sexta-feira, 26 de junho de 2009

Segurança


Aconteceu na ultima quarta feira uma reunião dos agentes de saúde do Ps Bororó II Zelik TRajber com a Operação sucuri. Os agentes reivindicam segurança na aldeia Bororó. Novas regras estão sendo discutidas para a aldeia Bororó com lideranças e a operação sucuri. A próxima reunião já está marcada, parece que vai haver um novo tipo de combater a violência na aldeia Bororó em geral, inclusive nas escolas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Novidades AJI


Dois jovens da AJI estiveram uma semana na Rússia no encontro internacional, onde apresentaram os vídeos da AJI e participaram de uma mesa redonda. É a AJI e o intercâmbio.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Falta de agua na aldeia


A falta de agua ainda está sendo um dos grandes problemas na aldeia de Dourados. Há pontos da aldeia em que a agua chega a partir das cindo horas da tarde e não tem como aproveitar pois a esta hora já está na boca da noite e quase não dá para fazer nada. Com a violência que corre solta na aldeia a noite fica ainda mais perigoso e é ruim ficar fora de casa. Até quando será????

Final e semana foi violento na aldeia de Dourados

O final e semana foi violento na aldeia de Dourados, a falta de segurança continua e muitas pessoas estão sendo vitimas. A violência corre "livre e solta". Jovens foram atingidos no final de semana e umas das vitimas foi um jovem da AJI. Pessoas da comunidade indígena estão revoltados com está violência que se agrava todos os dias fazendo muitas vitimas principalmente nos finais de semana.
"O barraco ainda vai cair", a indignação é muito grande, até já há famílias e diversas outras pessoas que não vão esperar mais e estão querendo tomar suas providências. "A COISA
ESTÁ PRETA". O que tem surpreendido a população é que ninguém faz NADA para resolver. Um pai de família disse "se ninguém toma providencia nós vamos tomar, vamos juntar os homens das usinas e vamos invadir as noites em busca de paz para a nossa aldeia, para mim para a minha família e para meus amigos...."
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Está se pagando caro para ter lazer na aldeia




Pessoas da comunidade indígena da aldeia Bororó procuraram a AJI no final de semana e demonstraram muita indignação diante do campeonato masculino e feminino que se realiza aos sábados e Domingos na aldeia Bororó, no campo do Raul. A indígena guarani e outros indígenas disseram que a inscrição cobrada para participar do campeonato está sendo muito cara, além de ter que pagar caro pela inscrição, ainda tem que pagar o juiz. Disseram ainda ao jornal AJIndo que o esporte no final de semana tem se tornado o lazer da comunidade, mas está ficando caro
"está se pagando caro para ter lazer na aldeia"
E diante disso, a indígena, pediu para que isso fosse encaminhado até a FUNCED.

terça-feira, 9 de junho de 2009

"OU VOCÊ OU SEU FILHO, SUA FAMÍLIA PODE SER A PRÓXIMA VITIMA."




A violência está cada vez pior na aldeia. Todos veem o que acontece, mas ninguém faz nada.
Os vândalos estão aponto de dominar a aldeia. Tem filho que bate na mãe, mãe que espanca o filho, há pessoas vestindo todo de preto que andam armado de facão, foice, pedaços de pau e outros objetos.
Quem está pagando com isso são os inocentes. Nunca mais se ouviu falar em "PAZ" na aldeia. E sim, medo, insegurança de ficar na própia casa.
Eu presencio isso todos os dias, essa noite mesmo foi violenta, briga de família aconteceu ao lado de minha casa, e ainda pediram para a minha mãe ligar para a FUNASA para vim levar o esfaqueado. E ainda esta semana uma gangue atacou uma pessoa de moto, acabaram com ela, destruíram a moto de facão e o motorista nem se sabe o que ouve
com ele. Outro fato é o de um carro que atacaram, o carro ficou praticamente acabado, a indígena vitima não quis se identificar e disse que procurou pelo capitão local mas o mesmo não atendeu o seu pedido. Foi até o Tiburcio que é conselheiro local e o mesmo disse que não podia fazer nada por conta da FUNAI. Ligou para a policia na cidade e a mesma disse que não poderia entrar na aldeia sem autorização da FUNAI. Ela ainda levou o carro para registrar a ocorrência e fazer a pericia, mas não teve resposta.
ISSO É UMA VERGONHA, ONDE VAMOS PARAR COM ISSO, SERÁ QUE VÃO ESPERAR UMA GUERRA NA ALDEIA PARA TOMAR PROVIDENCIA? QUANTAS PESSOAS AINDA VÃO SER VÍTIMAS NAS MÃOS DOS MARGINAIS? QUANTO SANGUE VAI SER DERRAMADO ANTES QUE SEJA TOMADO PROVIDENCIA?

