quinta-feira, 31 de março de 2011

As dores da minha aldeia

Sinto bem fundo
todas as dores da minha aldeia.

Só que meu poema da minha aldeia não conseguiu tocar;
Em feridas maiores,
abro os olhos e vejo,
e choro, e me arrepio,

com o fome,
com a violência,
com as doenças,
com as desavenças nas famílias.
Com a destruição,
do verde e da vida;

Tento escrever,
mais sai, um poema importante,
fico pensando, o que fazer ?
Não tenho poder,

sinto-me presa, de mãos atadas,
sem poder correr, sem poder lutar,
sem poder dizer,
para meu povo, parar de morrer!!!

As dores de minha aldeia
pedem canções, exigem ações,
o nosso povo lamenta,
por mortes sangrentas,
sem ninguém para nos ajudar,
nos trancamos em casa.

Abraçamos nossos filhos e ficamos a chorar,
esperando que um dia essas dores tende acabar,
para toda a comunidade indígena,
voltar a sonhar!

Baseado no poema de Elias José, profº Egizele

Crianças

Muitas crianças hoje estão abandonadas pelos pais, essas crianças não tem mais lar para viver.
Agora estão nas ruasse tornando marginais, estão nas ruas, porque seus pais não querem mais nada com eles; Seus pais abandonaram porque não tem uma boa educação, não querem estudar, não querem estudar, não querem ter um futuro melhor.
As crianças vivem nas ruas roubando e matando pessoas inocentes, como seu mundo não existisse, já basta olhar dentro dessas crianças e ver o que ela perdeu no passado e perderá no futuro se continuar vivendo essa vida.
E a nossa realidade

Aluno da escola Tengatui Diego Maciel Ferreira

Esse texto foi trabalhado em sala de aula pela professora de Linguá Portuguesa.

Crianças Indígena

Em um triste olhar
Pode-se enxergar o mundo
de uma criança Indígena.

Pés descalços, cabelos desajeitados.
Nos refletem o abandono e a
falta de cuidados dos pais.

Muitos pais se ausentam
buscam nas usinas garantir a alimentação.
Crianças pequenas em casa esperam
por um pão.

Crianças Indígenas mal conhecem o
mundo já vivem a sofrer
desconhece o amor e o afeto de
uma família.

Cresceu sozinho
Vive sozinho
Quando encontra um amigo
Traz-lhe mais sofrimento
Tornando sua vida só de lamento
Cresce no mundo das drogas

Crianças Indígenas,
Mal conhece sua cultura
Não enxergas o futuro
Não conheces sua história
Não reconheces seu valor!
Não sebes o que é o amor!

Em sua inocência de criança
não vês o que o mundo cruel
está a lhe oferecer,
E se ninguém pode ajudar,
Essas crianças continuarão a ficar,
sem casa sem lar,
Sem ninguém para amar.
E como toda criança não
poderá sonhar.

Prof: Egizele Mariano da Silva.

quarta-feira, 30 de março de 2011

I JOGOS JOINPA NAS ALDEIAS DE DOURADOS








Nos dias 15/16/17/18/19 de Abril acontecerá o 1 JOINPA (Jogos Indígenas do Panambizinho ) onde estará presente varias delegação das aldeia da região de Dourados -MS. Objetivo de fortalecer a unidade a solidariedade entres os atletas é comunidade, superar os obstaculo da vida sempre visando dias melhores.

Cronograma de atividade neste dias ;

15/04/2011( ÁS 17:00 CONGRESSO TÉCNICO,

ÁS 19:00 CERIMÔNIA DE ABERTURA).

DIAS 16, 17 E 18 ( FUTEBOL MASC E FEM, FUTSAL MASC. E FEM, VOLEIBOL MISTO.

DIA 18 Á TARDE ( ATLETISMO MASC E FEM, PROVAS: 100M, 4X100, 400M, 4X400 , 5.000 M, SALTO EM ALTURA E SALTO Á DISTANCIA.

,,DIA 19, 8:00 HRS PROVAS NATIVAS( 2 GUERREIROS POR EQUIPE: ARCO E FLECHA, ARREMESSO DE LANÇA, SAMBO TRADICIONAL E CABO DE FORÇA.

OBS: O ARCO E FLECHA, O SAMBO E A LANÇA OS CAMPEÕES SERÃO PREMIADOS COM 100 REAIS, OS VICE COM 50 REAIS E 3° 20 REAIS.

Terá 10 equipes com 30 atletas ( 14 FEM E 16MASC) 4 acompanhantes por equipes, as equipes de outras aldeias poderão se alojar na Escola da aldeia panambinho, serão servidos café da manhã, almoço e janta.

