As
136 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região iniciam hoje a campanha
de vacinação contra a gripe. A meta é imunizar, até dia 25, 391,8 mil
pessoas, ou 80% dos idosos, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes,
indígenas e profissionais de Saúde do Grande ABC.
As primeiras campanhas contra o vírus
influenza contemplavam apenas os idosos, grupo mais suscetível a
complicações decorrentes da doença. Segundo o infectologista da
Faculdade de Medicina do ABC, Hélio Vasconcellos Lopes, esse perfil
mudou porque a gripe também muda. "O vírus sofre mutações constantes e, a
cada ano, nova vacina deve ser elaborada."
No caso das crianças e gestantes, vale o
mesmo que para os idosos. Já para os profissionais de Saúde, a campanha
tem como objetivo impedir que transmitam a doença para pacientes.
De acordo com o especialista, os indígenas,
incluídos na campanha deste ano, devem ser imunizados porque, durante
gerações, foram menos expostos aos vírus por conta do isolamento das
aldeias. "Em populações isoladas, o vírus da gripe pode provocar
epidemia e mortes."
Não podem ser imunizadas apenas pessoas que
têm alergia a ovo. O médico explicou que isso ocorre porque geralmente a
vacina é preparada com proteína de ovos. "Fora isso, não há
contraindicação ou efeitos colaterais", garante.
Quem reclama de contrair a gripe após tomar a
vacina não teve efeito colateral, segundo Lopes. "O que ocorre é que a
vacina tem 70% de eficácia. A pessoa pode tomar e não funcionar." Mesmo
assim, é importante que todos que fazem parte dos grupos de risco sejam
imunizados.
H1N1
A epidemia de Influenza A (H1N1), ou gripe
suína, preocupou o Grande ABC e o País em 2009 e 2010. Porém, conforme o
infectologista, foi completamente controlada. "O vírus só sobrevive
quando está no corpo das pessoas. Se não há mais ninguém com a doença,
ela não é transmitida." A vacina deste ano imuniza contra a doença.
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