sexta-feira, 19 de maio de 2006

Licenciatura Indígena no MS a um passo da Realidade

Desde o dia 18 de maio os professores, coordenadores e a UFGD-Universidade Federal da Grande Dourado reuniram-se para discutir a licenciatura indígena no estado do Mato Grosso do Sul. Essa licenciatura está sendo esperada a muito tempo, e agora esta no caminho para tornar-se realidade. É que o professor Fabio Almeida de carvalho falou da experiência que teve com licenciatura indígena com os índios do estado de Roraima, e como é ser o primeiro a caminhar nesse rumo da educação já que a licenciatura indígena em Roraima é primeira do Brasil. Também disse que esse não é um sonho impossível e que os professores e comunidade indígena têm o direito de lutar por esse tipo de educação principalmente, a educação bilíngüe. Toda a comunidade indígena espera ansiosa essa novidade, principalmente os jovens indígenas que vão ingressar na universidade.
Micheli Alves Machado -Kaiwá

Audiência pública sobre questões indígenas na UNIDERP

No dia 18 de maio aconteceu uma audiência pública na qual todas as questões que envolvem a comunidade indígena foram discutidas.
Os integrantes de duas aldeias com problemas de terra falaram como isso tem trazido sofrimento para as suas comunidades. Leia, uma professora da aldeia nhanderu marangatu, falou das dificuldades que estão passando a beira da estrada desde que foram despejados mesmo após o presidente ter homologado as terras dessa aldeia que se situa no município de Bela Vista.Outras pessoas como da aldeia Passo piraju onde aconteceu o fato recente das mortes de dois policiais também falaram, Fernando o representante da aldeia falou do descaso que estão sofrendo, da discriminação e da falta de assistência que não tem desde que aconteceu o fato dessas duas mortes, e mais uma denuncia que ele fez de um homem que desapareceu no dia em que a policia foi cercar o local para pegar os supostos envolvidos nessa morte.Bom agora o que a comunidade indígena em geral deseja é que seja atendidas em suas várias necessidades, e que essa audiência pública não seja somente mais uma audiência pública, como as várias que já aconteceu e que até uma equipe interministerial estiveram nas aldeias mas os problemas só aumentam. Micheli Alves Machado-Kaiwá

quarta-feira, 17 de maio de 2006

A saúde indígena do Mato Grosso do Sul PÁRA

Desde a última segunda-feira os funcionários da FUNASA estão em greve.
Tudo começou no ano de 2004 quando o teto orçamentário foi posto em discussão por todos que utilizam os serviços da FUNASA, pois naquela época o teto que todos estavam reivindicando era de doze milhões para todo o estado do Mato Grosso do Sul, mas foi fechado em nove milhões.
Os problemas que estão acontecendo nesse momento: paralisação dos funcionários, falta de medicamentos e suplemento alimentar para as crianças desnutridas, tudo isso foi dito naquela época, mas mesmo assim o teto continuou o mesmo no ano de 2005, e agora em 2006 já não dá mais para continuar com o mesmo atendimento já que os preços dos medicamentos e outros materiais subiram e junto a população indígena também cresceu.
Bom, o que previmos está acontecendo, os salários dos funcionários estão atrasados já há quase dois meses, está faltando medicamento nos postos de saúde, as viaturas vão ficar sem combustível para atender os plantões, e o caso que repercutiu no mundo pode voltar: a desnutrição infantil.
A administração da FUNASA disse que iria depositar os salários dos funcionários hoje dia 17 de maio, mas até as 18 h nada foi confirmado. Enquanto os salários não forem pagos a paralisação vai continuar por tempo indeterminado e a reivindicação pelo teto orçamentário também, pois o que está sendo reivindicado é a qualidade da saúde indígena, que é uma questão muito séria.
Micheli Alves Machado (Kaiowa)

Aji na palestra da convenção 169 dos direitos dos povos indigenas

Palestra sobre “ O Direito dos Povos Indígenas à luz da constituição Federal de 1988 e da convenção 169 da OIT ...ministrada pelo jurista Dalmo de Abreu Dalari.”
No dia 15 de maio de 2006 a A.J.I participou da palestra sobre direitos indígenas, que foi realizado no teatro municipal onde foram abordados, a questão da tutela indígena, a política geral da convenção 169 da OIT e a constituição de 1988 artigo 231.O jurista relatou um dos parágrafos da constituição de 1988 do artigo 231, sobre as terras indígenas que dizia (são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente as utilizadas para suas atividades produtivas as imprescindíveis a preservação dos recursos naturais ambientais necessárias a sua reprodução física e cultural, seguindo seus usos ,costumes e tradições.outra questão citada foi relacionada a cidadania e tutela. Seu argumento foi que a FUNAI e o ministério publico é um meio de garantir a assistência em determinados assuntos como interlocutores e não incapacitando ou decidindo por nos segundo o jurista Dr Dalmo na constituição federal todo ser humano nasce livre e igual em direitos e dignidades.

Materia elaborada por Josimara Ramires Machado (Kaiowa) e Graciela Pereira dos Santos (Guarani)