Segundo o organizador do evento Laucidio Flores participarão das provas nativas quereiros vestido tipicamente.

CONTATO : Laucidio Flores fone: 9929 7634/ 99858456

terça-feira, 29 de março de 2011

19 de abril esta em pratica nas aldeias de Dourados

Nas aldeias já iniciou os ensaios para comemoração da semana 19 de Abril, Segundo o Professor Jerson da aldeia jaguapiru especialista na dança Indígena, disse que seu maior publico de ensaio são as crianças que esta em numero grande.


Já na aldeia Bororo também os preparativos estão grande como na casa de Resa de dona Teresa, começaram a mobilização para este dia tão esperado começando pela dança tradicional.


Tudo tem como fundamental, amostragem das pinturas e ensino para as criança fazer sua própria pintura, sendo uma forma de incentivar os que nunca viu sua dança tradicional. Os acadêmicos Indígenas também organiza um grande Seminário que acontecerá com presença de todos os Douradense.

Criança teria sido levada por enxurrada

Uma criança teria sido levada pela enxurrada até o córrego Laranja Doce, em Dourados. Os pais seriam índios moradores na aldeia jaguapirú. Bombeiros estão no corrego procurando a vítima.

Fonte; Cido Costa(Dourados agora)

sexta-feira, 25 de março de 2011

O futebol

Na reserva indígena de Dourados , lazer mais praticado e o futebol tanto masculino e como feminino. Porém os jovens atletas adoram participar dos esportes, é um sonho deles(as), quando há um torneio todas os atletas participam, nunca desistem de jogar o futebol.

Os atletas fazem de tudo para ir ao treino que ele(a) adora o futebol, ao fim do dia os atletas treina no campo, é no fim de semana vão para o campeonato que sempre acontece dentro da Reserva Indígena, é o que mais acontece dentro da aldeia de Dourados.

AJI - Ação de jovens indígenas

quinta-feira, 24 de março de 2011

Programa Ore Reko- Rádio

No ano de de 2011 a a.j.i esta com a cara nova, com muitas atividades, incluindo educação, saúde e comunicação , dentro da comunicação, esta o jornal a AJIndo, site, blog , e estamos com atividades nova, que foi produzida pelo núcleo de comunicação que é a Radio '' Ore Reko'' ''nosso jeito '' é um produto feito pela AJI, que logo estará divulgando no site da AJI e mesmo aqui no blog com programa,informação, musica e curiosidade com característica, sem sair muita da característica indígenas. Em breve!!!

Tânia Benites

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia do indio

Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.


Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.


O dia do Índio esta chegando 19 de Abril , muitas festa ira acontecer, muitos índio do Brasil ira começar o seu dia, não apenas aquele dia será o dia do índio, todo dia e dia do índio, somos indígenas guerreiro, vencedor (a) esperamos que nesse dia todos passam muito bem, sem violência, nos indígenas também fazemos acontece coisa boas, como festa indígenas, esporte indígenas e muitas outras coisa boas acontece entre meios indígenas,em todo Brasil, somos índio, somos fruto da terra, a mãe terra e a nossa sobrevivência.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Indios isolados estão ameaçados









