terça-feira, 29 de setembro de 2009

Decisão sobre Raposa da Serra do Sol traz tranquilidade para MS, diz Famasul


O acordo emitido pelo Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira (25) determinou critérios para a demarcação de terras na região da Raposa Serra do Sol, em Roraima, onde o chamado “marco temporal” para o reconhecimento de uma área como sendo legitimamente indígena, só vale para aquelas que estavam ocupadas por índios no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

A decisão foi informada ontem pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) durante coletiva à imprensa. A decisão do STF acabou favorecendo os produtores rurais de Mato Grosso do Sul, já que , segundo a Famasul, na data definida pela Justiça, não havia indígenas nas propriedades alvo dos estudos antropológicos. Porém, a Federação irá aguardar a resposta da Fundação Nacional do Índio (Funai) à decisão do STF.

De acordo com o presidente da Famasul, Ademar Silva Junior, a decisão do STF traz tranqüilidade para o produtor. “O que preocupava o produtor rural era que o que era terra indígena não estava especificado e isso gerava intranqüilidade em saber que a qualquer momento suas propriedades poderiam ser consideradas terra indígena”, comentou o presidente.

Em ações propostas pelas prefeituras de Douradina e Fátima do Sul contra a demarcação de áreas nas respectivas cidades, a Justiça Federal decidiu contra a Funai e o Ministério Público Federal pelo fato de não existir nas localidades informações que comprovem a existência cultural indígena nas cidades antes da promulgação da Constituição Federal. A demarcação foi barrada nessas cidades.

“Não queremos invalidar as demarcações. Não somos contrários as demarcações de novas áreas. Por exemplo, é inegável que a etnia Bororó cresceu e precisa de novas áreas, mas não queremos criar uma justiça para os índios e uma injustiça para os produtores”, comentou o presidente da Famasul.

Outra decisão favorável foi relativa aos municípios de Fátima do Sul e Douradina, que obtiveram na justiça parecer favorável aos municípios contra a demarcação de novas áreas. O advogado da Associação dos Municípios de MS – Assomasul, Alexandre Bastos, comentou que a decisão já foi embasada pela decisão do STF. “Outras 24 cidades estão também envolvidas com a ação”, comentou.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Consulta preventiva para cavalos da aldeia

No dia 26 de setembro estará acontecendo no hospital veterinário da Faculdade Anhanguera de Dourados a consulta para cavalos da Reserva indígena de Dourados. Você que mora na aldeia de Dourados e tiver cavalo ou conhecer alguém que tem cavalo, traga-o neste dia para uma consulta. Neste dia acontecerá:
CONSULTA PREVENTIVA
EXAME DE PELE
OUTRAS ORIENTAÇÕES
As consultas são grátis. O atendimento ocorrera das 08 as 16 horas.

PROMOÇÃO: CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

APOIO:






A alma do índio

Índio tem alma? Claro que tem. Ele não é jacaré, lambari ou gavião. Ele é índio, é um ser humano, é homo sapiens e eu posso provar que ele tem alma. Não essa alma chata, sem graça, bíblica imposta pelos cristãos. Mas uma boa e pura alma de índio.

Os não-índios – brancos, cristãos, europeus e negros, africanos, escravos ou não – quase destruíram completamente os povos indígenas da face da terra. Se restaram alguns foi porque não tiveram tempo de completar esse genocídio.

Acabaram com nações, etnias, tribos e aldeias; liquidaram com sua cultura material e imaterial, seus saberes ancestrais, sua religiosidade e crenças, seus mitos e lendas, suas línguas mater; arrasaram seus espaços de vida; acabaram com seus meios de sobrevivência; escravizaram-nos, mantendo-os séculos sob correntes e processos avassaladores de aculturação; mataram os pajés, os caciques, os guerreiros, as mulheres e as crianças.

