vida cerimonial é a base da cultura de cada grupo, com as festas que reúnem pessoas de outras aldeias, os ritos de passagem dos adolescentes de ambos os sexos, os rituais de cura e outros
A arte faz parte da vida diária, e é encontrada nos potes, nas redes e esteiras, nos bancos para homens e mulheres, e na pintura corporal, sempre presente nos homens
A educação das crianças se faz por todos os habitantes da aldeia, desde cedo aprendem a realizar as tarefas necessárias à sobrevivência, tornando-se independentes

A família podia ser monogâmica ou poligâmica. Deixaram forte herança cultural nos alimentos, tendo ensinado o europeu a comer mandioca, milho, guaraná, palmito, pamonha, canjica; nos objetos, suas redes e jangadas, canoa, armadilhas de caça e pesca; no vocabulário: em topônimos como Curitiba, Piauí, etc; em nomes de frutas nativas ou de animais: caju, jacaré, abacaxi, tatu. Ensinaram algumas técnicas como o trabalho em cerâmica e o preparo da farinha. E deixaram no brasileiro hábitos como o uso do tabaco, mas sobretudo o excelente costume do banho diário.

No Brasil colonial os portugueses tiveram como aliados os índios aldeados, os quais se tornaram súditos da Coroa.


Estatuto do Indio e a Legislação





O Serviço de Proteção ao Índio (SPI) foi criado em 1910. O Estatuto do Índio ainda determina que "os índios e as comunidades indígenas ainda não integrados à comunhão nacional ficam sujeitos ao regime tutelar". Apesar dos diversos decretos, o índio brasileiro tem que se integrar na cultura brasileira para requerer emancipação.

Estatuto do Indio e a Constituição de 1988
A Constituição de 1988 dá um novo tratamento aos povos indígenas: reconhece sua identidade cultural própria e diferenciada (organização social, costumes, línguas, crenças e tradições), assegurando o direito de permanecerem como índios, e explicita como direito originário (que antecede a criação do Estado) o usufruto das terras que tradicionalmente ocupam. Segundo a Constituição, cabe ao Estado zelar pelo reconhecimento destes direitos por parte da sociedade. O papel do Estado passa então da tutela de pessoas à tutela de direitos.
Diante desta mudança, tornou-se necessária a revisão do Estatuto do Índio. Neste sentido, foram apresentados na Câmara Federal três projetos de lei: um de autoria do Poder Executivo e outros dois de autoria de organizações não-governamentais. A partir de 1992, criou-se na Câmara uma Comissão Especial para examinar o assunto. Em junho de 1994, esta comissão aprovou um substitutivo que disciplina o Estatuto das Sociedades Indígenas. Entretanto, antes de seguir para o Senado, em dezembro do mesmo ano, após as eleições presidenciais, parlamentares entraram com um recurso para que o projeto fosse submetido ao plenário da Câmara. Desde então, encontra-se paralisado. A revisão do Estatuto do Índio é uma das principais demandas dos povos indígenas hoje no Brasil, ao lado da demarcação das suas terras.


As Associações e Organizações Indigenas
As associações e organizações indígenas surgiram, no Brasil, ainda durante o século XX, nos anos 80. Entre os organismos e associações nativas que têm como objetivo estatutário a defesa dos direitos humanos dos Povos Indígenas incluem-se o Warã Instituto Indígena Brasileiro e o GRUMIN. Com o objetivo de preservar e difundir a cultura indígena e facilitar o acesso à informação e comunicação entre as diferentes nações indígenas.





Os povos Indigenas no Brasil

A denominação mais conhecida das várias etnias não é quase nunca a forma como seus membros se referem a si mesmos, e sim o nome dado a ela pelos brancos ou por outras etnias, muitas vezes inimigas, que os chamavam de forma depreciativa, como é o caso dos caiapós.

Entre as primeiras obras publicadas sobre os povos indígenas brasileiros, no século XVI, encontram-se os livros escritos pelo mercenário alemão Hans Staden, pelo missionário francês Jean de Léry e pelo historiador português Pero de Magalhães Gândavo. O primeiro inventário dos nativos brasileiros só foi feito em 1884, pelo viajante alemão Karl von den Steinen, que registrou a presença de quatro grupos ou nações indígenas, de acordo com as suas línguas: tupis-guaranis, jê ou tapuias, nuaruaques ou maipurés e caraíbas ou caribas. Von den Steinen também assinala quatro grupos lingüísticos: tupi, macro-jê, caribe e aruaque.



Reservas Indigenas





A definição de áreas de proteção às comunidades indígenas foram lideradas por Orlando Villas Bôas que em 1941 lançou a expedição chamada Roncador-Xingu. Em 1961 foi criada a primeira reserva, o Parque Indígena do Xingu com forte atuação de Villas Bôas, seus irmãos Leonardo, Cláudio, Marechal Rondon, Darcy Ribeiro, entre outros, para que a natureza, os povos nativos da região, suas culturas e costumes fossem preservados. O modelo de criação das reservas indígenas mostrou-se como um dos únicos meios para que a cultura, os povos pré-coloniais remanescentes e mesmo a natureza sejam preservados nessas reservas. Em 1967 foi criada a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que passou a definir políticas de proteção às comunidades indígenas brasileiras.


A demarcação de reservas indígenas é muitas vezes cercada de críticas favoráveis e desvaforáveis por vários setores da mídia e pela população afetada. O modelo das reservas indígenas demarcadas pela FUNAI difere no modelo norte-americano onde as terras passam a pertencer aos povos indígenas. No Brasil as reservas indígenas demarcadas pela FUNAI pertencem ao governo brasileiro para usufruto vitalício dos índios, não havendo portanto como associá-las a uma perda de soberania. Uma crítica comum sobre as reservas indígenas brasileiras consideram a atuação de ONG's nacionais e internacionais junto às comunidades indígenas sem que se tenha o conhecimento preciso da natureza da atuação dessas organizações. Nesse sentido controles mais rígidos sobre a atuação das ONG's junto às comunidades indígenas estão sendo estudados.