Uma representação sobre irregularidades no processo de licenciamento de Belo Monte foi entregue ao MPF do Pará no final de 2010. A construção foi aprovada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Todas as instituições envolvidas no processo de Belo Monte poderão ser responsabilizadas pela extinção de povos indígenas em isolamento voluntário e pela destruição de terras indígenas.
Ameaças sérias colocam em risco a sobrevivência de indígenas em isolamento voluntário na Amazônia e chamam a atenção pelo descaso com que têm sido tratadas pelo governo brasileiro, pelas instituições financeiras e pelas empresas – públicas e privadas. Em três dos maiores projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – nas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira e, agora, no projeto do Complexo Hidrelétrico Belo Monte, no rio Xingu[2] – esse descaso está ocorrendo.
O estudo do “Componente Indígena” de Belo Monte, entregue ao Ibama em abril de 2009, reconheceu a presença de indígenas em isolamento voluntário na cabeceira do córrego Igarapé Ipiaçava e na Terra Indígena Koatinemo dos Asurini[3]. O território de perambulação desses indígenas está localizado cerca de 70 km (em linha reta) do local onde está previsto o barramento principal da UHE Belo Monte, no sítio Pimental, na Volta Grande do Xingu.
O Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) de Belo Monte e suas complementações apresentaram apenas superficialmente a questão dos indígenas em isolamento voluntário e listaram dois grupos que ainda não foram identificados. O Parecer Técnico FUNAI que analisou o Componente Indígena de Belo Monte[4] fez referência aos impactos[5] que poderiam afetar os isolados; a ação de grileiros e invasores atraidos pelas obras vai ameaçar sua integridade física e cultural.
No parecer, os técnicos da FUNAI alertaram para o fato de que o desvio das águas e a consequente redução da vazão do rio Xingu no trecho da Volta Grande poderia gerar efeitos em cadeia sobre a ictiofauna nas florestas marginais ou inundáveis; que o movimento migratório criaria aumento populacional na região e provocaria a pressão sobre os recursos naturais; que essa pressão levaria às invasões das terras indígenas onde perambulam os grupos de indígenas em isolamento voluntário[6].
Nas considerações finais e recomendações do parecer, a FUNAI concluiu que:
“Apesar do EIA-RIMA apresentar uma extensa agenda de planos e programas, cujos objetivos são os de mitigar os impactos negativos do empreendimento sobre os povos e Terras Indígenas, a complexidade da situação, como foi retratada nesse parecer, baseado em informações colhidas pela Funai e no próprio EIA-RIMA, exige muito mais do que a implementação de um bom Plano Básico Ambiental (PBA). A situação atual da região, fortemente impactada por desmatamentos, atividade madeireira e garimpos, entre outros, com a presença insuficiente do Estado brasileiro, já contribui para o contexto de vulnerabilidadedas Terras Indígenas.”
“Nesse sentido, é imprescindível um conjunto de medidas (emergenciais e de longo prazo) de duas ordens: 1) aquelas ligadas ao poder Público; e 2) aquelas de responsabilidade do empreendedor”
Uma das condicionantes da FUNAI pede que antes do leilão de compra de energia de Belo Monte, ocorrido em 20 de abril de 2010, o poder público deveria coordenar e articular ações para a proteção dos indígenas em isolamento voluntário. Para tal seria imprescindível a publicação de uma Portaria de Restrição[7] de Uso entre as Terras Indígenas Trincheira Bacajá e Koatinemo.
A despeito das evidências da presença de grupos de indígenas em isolamento voluntário, o processo de licenciamento de Belo Monte continuou célere e cercado de planos com estratégias que levaram à concessão da licença de instalação parcial ilegal da infra-estrutura de apoio – canteiro de obras.
Confirmação da presença de indígenas em isolamento voluntário
Em 2008 a presença de indígenas em isolamento voluntário foi confirmada conforme os relatos dos Asurini sobre seu encontro com isolados durante uma expedição de caça na cabeceira do Igarapé Ipiaçava. Segundo Fábio Ribeiro[8] da FUNAI de Altamira e do líder Apewu Asurini, da aldeia Koatinemo, no Xingu (vídeo), os Asurini avistaram indivíduos em perambulação. Gravações com os depoimentos do encontro dos Aurini com os indígenas em isolamento voluntário foram levados à FUNAI.
Em 2009 a FUNAI iniciou as análises dos impactos da UHE Belo Monte, sobre as terras indígenas. A Coordenação de Índios Isolados (CGII) decidiu empreender uma expedição à área informada pelos Asurini e acabou encontrando, também, sinais claros de invasão de não-índios.
A FUNAI deu encaminhamento à referência de indígenas em isolamento voluntário para que fosse incluída no EIA da UHE Belo Monte, uma vez que o território de perambulação está na área de influência. A FUNAI decidiu que era necessário isolar a área que está fora da Terra Indígena demarcada e assim evitar a pressão dos assentamentos nas proximidades de Altamira.
Foi traçada uma linha reta virtual isolando a área de perambulação dos isolados para que se tornasse futuramente uma Terra Indígena. Isso protegeria os indígenas em isolamento voluntário de possíveis contatos, criaria uma identificação da área de perambulação e propiciaria a proteção do entorno.
A minuta da Portaria de restrição foi então preparada e ficou aguardando mais de um ano a análise da Procuradoria Jurídica da FUNAI. Essa área fora de terras indígenas demarcadas é uma das últimas áreas intactas de floresta na proximidade de Altamira.
A Portaria de Restrição[9] de Uso nº 38, de 11 de janeiro de 2011, entre as Terras Indígenas Trincheira Bacajá e Koatinemo, na verdade, estabeleceu apenas a restrição ao direito de ingresso, locomoção e permanência de pessoas estranhas aos quadros da FUNAI, na área descrita na Portaria, pelo prazo de dois anos a contar de sua publicação. A vigência da portaria expirará antes sequer do término das obras da usina de Belo Monte, se ela viesse a ser construída.
O leilão de Belo Monte, no entanto, ocorreu em 20 de abril de 2010 sem que a condicionante sobre a portaria de restrição de uso entre as Terras Indígenas Trincheira Bacajá e Koatinemo, que visava proteger os indígenas em isolamento voluntário, tivesse sido cumprida. A portaria só foi publicada no DOU em 12 de janeiro de 2011.
As obras de Belo Monte já iniciaram sob licença ilegal concedida pelo Ibama, o Governo do Estado do Pará deu continuidade a um projeto de concessão florestal na área protegida e abriu licitação para sua exploração por empresas madeireiras. Um território sob concessão florestal impede a proteção[10] dos indígenas em isolamento voluntário. Eles continuam seriamente ameaçados.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nova oficina, novos alunos