Mas...o índio sobreviveu. Entrou por terra adentro, escondeu-se, migrou para outros lados, adaptou-se a novas regiões, reaprendeu a viver e, afinal, sobreviveram. Os invasores destruíram suas aldeias, mas a suas almas ficaram por ali, entre aqueles escombros; acabaram com seus campos de caça, mas as suas almas permaneceram caçando e fornecendo alimentos aos sobreviventes; tentaram mudar sua religião, impingindo-lhes o cristianismo, mas as almas fingindo que aceitavam a nova escrita bíblica permaneceram com as suas antigas crenças; ensinaram o português, mas as suas almas conversavam entre si na língua familiar ancestral; assinaram as famílias, mas suas almas continuavam a transmitir os saberes ancestrais.

Enfim, o homem “civilizado” destruiu fisicamente milhares de índios, mas não conseguiu destruir as suas almas. E as almas dos mortos transmitiram às almas dos sobreviventes, quase que num processo genético-espiritual - se é que existe isso – toda a sua cultura, os seus saberes, as suas línguas, os seus costumes, a sua vontade férrea de sobreviver e de se superar.

E nessa força de sobrevivência, tendo que se adaptar à nova ordem branca, européia e cristã, alguma coisa o índio pôde se apropriar e se beneficiar da nova cultura “civilizada” em que foi inserido. A escrita.

Os índios desde tempos memoriais iniciaram seus relatos a partir da pintura rupestre, onde contavam suas aventuras, seus mitos, suas histórias, cujos significados as almas desses índios não transmitiram nem para os brancos nem para os seus descendentes atuais. Dessa arte rupestre partiram para a escrita que aprenderam com os brancos e essa passagem ocorreu por honra e graça de suas almas, que assim os convenceram a se manifestar.

Temos hoje vários índios que escrevem suas crônicas, seus poemas, seus contos, seus romances, sempre com a temática étnica de seu povo e de seus ancestrais. Com essa nova forma de cultura apreendida com a necessidade dos tempos, suas almas podem se manifestar, informar, resgatar, pleitear, reivindicar, transformar e principalmente adaptar-se a um novo mundo em que estão inseridas. Os índios, de corpo e alma, estão realmente em um novo universo em que podem participar de saraus literários, publicar livros, editar jornais e revistas. Mostram ao mundo o seu pensamento, a sua história, a sua alma.

Para reconhecer a alma do índio, que o faz refletir, pesquisar, escrever e publicar, criou-se a Feira do Livro Indígena de Mato Grosso. Um momento da arte, da literatura, de encontros e reencontro. O encontro de um país e sua diversidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Postos de saude fechado



Os postos de saúde das aldeias de Dourados estão todos fechados, o motivo é ainda bastante confuso, mas a noticia que se tem é que os funcionários da FUNASA ainda não estão contratados, e uma agente de saúde da aldeia Jaguapiru foi demitida e passou a protestar contra a FUNASA, e muitos dos funcionários temem não trabalhar com medo de que sejam pegos e mantidos como refém. Antes tanbém houve um fato ocorrido na aldeia Buriti, onde dois funcionários da FUNASA foi mantido refém, por conta que os indígenas queriam a troca do chefe de pólo.
O problema maior é que muita gente está precisando de atendimento e os postos de saúde estão com as portas fechadas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aldeia Indígena de Amambaí