Ministro diz que indígenas terão voz, mas não veto nas eleições da Bolívia

As comunidades indígenas serão consultadas, mas não terão poder de veto na decisão de explorar ou não recursos naturais não renováveis, como gás e minérios, sob seus territórios ancestrais. A afirmação é do ministro boliviano para as Autonomias, Carlos Romero, que concedeu entrevista à repórter Flávia Marreiro, da Folha de S. Paulo. "Essa questão é central para o Estado. Sem isso, [a Bolívia] corre o risco de se desintegrar territorialmente", disse à Folha, na terça-feira em Santa Cruz, o O tema causa fricção na base de Evo Morales. Recentemente, a decisão do governo de explorar petróleo e plantar cana-de-açúcar no norte do departamento de La Paz abriu troca de acusações entre governo e indígenas.

Evo Morales: Um líder indígena que abriu a nova era do poder na Bolivia


Evo Morales Ayma, um líder indígena, que recuperou a essência do povo boliviano, hoje está a caminho de sua quinta vitória eleitoral em menos de quatro anos diante de uma direita de lutar por sua sobrevivência, inaugurou em janeiro de 2006 uma nova era de poder na Bolívia. Desde que Morales entrou para a política na década de 90, depois de ter vencido mil obstáculos colocados por seus detratores que não admitiam que um indígena lhes tomasse os espaços de poder, Morales tornou-se um ícone não só para o povo boliviano, mas para a América Latina e do mundo. Quando ele ganhou as eleições gerais de 18 de dezembro de 2005, poucos lhe deram a oportunidade para permanecer no poder e que sua imagem crescesse na comunidade internacional. O próprio Morales, hoje com 50 anos, costuma dizer em suas declarações públicas que "ninguém acreditava que o indiozinho se manteria no poder por muito tempo; os grupos neoliberais e de direita diziam que em seis meses voltariam a ocupar os cargos que mantinham desde 1985". Após permanecer um ano na vanguarda da administração governamental, os grupos econômicos e a oligarquia começaram a se preocupar porque Morales, longe do desgaste e sem perder o apoio, foi conquistando-o, por isso colocaram em andamento uma série de medidas para desestabilizar o governo ...

leia mais em:
http://anncol-brasil.blogspot.com/2009/12/evo-morales-um-lider-indigena-que-abriu.html

Hipocrisias indígenas

A arte do escárnio, do mal dizer, do escrever por escrever ou de uma certa forma de ser Português.... «Não se nasce português, fica-se português...» João César Monteiro in Vai e Vem (2003)


Um país exonerado
Já há quem peça a exoneração de José Sócrates - Chefe de Governo democraticamente eleito há dois meses e um mero oportunista ambicioso, esclareça-se - por cometer o pecado capital de falar ao telemóvel. Parto do princípio que seria Cavaco a exonerá-lo. E quem exonera Cavaco, questiono? Mantém um suspeito de condutas impróprias no seu Gabinete que pelos vistos foi até recentemente promovido. O Procurador, exonere-se também. Desconfio que tem telemóvel e por esse simples motivo deve também ser escutado por alguém e, por conseguinte, exonerado. Somos todos exoneráveis e escutáveis. Um País de exonerados seria a melhor garantia para o nosso futuro…

HIPOCRISIAS INDÍGENAS

Não é um diário intimista,
não é um exercício de estilo,
não é um livro de memórias
até porque ainda
ando pelos trintas.
Será o que será!
Sem uma carta
de intenções determinada.


Actualidades,
politica sem partidarismos,
arte de excepção,

temporalidades e
intemporalidades,
devaneios diversos,
o grande Sporting
e outras amarguras,

serão certamente
assuntos recorrentes.

Essencialmente pretendo
um espaço público,
para poucos com certeza,
onde a liberdade de opinião
seja a única arma admissível.
Pelo menos para mim,
assim será....

http://hipocrisiasindigenas.blogspot.com

Estudante Saterê-Mawé é eleita musa da Copa Indígena de Futebol


A estudante saterê-mawé Suelen Pereira, de 15 anos, foi eleita a musa da primeira edição da Copa Indígena de Futebol.A escolha foi feita pelos próprios indígenas, em concurso realizado na tarde desta sexta-feira (4), no auditório da Fundação Vila Olímpica. Com o título, a representante do município de Barreirinha recebeu R$ 500 como prêmio. Em segundo lugar ficou a tikuna Maria Mônica Pereira, de Tabatinga, que recebeu R$ 300; e em terceiro, a rainha de São Paulo de Olivença, que levou R$ 200. Dez candidatas concorreram ao título. As outras sete representam os municípios de Manaus, Iranduba, São Gabriel da Cachoeira, Nhamundá, Autazes, Tabatinga e Borba. A Copa Indígena de Futebol começou na última segunda-feira e termina neste domingo (6), no estádio Vivaldo Lima, fechando as atividades do primeiro Fórum Amazonas Indígena (Forind). O evento é realizado em conjunto entre as Secretarias de Estado para os Povos Indígenas (Seind) e da Juventude, Desporto e Lazer (Sejel). (VB)

Fonte: Seind


Não é à toa que A'Uwe signifique “povo indígena” em língua xavante!

