quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Rio+2o terá quatro ocas no Rio de Janeiro

Uma aldeia com pelo menos quatro ocas será montada no Rio de Janeiro para discutir questões ligadas aos indígenas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada na cidade para o final de Junho. Segundo o articulador indígena para a conferência, Marcos Terena, o espaço deverá se chamar Kari-oca 2, nome que remete aos moradores da cidade do Rio de Janeiro, os cariocas, e cujo significado original, na língua indígena tupi, é “casa do homem branco”.

Na aldeia haverá duas ocas com redes para abrigar 80 pessoas, uma “oca eletrônica” e uma grande oca com capacidade para 500 pessoas, onde serão feitas as discussões. Terena e um grupo de indígenas estiveram no Rio de Janeiro para definir a área exata onde a aldeia será montada. A ideia é que o espaço ocupe o Autódromo de Jacarepaguá, próximo aos locais onde ocorrerão as conferências oficiais das Nações Unidas.
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“É uma iniciativa para abrigar povos indígenas do mundo inteiro aqui no Rio de Janeiro durante a Conferência Rio+20 e para que a gente possa ter um lugar para debater a economia verde e o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo vai servir para que a gente possa mostrar a força cultural dos povos indígenas do Brasil. O projeto é uma iniciativa indígena brasileira, que é conectada com os índios da África, das Américas, da Ásia”, afirmou Terena.
Segundo Terena, a montagem da “oca eletrônica” será uma das grandes novidades. “Essa oca, que foi uma sugestão dos índios navajos, dos Estados Unidos, é uma inovação, já que mistura uma oca tipicamente brasileira com conteúdo eletrônico. Ali haverá iniciativas voltadas à tecnologia da informação e também terá o objetivo de fazer a transmissão online da conferência aqui do Rio de Janeiro”, disse.

Na aldeia, haverá ainda profissionais indígenas, como enfermeiros e advogados, para atender os participantes da conferência, caso haja necessidade. Além disso, estão programadas cerimônias espirituais tradicionais, durante todos os dias da Rio+20.

2 comentários:

x-man disse...

Temos que analisar, bem a situação do nosso povo,principalmente de nos, que moramos na base.É diferente de quem vive na cidade, já ouviram, falar em PEC-215, o governo está de olho nas nossas terras indígenas, analisem bem a situação, e momento de interferir, de agir, de reverter a história é no RIO+20,juventude indígenas vamos acordar, porque o pesadelo está próximo.

x-man disse...

abraços a todos do blog.