AI VAI UM RECADO: "COMUNIDADE DA ALDEIA DE DOURADOS,
VAMOS CORRER ATRÁS DISSO, VAMOS NOS UNIR E FAZER ALGUMA COISA, ANTES QUE ISSO NOS ATINJA, OU VOCÊ OU SEU FILHO, SUA FAMÍLIA PODE SER A PRÓXIMA VITIMA."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oficina realizada na aldeia


A oficina realizada pela AJI no CRAS Bororó, está sendo muito legal.
O tema lançado "LIXO NA ALDEIA" é o tema que os alunos estão fotografando. As aulas estão sendo produtivas, e os alunos são de mais.
As fotografias são lindas.
O segundo passo dessa aula de fotografia é que alem das fotos estamos fazendo um vídeo com os alunos com o tema, saímos em campo para fotografar e entrevistar, a nossa primeira entrevista foi na escola Araporã sobre o lixo que a escola produz, foi um sucesso. Muito lindo ver os alunos perguntarem sobre o lixo, outros fotografar. É o máximo. Além de eles aprenderem a entrevistar, fotografar, falar em publico, irão realizar em julho a esposição destas fotos, também o vídeo. Nosso segundo passo é no posto de saúde. É um trabalho lindo e assim conscientizando os alunos em relação ao tema "LIXO"!!!!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

MAIS UMA LIDERANÇA KAIOWÁ GURANI É ASSASSINADA NO MATO GROSSO DO SUL

Ao amanhecer do dia 30 de maio, dona Leila Pereira, Kaiowá Guarani, do acampamento Kurusu Ambá, município de Coronel Sapucaí, recebeu o aviso de que o corpo de seu filho Osvaldo Pereira estava na beira da estrada. Chocada com a notícia trazida pelo cacique Jonas, ela imediatamente se dirigiu ao local, que dista uns mil metros do acampamento. Lá chegando já se deparou com policiais presentes no local. Estes, logo foram dizendo que se tratava de um “simples” acidente de transito e queriam levar o corpo. Porém os membros da comunidade; que também chegaram nesta hora, impediram que isso fosse feito. Iniciou-se então mais um longo dia de angustia, dor e revolta em volta do corpo, no aguardo da polícia federal que fora solicitada para realizar a perícia. Isso porém não aconteceu, a comunidade esperou durante todo o dia, suportando o frio, a chuva, e horas com noticias de que a policia viria, horas que não. Já ia chegando a noite, sob forte nevoeiro quando chegou a confirmação de que, por falta de efetivo a Policia Federal não poderia comparecer, mas que se comprometia a receber em caráter de urgência o inquérito do caso, e que no dia seguinte iria até o local. Assim a comunidade permitiu que o corpo fosse removido pela funerária Bom Jesus e levado para Coronel Sapucaia. Centenas de pessoas ao longo do dia puderam acompanhar a dor da comunidade, que não quis fechar a rodovia no intuito de não prejudicar ninguém.

O assassinato

Osvaldo Pereira, Kaiowá Guarani do acampamento Kurusu Ambá, conforme relato da sua mãe Leila Pereira, pelas 21h do dia 29, dois homens não indígenas chegaram convidando Osvaldo para sair com eles, num ato não costumeiro o jovem saiu, a mãe não conseguiu identificar quem estava chamando o filho. Depois disso, já no início do dia seguinte soube notícia de que estava morto.

Osvaldo tinha 24 anos, era casado e tinha um filho recém nascido, que por sinal estava no hospital, juntamente com a mãe.Recentemente ele havia sido escolhido como secretário da organização da comunidade.

O corpo apresenta marcas de tiro logo abaixo da costela e na cabeça, bem como sinais de ferimento possivelmente por faca. Para os membros da comunidade não restam dúvidas de que se trata de assassinato. As marcas recentes de pneu de trator próximo a cerca do lado interno da fazenda que beira o local do crime, também denuncia a possível manobra de arrasar o corpo até a beira da estrada para simular acidente. Outras evidencias que demonstram que não foi um “simples” acidente, são a falta de freadas, ou mesmo vidros quebrados na rodovia.

Kurusu Ambá e o genocídio

Esta comunidade Kaiowá Guarani, com um pouco mais de uma centena de pessoas, desde que retornou a seu tekoha, da qual foi violentamente retirara, está sob um processo de verdadeiro genocídio. Já são três as lideranças assassinadas, seis feridos, quatro presos. Estão à beira da estrada sob constantes ameaças, com tiros sendo disparados na direção do acampamento frequentemente. Conforme inúmeras denuncias da comunidade para delegações nacionais e internacionais de direitos humanos, suas lideranças continuam ameaçadas de morte. Crianças morrendo de fome. Dependem totalmente da cesta básica, que é insuficiente para alimentar minimamente os membros da comunidade. Choram quando lembram tanto sofrimento e não chega nenhuma solução para que possam voltar à sua terra, plantar e viver em paz. Kurusu Ambá faz parte dos 36 tekoha que os GTs da Funai estão identificando. A terra fica no município proporcionalmente mais violento do país, conforme estatística recentemente publicada. Até quando essa comunidade continuará submetida a esse processo genocida?

O sangue desta liderança derramado a beira da estrada, assim como os das outras, semeiam na comunidade resistência e esperança, no caminho da reconquista do seu tekoha.

Comunidade de Kurusu Ambá – Cimi Ms