Apesar de ter sido o primeiro habitante brasileiro, hoje o índio é quase um estranho em sua própria terra. E o principal desafio de um estranho é justamente se fazer conhecer. Por isso, sem querer levantar o arco e a flecha da causa indígena – já que toda causa tem, no mínimo, dois lados – o principal objetivo do A’Uwe é fazer da TV Cultura um canal de divulgação e de discussão totalmente dedicado a questões indígenas, uma realidade tão falada pela mídia, mas ainda tão desconhecida por grande parte da sociedade brasileira. Apresentado por Marcos Palmeira, A’Uwe exibe documentários sobre as diversas etnias indígenas espalhadas pelo Brasil e, a partir de agora, passa a exibir também produções sobre povos nativos do mundo todo. No ar desde 1º de junho de 2008, a série A’Uwe pretende atingir um público amplo e levantar o debate sobre temas relacionados à forma como os índios vivem hoje. Realizados por documentaristas ou pelos próprios índios, cada programa nos aproxima dos rituais, conflitos, das tradições e histórias das diferentes etnias do Brasil.

Além disso, A’Uwe nos leva agora a diversas regiões do planeta, onde conhecemos a singularidade de cada etnia e a forma como países e governos lidam com os povos nativos. Essa diversidade nos instiga a refletir, por exemplo, sobre a convivência entre o moderno e o ancestral, ou sobre a tecnologia e a natureza.

Fonte: TV Cultura

“Brasil mostra a tua cara”

por Deborah Delbart, Luísa Peleja e Cláudia Lafetá

Caio Prado Júnior, historiador e escritor brasileiro, teve uma participação importante no que diz respeito a descrever as características do Brasil. Caio Prado segue uma concepção estrutural de cultura, que consiste em idéias originadas nas estruturas sociais. Ele foi influenciado pelo pensamento do sociólogo Karl Marx, que estuda a sociedade a partir da economia. Marx afirma a separação da sociedade entre burguesia e proletariado. A burguesia detinha os meios de produção e o proletariado vendia a sua força de trabalho. Portanto, o escritor faz um diagnóstico econômico para entender os valores subjetivos da sociedade brasileira. Transforma os pensamentos marxistas entendendo a sociedade brasileira como uma relação de explorados e exploradores, ou com outras palavras, colonizados e colonizadores.

O pensamento do Caio Prado tem conseqüência na cultura atual de subserviência do brasileiro. Ou seja, complexo de inferioridade cultural quanto a outras sociedades. De acordo com a psicologia e psicanálise é um sentimento de que se é inferior a outrem, de alguma forma. Alguns sociólogos propuseram um complexo de inferioridade em diversos níveis, por exemplo, a inferioridade cultural.

“O passado colonial do Brasil – cujo razão de ser era a produção em larga escala visando o mercado externo, com sua necessária dependência do trabalho escravo – está profundamente impresso nas instituições econômicas, políticas e sociais de hoje. Anacronismos e tradições persistem retardando o pleno desenvolvimento do país.” – extraído do livro Formação do Brasil Contemporâneo, do próprio historiador. Acredita-se que o Brasil sofre até hoje as conseqüências de ter sido um país colonizado e ainda se atribui a uma época a que não pertence. O país ainda dá uma grande importância às outras nações, principalmente as desenvolvidas, quando já deixou de ser uma colônia para se tornar uma provável potência mundial. Talvez pelo Brasil não ter sido formado para constituir uma sociedade organizada, com raízes nacionais firmes, faltou a criação de uma identidade nacional própria. Por isso, o brasileiro costuma fazer referências positivas a tudo que está fora do país. Como por exemplo, as pessoas acharem que só no Brasil existe corrupção e no mundo afora não. Ou que produtos importados são de maior qualidade do que as nacionais. Outro caso, são pessoas que preferem realizar tratamentos médicos no exterior.
Caio Prado Júnior afirma que o Brasil enquanto colônia teve sua riqueza exportada e com isso financiou a industrialização dos países desenvolvidos. No caso de Portugal, o país não desenvolveu uma economia própria e nem uma política de industrialização. Primeiro por que achavam que a riqueza brasileira era eterna. Segundo, por que os portugueses não possuíam conhecimento e técnica em plantação. Vale ressaltar a notável capacidade do Brasil de desenvolvimento, além de ter sido fundamental para o crescimento econômico de outras nações, tem se destacado no âmbito internacional. Isso ainda acontece, no que diz respeito à extração de recursos no território brasileiro pela disponibilidade ou pela abundante mão-de-obra. Esses recursos são mandados para outros países, que revendem com uma porcentagem de lucro altíssima, inclusive para os próprios brasileiros.

Outro aspecto importante a ser mencionado, é a concepção estudada pelo antropólogo Gilberto Freyre, de hibridismo. Ou seja, união das diferenças que se incorporam a uma cultura. Ele acredita na mistura de etnias, mas vai além e afirma que o Brasil é uma mistura em vários níveis. No seu estudo constata que o português já era um povo miscigenado, possuindo, por exemplo, a descendência árabe. Por conseqüência, o brasileiro possui essa mistura de etnias, o que não justifica o sentimento de inferioridade do brasileiro. Afinal, possui na sua essência, características do exterior.

Prova contrária a essa subserviência, há características do brasileiro que atraem os estrangeiros. Por exemplo, a cordialidade, que de acordo com o escritor Sérgio Buarque de Holanda é a identidade brasileira. Essa se faz presente em conseqüência da falta de instituições firmes na estruturação do país. A fotógrafa suíça Cláudia Andujar, nacionalizada brasileira, afirma em entrevista a admiração pelo acolhimento recebido no Brasil. Ela demonstra isso através de um trabalho na causa pela preservação do povo indígena Yanomami.