No ano de 2011 a AJI, começou suas atividades no CRAS (Centro de referencia de assistente social )as atividades esta sendo bem legal, os alunos são como os artista, AJI esse ano esta com bastante atividades no CRAS, Junto com a Professora Ana Cláudia integrante da AJI com algumas assistente, estaremos trabalhando com muito prazer, junto com essas crianças que são bastante interessado em aprender coisa nova,estão se dedicando cada vez mais, isso é muito legal, cada oficina um aluno é apresentado,ou seja cada oficina aparece um aluno,com bastante brilhos nos olhos com tanta curiosidade , esta sendo muito legal, esperamos mais e mais alunos cada oficina. Com a intenção de tirar essas criança do meio de tantas violência, drogas e homicídio e outras coisa ruim que acontece a cada dia dentro da Reserva de Dourados.

quinta-feira, 10 de março de 2011

violencia

No Brasil e no mundo em vários lugar há tanta violência, a violência chega ate aquela pessoa que não pratica violência, muitas vezes na vida ficamos sem saber o que fazer com tanta violência que acontece a cada dia, mas há uma saída, basta cada um fazer sua parte, aconselhar as pessoa que esta ao seu alcance fazer entender que a vida sempre tem uma solução, a violência muitas vezes afeta mais o jovens, o porque isso acontece?

Uma família é igual uma árvore, os galhos são os parentes mais velhos, as folhas são irmãos mais velhos, e o fruto são os jovens, cade essa árvore? os galhos?as folhas? para ajudar esse fruto? só basta cada um fazer cada adolescente entender e não decorar, que a violência não faz bem para vida, que ela existe e chega como um vento que vai destruindo tudo até mesmo uma família, mas tem como evitar basta usar o seu pensamento, e pensar o que é melhor para evitar a violência, depende de cada um basta usar o pensamento e pensar no melhor para todos.

Nota a pedido da comunidade "Comunidade esta revoltada"

A grande preocupação da comunidade HOJE e em termo de segurança Publica, e prevenção a DROGA ilicita é licitas, a falta de atenção e ação do poder Publico tem passado a visão de ser o grande exterminador de pessoas dentro das aldeias de Dourados, varias reunião entre Ministério Publico é Funai já aconteceram e nada foi feito.

hoje os lideranças Indígenas estão com a mão amaradas, pois agem em alguns momento mas corre o risco de ser mortos, quando prendem um assassino logo e solto pela própria lei, assim este assassino passa a ameaçar a família da liderança dentro de sua própria casa.

Outro ponto e que não tem respaldo da Policia de fora para ajuda da liderança Indígena para apreender os que praticam o mal dentro da aldeia que estão prejudicando os adolescente.

Em dados recente as aldeias de Dourados esta na frente em morte de adolescentes Indígenas, "isto dói e triste porque e nosso futuro que esta ai morrendo".

Queremos que o Direito Humanos do BRASIL, INTERNACIONAL possa ver isto com carinho e com precisão, porque até no momento não tem sido prioridade de resolver estes problemas que assolam toda a comunidade de Dourados, e preciso que o Direito

Humano tomam a frente disto que faça a Justiça, que cobram medidas emergenciais, médio e longo prazo e duradouro dos Estados assim garantindo os Direitos legais que a comunidade Indígena tem e qualquer outro cidadão.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Primeira Audiência do caso Porto Cambira

No último 20 de Julho, ocorreu o depoimento do policial que ficou gravemente ferido no dia 1 de Abril na aldeia Passo Piraju, no confronto entre Índios e policiais que chegaram sem fardamento e sem autorização atirando em todos no local.