Nos dias 13 a 17 de agosto ocorreu uma oficina de artesanato, na Aldeia Indígena de Amambaí com a participação de 30 adolescentes indígena da etnia guarani kaiowá e que estão ma faixa etária entre os 13 e 17 anos. O Objetivo da ofina é aprimorar técnicas de artesanato e proporcionar aos jovens do Grupo “Jajapo Ñande Rekorã” - Construindo nossa história um meio de fomentar e gerar renda para eles através do próprio trabalho deles. A oficina foi muito produtiva e aconteceu graças aos esforços individuais do próprio grupo e de lideranças indígenas que apoiam o grupo de jovens. Os jovens se reúnem com o intuito de discutir problemas da comunidade e em especial encontrar alternativas de amenizar problemas como falta de oportunidade, falta de momentos de lazer e mesmo para trocar idéias e compartilhar os anseios do cotidiano da vida deles. Este grupo que se reúne quer mostrar a todos que é possível através do conhecimento fazer a diferença para o povo indígena e mudar a realidade que os envolve e os massacra e que juntos unidos são capazes de defender seus objetivos e realizar seus sonhos e mostrar que com orgulho se ser Índio podem fazer muito pelos seus patrícios e pelo futuro de jovens adolescentes que no presente não tem nem o direito de sonhar por que a realidade a que são submetidos dua demais para fechar os olhos e pensar no amanhã. Com tudo isso podemos concluir que a organização deste grupo é um despertar que pretende provocar uma discussão que visualize as potencialidades deste grupo para as diversas áreas tanto do desenvolvimento sustentável como para o esporte, lazer, cultura e que fique assim gravado que podem ter seus lugares e seus atos garantidos nos espaços e que estes devem ser reconhecidos como a organização que contribui para a socialização destes atores sociais que fazem parte de uma sociedade que não os inclui e que acreditamos que somente a organização será capaz de incluir e chamar a atenção para esta realidade.

Att: Sueli da Rosa Vargas
Secretaria Executiva do Conselho de Saúde Indígena Pólo Base de Amamba


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

``Alunos,brincam no intervalo da aula no mato onde tem espinho e Tocos.``






Alunos,brincam no intervalo da aula no mato onde tem espinho e Tocos de pau, na Escola"Lacui Roque Esnardi" que fica na aldeia Bororo.



Nesta Escola tem matriculado 80 alunos segundo coordenar desta Escola enviamos vários documentos pedindo para lipar fazer uma quadra coberta decente, mas até agora não ouve resposta.


Liderança Ricardo Arci relatou que já mataram cobra no campo de futebol e tem muito medo de cobra picar uma criança,



já enviamos documento para Prefeitura mas até agora não nós responderam ainda o mesmo diz que a escola deve ser um espelha mas que ali está abandonado".




na parte da aula de educação física e a mais sofrida, porque näo a espaço limpo digno para o professor desenvolver a aula,crianças não tem bola de futebol, quando chegamos no local os menino chutava um galão de prastico .

terça-feira, 1 de setembro de 2009

não foi esquecido.





















Os cidadão das aldeias de Dourados criam sua própria Igreja Evangélica,tendo
como o nome Igreja Presbiteriana Indígenas no Brasil sendo a primeira no Brasil,
segundo o presidente da Igreja Indígenas ele diz"quero que todos possa ter a unidade para podermos ter um mundo melhor,o pão que fala na Bíblia,que e a ceia dada ãos irmão,para nós hoje e a mandioca porque e o que temos hoje na nossa plantação e comum achar aqui"afirma.


Para Muitos dos fiel e uma alegria ter uma Igreja assim nós costumes e tradição e também ligado ão mundo moderno e ão costume comum,por outro lado muitos dos crentes da aldeia são contra está ideia,relatão que não faz parte do evangelismo,"acho que mistura muito " diz membro desta mesma Igreja.


A sede da Igreja Indígena foi construída dentro da aldeia sendo uma oca na aldeia Jaguapiru
onde todas a sexta feira todas os membro s das congregação locais se reuni para adorar ,este local está sendo um local de turismo para muitas pessoas de fora não india e até mesmo para alguns morador que estão passando a frequentar este lugar .


Neste local acontece vários eventos como, apresentação de Bandas,apresentação de vídeos reuniões da comunidade,e feita danças tradicionais e muitas outras coisas, e considerado um local sagrado por todos. tudo e feito com muita alegria e cuidado, segundo um dos membro relata " eu me sinto bem nesta casa lembro muita coisa"

"Pelo motivo do mundo moderna tudo se mudou e pelas disciplinas imposta,pelas injustiça tudo ficou diferente, hoje o passado e a modernização está sendo unida entre nós sem ter medo...do amanhã. assim fazendo o retorno para todo mundo ver o jeito de viver nosso o que sempre teve em nosso coração e alma,que sempre em nosso meio está.nossas tradição sofre mudança e nunca se perde".