O Brasil está deixando de ser um país subdesenvolvido para se tornar uma referência de uma economia desenvolvida. Pode-se notar a inserção do Brasil nos eventos mundiais e na economia. Como é o caso do país sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além disso, as especulações do Brasil em ocupar uma das cadeiras permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Oswald de Andrade, no Manifesto Antropófago, critica esse esquecimento da identidade brasileira e a adesão absoluta de valores estrangeiros. Por isso faz uso da palavra antropofagia de forma metafórica baseando-se nas crenças dos índios antropófagos. Ou seja, supunham que comendo seus inimigos adquiriam sua força e qualidades. Então a idéia do manifesto antropófago era devorar a cultura estrangeira e reelaborá-las com autonomia e adaptá-las aos traços brasileiros. Antropofagia, denotativamente, é o ato de consumir uma parte, ou várias partes de um ser humano. Conforme as informações argumentadas acima, não há necessidade de implementar uma cultura alheia. De acordo com a característica híbrida do brasileiro, deve-se unir as diferenças e criar uma cultura própria. Não só isso, mas respeitá-la e acreditar na sua validade.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Acaba impasse na Funai-Dourados: Sai Margarida, entra Arlete


Acaba o impasse pela disputa do comando da administração regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Dourados. A atual administradora Margarida Nicoletti deixará o cargo na próxima semana e em seu lugar entra a bióloga Arlete Pereira, de Dourados.
A informação foi dada pelo deputado federal Vander Loubet (PT), que está intermediando as negociações para acabar com a disputa pela administração regional que tem jurisdição em todos os municípios da região sul do Estado, a partir de Dourados.

Na tarde desta quarta-feira, o parlamentar esteve reunido em Brasília com o presidente da Funai, Márcio Meira, quando ficou decidida a transição na administração regional. Participaram do encontro, que aconteceu no gabinete de Vander, o vereador Dirceu Longhi e Arlete Pereira de Souza.

Loubet disse que Arlete ainda não foi nomeada para o cargo por causa de impasse com o grupo político que apoia a permanência de Margarida no cargo. O deputado disse que tão logo seja resolvido o que ele chama de “problema paroquial”, Arlete assumirá o órgão.

No próximo sábado, Loubet vai se reunir com o deputado estadual Pedro Kemp (PT), em Campo Grande, para aparar as arestas e compor um acordo com o grupo que apoia Margarida. Vão participar desta reunião o vereador Dirceu Longhi, Margarida e Alerte.

Conforme informou Loubet, não existe nenhum impedimento legal para a nomeação de Arlete para o cargo, nem mesmo o fato de ela ser esposa do vereador Dirceu Longhi.

A posse de Arlete na Funai atende às reivindicações de um grupo de lideranças indígenas das aldeias de Dourados e da região Sul do Estado. Estas lideranças montaram há mais de vinte dias um acampamento com cerca de trezentos índios na Praça do Cinquentenário em frente à sede da Funai em Dourados para protestar contra a permanência de Margarida no cargo.

Com o fim do impasse os índios deverão desmontar as barracas do acampamento e voltar para suas aldeias de origem já que Arlete conta com o apoio das lideranças rebeladas. Por causa do movimento “Fora Margarida” realizado pelos índios uma viatura da Polícia Federal foi deslocada até a sede da administração regional da Funai para garantir a seguranças dos funcionários da fundação.

INDICAÇÃO DE MARGARIDA

A indicação de Arlete para assumir a administração regional da Funai foi feita pela própria Margarida Nicoletti na tarde do dia 4 de junho deste ano, durante o Aty Guassu realizado numa aldeia de Juti.

Na época, Margarida disse à imprensa que queria sair do cargo e que o pedido de demissão havia sido feito dois meses antes ao presidente da Funai, Marcio Meira. Margarida afirmou que o presidente da fundação pediu que ela desse um tempo até encontrar um sucessor para o cargo e foi neste momento que indicou Arlete depois de pesquisar nomes com a anuência dos índios.

Ao pedir demissão do cargo no primeiro semestre, Margarida alegou ao presidente da Funai motivos pessoas pois já estava há três anos a frente da fundação no que ela chamou de “cargo pesado com muitas responsabilidades”. O fato é que depois deste Aty Guassu Margarida mudou de idéia e ficou no cargo. A partir deste momento é que começaram os atritos entre elas e as lideranças indígenas que esperavam a posse de Arlete o que deverá acontecer na próxima semana depois que Vander Loubet e Pedro Kemp “acenderem o cachimbo da paz” durante a reunião de sábado”.

Com o acordo Margarida que é funcionária federal de carreira será remanejada para o cargo de assistente social enquanto que os demais ocupantes de cargos de comissão na Funai serão “acomodados” conforme entendimento dos políticos petistas que estão intermediando o impasse no órgão.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Queremos trabalhar "



















Na aldeia Jaguapiru de Dourado MS, ainda não foram tombadas, preparadas as terras, estas terras estão sobre grandes matos, no trabalho braçal não tem condição de fazer e nem na inchada, Segundo
um indígena plantador de mandioca disse que tem dois trator da FUNAI mas que vive só quebrado na roça nunca termina um pedaço de uma hectare, já se passou o tempo de plantar e nós estamos sem nada plantado.


Ainda neste mês, ouve uma grande concentração de pessoas na aldeia Jaguapiru onde o Governo do Estado estava presente e discursou que as aldeia terias dois trator, para trabalhar dentro.


Um acontecimento que toda comunidade ficou em divida, o trator foi até a aldeia no dia 06/11/2009 quando foi a inauguração a Escola Estadual, onde foi dado o anuncio do trator, pois alegrou os Indígenas plantador mas logo venho a tristeza, voltou para cidade onde ficou sobre responsabilidade da Prefeitura de Dourados,


coisa de propaganda, esquema de dialogo com a prefeitura, onde a comunidade só vê e não pode utilizar rapidamente, ficando sem controle de nada sempre na espera, e até no momento as terras de plantio continua do mesmo jeito sem cultivo.