O acontecimento resultou na morte de dois policiais e na prisão de sete Índios, inclusive foram presos parentes que não estavam no momento do ocorrido. Na audiência estavam presentes a comunidade da Aldeia Passo Piraju e Jovens indígenas de Dourados.

Até onde sabemos, toda audiência é liberado para as pessoas que quiserem presenciar o momento, mas desta vez, não foi assim. Fomos barrados e não nós deixaram entrar, nem mesmos os próprios parentes dos indígenas, e nem os advogados que não estavam envolvido no caso puderam entrar.

Na hora do intervalo da audiência, foram liberados dois minutos para os familiares mais íntimos poderem vê-los. Em relato, alguns indígenas que estiveram com eles disseram que estavam sofrendo muito, pois nós Índios jamais acostumamos a viver entre quatro paredes.


Indianara Ramires machado/15 anos/Kaiowá

sexta-feira, 4 de março de 2011

Vale Universidade Indígena termina hoje

As inscrições para o Programa Vale Universidade Indígena terminam nesta sexta-feira (04) e devem ser realizadas exclusivamente pela internet, através do site www.setas.ms.gov.br.

O programa auxilia estudantes indígenas, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), durante a formação universitária. O auxílio financeiro oferecido é no valor de R$ 300 reais mensais mais a quantia de R$ 46 para as despesas com transporte.

Para receber o benefício, os interessados devem comprovar a origem indígena, mediante apresentação do Registro Nacional Indígena e possuir carteira de Identidade expedida pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Além disso a família não pode possuir renda superior a três salários mínimos e deve residir no Estado por mais de dois anos. Um dos requisitos é não possuir outro curso de graduação em nível superior e não ser contemplado por qualquer outro tipo de benefício remunerado ou de auxilio financeiro com a mesma finalidade deste programa e estar matriculado em curso presencial de bacharelado ou licenciatura na UEMS.

A relação com os nomes dos pré-selecionados serão divulgados pela internet, na página eletrônica da Setas e UEMS.

terça-feira, 1 de março de 2011

Atleta indígena representa etnias douradenses no litoral paulista

Contando com o apoio da Prefeitura Municipal através da FUNCED (Fundação Cultural e de Esportes de Dourados), o indígena e professor de educação física Laucídio Ribeiro Flores, 33 anos, estará representando as etnias indígenas de Dourados na abertura do Encontro Nacional Indígena, que acontecerá no dia 19 de abril próximo na cidade praiana de Bertioga, São Paulo.

Em contato com a reportagem, Laucídio Flores, que é especialista em arremessos de lança e dardo, conta que estará atuando na abertura da competição nacional como convidado, e na oportunidade, vai arremessar uma lança de fogo.

TOCHA OLÍMPICA

Bi-campeão Brasileiro nos Jogos Brasileiros Indígenas e Tetra no Estadual no lançamento de dardo e campeão Estadual no arremesso de dardo no JAMS (Jogos Abertos de Mato Grosso do Sul) quando esteve representando Dourados, Laucídio Flores foi um dos dois atletas que conduziu a tocha olímpica do Pan-americano que foi realizado em 2007 no Rio de Janeiro, quando ela passou pelo Mato Grosso do Sul.

Dizendo que se sente honrado em participar da abertura do Encontro Nacional Indígena em Bertioga, Laucídio Flores informou que não poderá participar como atleta, segundo ele, por estar acima da média dos demais competidores indígenas do país. “Até mesmo os Xavantes perdem para mim nas competições, e aí os organizadores entenderam que eu deveria participar fazendo esta apresentação” disse sem modéstia o professor Laucídio Flores que é da etnia terena.

Graduado em educação física, Laucídio Flores que é diretor da escola da reserva indígena do Distrito do Panambi disse que aos poucos o esporte em todas as modalidades está invadindo as reservas indígenas, e este fator é positivo para a comunidade, uma vez que além de dar atividades físicas e esportivas para as crianças e para os adolescentes, os ajudam a se afastar cada vez mais do submundo do crime, incluindo das drogas.

“Com o apoio dos governantes, de nossas lideranças e dos poderes constituídos, com certeza aos poucos as nossas reservas vem se fortalecendo na área esportiva, e isso com certeza é fator positivo para o futuro de nossas crianças e principalmente dos adolescentes. O esporte em um todo os afastam do submundo do crime, do álcool, e principalmente das drogas”, finalizou Laucídio Flores agradecendo o apoio que sempre teve -e terá- quando participava das competições tanto na área indígena como nas competições abertas a todas as raças.



Fonte: Waldemar Gonçalves -Russo