Agora só falta a prefeitura mandar os tratores Velhos para trabalhar nas terras da comunidade, assim tudo tranquilo sem ninguém da comunidade falar alguma coisa, esperamos que não aconteça isto.

Muitos das pessoas tem pouca terras, mas se preparar estás terras no tempo certo todos tiram um produto agradável e bom, se plantar fora de época, ou se não plantar nada, não se tem para comer, e um absurdo o que fazem o povo indígena de Dourados.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Seminário Nacional de Juventude Indígena



A Funai promove, até o dia (28), o Seminário Nacional de Juventude Indígenas que tem como objetivo capacitar os jovens silvícolas para divulgação junto às suas comunidades, sobre as políticas governamentais voltadas para a juventude. A cerimônia de abertura aconteceu no último domingo (22/10), às 19h30, no auditório do Hotel Bay Park em Brasília. O assessor da Secretaria Nacional de Juventude, Alex Nazaré participou da abertura. O evento foi iniciado com três cânticos apresentados pelo indígena Rony Pareci. Segundo ele, cada cântico tinha um significado: cântico representativo do Povo Pareci, cântico para as mulheres e o último, cântico de harmonia. Segundo Alex Nazaré, a Secretaria Nacional de Juventude apóia a iniciativa e ressalta sua importância. "O evento é uma ótima oportunidade para se criar uma nova política para a Juventude. Este é um momento ímpar para se conectar com a juventude indígena”, disse ele. Para Tanielson, o evento é mais que um encontro para discutir políticas para a juventude indígena, é a realização de um sonho dos jovens indígenas de todo país. E para finalizar sua fala, o estudante ressaltou uma frase dita pelos mais velhos do seu povo: “Se o futuro pertence a nós, jovens, vamos trabalhar.” No encerramento, a Coordenadora de Ações para a Juventude Indígena da Funai, Helena De Biasi explicou um pouco do trabalho que vem sendo desenvolvido em várias etnias no período de 10 anos até chegar neste evento. Helena apresentou dados quantitativos e falou da metodologia usada para desenvolver os trabalhos com os jovens. Segundo ela, os temas mais trabalhados a pedido dos participantes foram: educação, esporte, sexualidade/abuso/exploração, território, subsistência, tradição, língua e cultura, dentre outros. Para fazer parte da mesa, foram convidados: a Coordenadora de Educação da Funai, Maria Helena Fialho; o representante da Secretaria Nacional de Juventude, Alex Nazaré e o presidente da Associação dos Estudantes Indígena do Distrito Federal, Tanielson Potiguara. Nesta terça-feira (24), serão debatidos os seguintes temas “Esporte e Educação”, “Meio Ambiente e Educação para Sustentabilidade” e à noite haverá uma programação cultural. Com informações da Funai. www.juventude.gov.br

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Oficina de teatro em Amanbai







Aconteceu neste fim de semana na

aldeia de Amanbai, a oficina de teatro

com aproximamente 40 adolescentes

local, esses adolescentes que são do

grupo de jovens Jajapo Nhande

Rekorã de Amanbai. A oficina foi bem

legal, quando os alunos tiveram que a

presentar um pequeno teatro,

os grandes temas que abordaram
foi a violência, desmatamento, alcoolismo,

drogas e outros, isso quer

dizer são os fatos que atingem eles.

A AJI esteve lá fotografando e

filmando a

oficina através dos jovens Kelvin e Jaquelin,

essa oficina que tem oito etapas

restando agora então sete etapas.

A AJI parabeniza o grupo e principalmente

as coordenadoras que trouxeram

esta oficina a Sueli, as indígenas Katiana

Cavalheiro, Crescência Martins, e o indígena Idevar.

Vejam algumas fotos da oficina:


Delcídio e Zeca defendem indenização a produtores e demarcação indígena

Jacqueline Lopes


O PT de Mato Grosso do Sul pela primeira vez se posicionou sobre os conflitos indígenas espalhados pelo Estado e hoje, o senador Delcídio do Amaral junto com o ex-governador Zeca do PT defenderam a devolução de terras aos índios e pagamento como forma de indenização aos produtores.

Nesta manhã, junto com outras lideranças do partido e do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), Zeca e Delcídio conversaram com Lúdio Coelho que defendeu um diálogo entre os setores para que não haja confronto.

Durante o anuncio do PED (Processo de Eleição Direta) do PT, no diretório regional da sigla, no Jardim São Bento, Zeca lembrou que em seu Governo freou as ocupações de sem-terra e defendeu o diálogo e a celeridade para que ocorram as mudanças na legislação que faça a União ressarcir os ruralistas no caso da disputa com os índios.

“A primeira atitude é a despartidarização do assunto. Solução exige a participação de todo mundo. Não pode insuflar e colocar inocentes no meio”. “Estão atribuindo ao Lula e ao PT um problema que começou lá atrás. Temos que achar uma resposta como alternativa como a indenização. É possível. Podemos intermediar uma saída sem arrogância”.

O senador Delcídio do Amaral acrescentou que a decisão da Raposa Serra do Sol, em Roraima, já indica uma definição para Mato Grosso do Sul. “Já estive reunido várias vezes com o ministro Tarso Genro e há um interesse de criar uma forma para a indenização sem mexer com o artigo 231 da Constituição e sem criar PEC”, disse o senador.

“O governo defende o pagamento da terra nua e uma área compatível com o que as etnias. É um problema federal que o governo está imbuído para resolvê-lo”, acrescenta Delcídio do Amaral.

O governador André Puccinelli (PMDB) através de informes publicitários afirma que está debruçado em chegar a uma solução para o problema. Na cidade de Paranhos, o professor guarani caiuá Genivaldo Verá foi encontrado morto e o primo, Rolindo Verá está desaparecido. Eles se envolveram em confronto com seguranças particulares no dia 2 de novembro. A Anistia Internacional cobrou explicações do Brasil sobre o impasse dentro de um país com 8 milhões 511 mil e 965 quilômetros quadrados.

O Ministério da Justiça disse que a Polícia Federal estava empenhada em elucidar o caso e o governo estadual colocou todas as polícias à disposição. Mas, na área não há bombeiros, nem polícia e nem o Exército, que também ajudaria a procurar por Rolindo Verá.

Na região de Sidrolândia, índios terena foram retirados da Fazenda Querência São José, de Renato Bacho, por policiais militares na última semana. Já em Miranda, a fazenda de Pedro Pedrossian continua com indígenas.



ONG denuncia povos indígenas ameaçados por combate ao aquecimento global

As medidas de luta contra o aquecimento global representam risco tão grande para os povos indígenas do mundo quanto as próprias mudanças climáticas, advertiu a organização de defesa dos povos indígenas Survival International em um relatório publicado nesta segunda-feira.

O estudo, entitulado "A verdade mais inconveniente: mudanças climáticas e povos indígenas", a organização exige que os povos indígenas sejam "plenamente incluídos" nas decisões e "que seus direitos territoriais sejam devidamente respeitados e garantidos".

O relatório indica que "os povos indígenas, que são os menos responsávis pelas mudanças climáticas, são os mais afetados por este fenômeno; seus direitos são violados e suas terras devastadas em nome de medidas tomadas para detê-lo", destacou em um comunicado Stephen Corry, diretor da Survival International.

Para Corry, governos e empresas usam a bandeira do combate ao aquecimento global para "planejar um gigantesco roubo de terras. E, como de costume, quando há objetivos financeiros e grandes lucros à vista, os povos indígenas não têm voz".

A Survival International destaca quatro medidas de combate às mudanças climáticas que ameaçam estas populações: a produção de biocombustíveis e energia hidroelétrica, que "fraquentemente tomam terras ancestrais" e expulsam seus habitantes - como ocorre com os índios guaranis no Brasil-, a conservação das florestas e a compensação das emissões de dióxido de carbono (CO2).

"Com a instauração do imposto sobre o carbono, as florestas dos povos indígenas têm agora um grande valor mercantil", afirma a organização.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Solução para índios em Dourados exige ampliação das terras, diz presidente do Conselho de Saúde

Os problemas das aldeias indígenas na região de Dourados (MS) não tratam apenas da saúde, exigem uma solução para a demarcação de terras. A afirmação é do presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Hilário da Silva. Para ele, a política de distribuição de alimentos é medida paliativa. Na região, foram registradas mortes de crianças indígenas por doenças decorrentes da desnutrição.

"Como indígena, eu acho uma injustiça ter esse tipo de ações paliativas como arrecadação de sacolão. O pessoal está num confinamento. Se não pensar num projeto estruturante, de ampliação da área, nós teremos um futuro pior do que já temos hoje".

A identificação, reconhecimento e homologação de terras é uma das ações em discussão pela comissão multiministerial que avalia a situação dos índios na região de Dourados. Várias das terras guarani kaiowá enfrentam problema de superlotação. Por exemplo, na reserva indígena Francisco Horta Barbosa (a 5 km de Dourados), uma das quase 30 terras ocupadas por esses índios na região sul de Mato Grosso do Sul, são 3.500 hectares para uma população de 11 mil índios. Além disso, o crescimento populacional dos povos indígenas nos últimos 30 anos é progressivamente superior à média nacional.

"Em Dourados é preciso pensar numa ampliação da área e montar projetos estruturantes, para que a própria comunidade seja auto-sustentável com a participação em projetos que o governo venha a desenvolver", defende Hilário.

A comissão multiministerial deve se reunir hoje (10) à tarde com as lideranças indígenas. A equipe também apura denúncias de uso irregular de verbas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). E um pacote de medidas deverá ser lançado para melhorar o atendimento e os serviços prestados aos índios da região.

Composta por representantes do ministério da Justiça, das Cidades, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de equipes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Funasa, a comissão chegou ontem (9) a Dourados.

AGU quer padronizar desocupação de área indígena com base em decisão do STF


A AGU (Advocacia Geral da União) estuda estudo formas de padronizar os procedimentos de identificação de terras indígenas e retirada de não-índios dessas áreas em cumprimento a decisões judiciais que determinam eventuais desocupações.

De acordo com o presidente do órgão, a aplicação da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a desocupação de não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, foi tema de audiência do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, com o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes.

A intenção é aplicar em outras localidades o procedimento adotado na reserva Raposa Serra do Sol, quando houver necessidade de desocupação.

Em março deste ano o Plenário do STF julgou Petição (Pet 3388) e decidiu pela demarcação contínua da área que compreende a reserva indígena Raposa Serra do Sol e a desocupação da região pelos produtores rurais que lá se instalaram. A área demarcada abriga 19 mil índios das etnias Macuxi, Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana em 194 comunidades indígenas.

Além de várias ações que debatem questões de demarcação de terras indígenas, no Supremo Tribunal Federal também tramita uma Proposta de Súmula Vinculante (PSV 49) sobre o tema, apresentada pela Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária no Brasil (CNA).

Na proposta, a CNA pede para que seja pacificado o entendimento de que os incisos I e XI do artigo 20 da Constituição Federal (são bens da União as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios) não alcançam terras de aldeamentos extintos antes de 5 de outubro de 1988, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto. Várias entidades já se manifestaram sobre a proposta que deverá ser votada pelo Plenário ainda em data a ser definida.

Encontro com a cultura dos povos indígenas


em início nesta quarta-feira, no Sesc Interlagos, o programa OKARA: Encontro com a cultura dos povos indígenas, promovido pela Gerência de Programas Sócio Educativos do Sesc. Duzentos indígenas de etnia importantes como Xavante, Terena, Karajá, Guarani Mbyá e Kalapalo se reúnem em uma aldeia multiétnica montada na unidade Interlagos, e até domingo, 22, interagem com os visitantes mostrando toda a sua cultura, como rituais de canto, dança, apresentações e exposições. O público terá a chance também de experimentar um pouco da gastronomia destes povos, de participar de cotação de histórias, além de debates sobre a situação indígena atual no Brasil. Foto: Divulgação.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Índios maias pediu aos benefícios partes de concertos em Chichen Itza

Por Notimex

O concerto vai em breve oferecer o referido Sara Brigthman zona arqueológica deu lugar à união de artesãos perguntou benefícios Nova Kukulcan dos muitos eventos que ocorrem lá.
Merida .- A Nova União Kukulcan artesãos, que trabalham em Chichen Itza, chamado para shows e grandes eventos artísticos que ocorrem nessa área arqueológica finalmente parar de benefícios para as comunidades indígenas originários da região.

Referindo-se ao concerto que oferecerão em breve no site Brigthman soprano Sarah Inglês, o grupo manifestou-se optimista, mas também dúvidas que resulta em algo positivo para aqueles em que lugar.

"Somente aqueles que organizar o show beneficente, como tem acontecido com outros shows em Chichen", lamentou sobre o secretário-geral daquele partido, Silvia Cime Mex.

Ele lembrou que há pouco mais de uma década, foi promovido no referido considerando lugar pelo tenor italiano, Luciano Pavarotti (quepd) e disse que iria para o projeto arqueológico a nível internacional.

"E assim, os turistas estrangeiros que chegam e melhorar as condições de vida dos habitantes das comunidades maias do leste do estado", disse ele.

"No ano em 4 de outubro do ano passado deixou-nos com o tenor Plácido Domingo, que projeto internacional para a zona arqueológica, eo mesmo, o que teria melhorado a vida de centenas de famílias que vivem na pobreza", acrescentou.

No entanto, ele continuou, e Luciano Pavarotti e Plácido Domingo projetadas sobre o Yucatán, as pessoas continuam pobres e em qualquer caso, não precisa de cantores, mas verdadeiros programas de desenvolvimento social e promoção do emprego.

"Esses eventos são para pessoas com alto consumo de energia e convidados especiais, mas não os descendentes dos antigos maias", disse ele.

Na verdade, ele explicou que há vários meses enfrentou um conflito com o diretor da Cultur Patronato, Jorge Esma Bazán, que organiza todos os concertos na zona arqueológica, sem que até agora tem demonstrado uma vontade de chegar a um acordo com parceiros
Nova Kukulcan.

De fato, disse que mesmo procurar chegar a acordo com o oficial que pediu para retomar um diálogo iniciado pelas razões referidas anteriormente.




Jovens indígenas de Caarapó


Jovens indígenas de Caarapó desde ontem circulam por pontos de

Goiás e Distrito Federal mostrando repertório musical no qual

temas originários da própria comunidade se misturam com

peças eruditas e da música popular brasileira.

Eles integram duas formações distintas ligadas ao Projeto Musicalizando,

coordenado pelo músico Roberto Teixeira: a Orquestra de Violões

do Projeto Musicalizando da Reserva Indígena Te'Ýikue e Porahei Verá

. A primeira etapa da excursão é em em Luziânia (GO), onde acontece

a 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena - ainda estão previstas apresentações em Brasília.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

AGITANDO A ALDEIA DE DOURADOS












A AJI (Ação de Jovens Indígenas de Dourados), está em uma faze de muitos trabalhos, estamos trabalhando muito em prol de nossos jovens indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru, e assim estamos finalizando o ano. Atualmente estamos realizando três oficinas na aldeia Bororó, no Cras PAIF, as aulas são administradas pelos jovens da AJI, acredito que está sendo para cada uma uma experiência muito boa, pois todos passamos por uma formação e hoje estamos realizando estas oficinas e passando nosso conhecimento a outros jovens para que futuramente isso lhe sirva em sua vida.


Na sede da AJI as segunda feira e terça-feira acontece a aula de informática, a idade varia de 10 anos á 34 anos, e durante a oficina eu estudo juntamente com eles os acontecimentos do dia dia,

trabalhando com textos, discussão, os fatos que os atingem na aldeia. Recentemente acabamos de editar mais um vídeo que iniciou suas gravações em Tartagal na Argentina e finalizou na aldeia de Dourados, o vídeo que está passando pelos ajustes finais.

Produzimos também o jornal AJIndo, e estamos trabalhando na ultima edição do ano, todos nós ficamos muito orgulhosos quando ouvimos que esses jornais produzido por nós, são

estudados nas escolas da aldeia, isso é muito gratificante.

Também participamos e apoiamos a passeata a favor da segurança para aldeia, onde já produzimos um pequeno vídeos sobre a passeata, esse ano tivemos várias produções, foi muito importante o ano de 2009 para a

AJI, foi bastante produtivo.


Produzimos o nosso vídeos sobre os universitário indígena e o problema que enfrenta na universidade, os meninos da AJI foram viajar internacionalmente e lá apresentaram os trabalhos da AJI, também um de nós foi até a Bolivia e lá realizou oficina de audiovisual. Muitos fatos marcaram nosso ano, participamos também das reuniões internas na aldeia, não dá para citar todos os trabalhos que realizamos, mas aqui faço um resumo geral.

Isso para mim foi a novidade do ano, o lançamento do nosso livro de fotografia, o lançamento do nosso site, e a apresentação do nosso video produzido em 2009 no Festival nacional, Vídeo índio Brasil 2009. Marcou muito, tenho o imenso orgulho de dizer isso mil vezes.

Hoje temos o nosso site, o nosso blog, e o nosso fotolog, isso é o máximo, foi a forma mais certa para mostrarmos para o mundo o nosso trabalho, os fatos que nos atinge e o que acontece no mundo.

Acredito que até aqui conquistamos muitas coisas, o nosso trabalho é muito lindo, são jovens trabalhando com jovens, onde apresentamos o nosso trabalho somos elogiados, até me lembro de uma mulher da aldeia mãe de um dos alunos que participa da oficina na aldeia disse a nós, “como vocês consegue manter todos os alunos a oficina inteira concentrados” Eu respondi a ela, “é que a gente já foi assim como eles e justo nessa idade a gente tinha várias oficinas, e eu observava como eram meus professores, e como eles davam a oficina e eu adorava, sabemos que ser jovem não é fácil, mas também somos jovens por isso nos entendemos melhor.”


Devemos isso a n

ossa coordenadora que nos recebeu de braços aberto, nos deu carinho, atenção e nos mostrou o caminho que devíamos seguir, ela é a Lu a pessoa. Não escondo isso de ninguém, eu adoro a Lu.

Eu me sinto muito feliz e realizada de ser uma integrante da AJI, e poder estar tendo essa oportunidade única em minha vida. Eu sou 100 % AJI.


Em meio a tanta violência, o excessivo consumo de álcool, droga, suicídios, homicídios e outros é bo

m saber que há uma ONG, que atua na aldeia e trabalha com os jovens. Não conseguimos trabalhar com todos, não temos pernas para isso, mas o pouco que conseguimos já é uma vitória.


Jaqueline Gonçalves

Perícia aguarda carteiras da Funai de índios para confrontar com digitais de corpo

Peritos do Instituto de Criminalística de Campo Grande aguardam a chegada das carteiras indígenas da Funai (Fundação Nacional do Índio) dos professores Genivaldo Verá e Rolindo Verá, desaparecidos desde o dia 2 de novembro em Paranhos. Já foram coletadas as digitais de um corpo encontrado no sábado (7) no córrego Ypoi. Há suspeita de que o corpo seja de um dos desaparecidos.

O fato é que o banco de dados de Mato Grosso do Sul, que reúne todos os dados de quem tem carteira de identidade local, não tem as impressões digitais de Genivaldo e Rolindo Verá. Mas, os indígenas têm a carteira da Funai e nela, há a impressão digital.

A Funai encaminha as documentações e os peritos esperam a chegada das carteirinhas com as impressões digitais para poderem dizer ou não se o corpo que está em Campo Grande e foi trazido de Paranhos é do professor Genivaldo ou de Rolindo. Uma outra questão diz respeito a localidade. Paranhos faz fronteira com o Paraguai e no caso do corpo não ser indígena pode ser de algum cidadão do País vizinho.

Genivaldo e Rolindo têm respectivamente, 21 e 28 anos.

Segundo informações apuradas pelo Midiamax junto ao governo estadual, o corpo passou por necropsia e não foram constatadas perfurações por tiro ou faca nem tampouco os ossos foram quebrados. A causa da morte não pôde ser elucidada pelo avançado estágio de putrefação.

A PF (Polícia Federal) acompanha o caso.

Exigência

O corpo do homem achado ontem à tarde no córrego Ypoi, em Paranhos, foi trazido para o IML (Instituto Médico Legal) de Campo Grande por determinação do secretário Jacini Wantuir (segurança pública), segundo fontes do governo estadual.

A Polícia Civil de Paranhos entregou o corpo no IML ontem por volta das 7 horas.

O local do confronto entre índios e seguranças foi na fazenda São Luiz, por onde cruza o rio. Os professores índios Genivaldo e Rolindo Verá sumiram e até agora não foram localizados.

A vinda do corpo para cá teria ocorrido porque o IML de Ponta Porã não possui equipamento raio-x e também por conta da pressão do Ministério da Justiça. Campo Grande teria mais estrutura para a necropsia e o ministro da Justiça, Tarso Genro teria exigido empenho do governo e da PF (Polícia Federal) para elucidação do caso na região Sul, conhecida internacionalmente por ser foco de violência contra os povos indígenas da etnia guarani. Estudos antropológicos têm sido barrados pelos produtores rurais na Justiça que determinou a continuidade das análises fundiárias.

Por determinação do MPF (Ministério Público Federal), homens do Exército, Polícia Federal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, criaram uma força-tarefa para localizar os índios, que são professores das aldeias.

Os desaparecidos e outros 16 índios, segundo lideranças indígenas locais, tentaram ocupar a fazenda no final da semana passada, mas eles foram expulsos a força da propriedade.


O grupo se dispersou na mata e muitos deles retornaram às aldeias com hematomas no corpo que, segundo eles, teriam sido provocados por balas de borracha. Donos da propriedade disseram que o local é arrendado e que desconheciam que lá havia seguranças contratados.

Os índios tentam por pressão acelerar os estudos antropológicos, que deverão apontar quais áreas são indígenas e quais não são. Os produtores rurais da Região Sul brigam na Justiça para barrar o estudo.

Original em: http://www.midiamax.com