sexta-feira, 15 de junho de 2012

Choque cultural

  • 1. O CHOQUE CULTURAL BRANCO-ÍNDIO O papel da Igreja, o sincretismo religioso, a miscigenação e as formas de resistência indígena.
  • 2. “ Colombo descobriu a América mas não os americanos” Esta frase é emblemática porque explicita como o contato físico não significa o contato com a cultura do outro. Dois mundos diferentes se confrontaram quando se deu a Conquista da América. Dois mundos com conjuntos culturais completamente diferentes.
  • 3. “ Páginas em branco”. Os primeiros indígenas com os quais tomaram contato os europeus no final do século XV e início do século XVI foram aqueles que habitavam as ilhas caribenhas e o litoral brasileiro. Assim, a impressão dos europeus a respeito dos ameríndios foi marcada, a partir de então, pelo que se retratou sobre tais tribos.
  • 4. “ Páginas em branco”. Para os europeus daquela época, os indígenas não tinham lei, não tinham rei e não tinham fé. Assim, seriam páginas em branco no processo de civilização que propunham para os ameríndios. Isso mostra, de fato, que os europeus não souberam perceber a existência de uma cultura válida entre os indígenas.
  • 5. O papel da Igreja Católica. A Igreja Católica cumpriu papel fundamental no processo de “aculturação” indígena. Diante de um cenário europeu de Reforma Protestante e de Contra-Reforma Católica, era fundamental que os novos súditos dos países ibéricos fossem católicos, evitando-se o assédio de movimentos protestantes.
  • 6. O Padroado Régio. A aliança entre o Rei e a Igreja foi fundamental para o processo de catequização. Por ele, o Rei se comprometia a auxiliar a Igreja em sua instalação na América. Também se comprometia a permitir que apenas o catolicismo vingasse nas colônias.
  • 7. O Padroado Régio. A Igreja, por sua vez, se comprometia a apoiar todas as decisões reais e o Papa garantia a posse das terras aos reis católicos, por meio das bulas papais, como o Tratado de Tordesilhas de 1494. O Padroado, este acordo entre os reis católicos e a Igreja, surgiu no processo de Reconquista da Península Ibérica.
  • 8. As ordens religiosas. Coube às ordens religiosas católicas a responsabilidade pela fé nas colônias ibéricas. Entre elas, a Companhia de Jesus, fundada no Concílio de Trento (1540), a responsabilidade principal pela catequização dos gentios.
  • 9. Os jesuítas. Os jesuítas eram uma ordem religiosa em que a hierarquia e a estrutura militarizada garantiam considerável grau de eficiência no processo de catequização. Corajosamente se infiltrando em meio às tribos ainda “selvagens”, eles aprendiam a língua dos índios para facilitar o posterior processo de aculturação.
  • 10. Os jesuítas. Além de aprender a língua, utilizavam a música para seduzir os indígenas. A flauta doce foi o principal instrumento a ser usado nos primeiros contatos. Também utilizavam o teatro para explicar o catolicismo, adaptando o mitos indígenas aos dogmas católicos, incentivando assim o sincretismo religioso.
  • 11. Os jesuítas. Depois de ganhavam a confiança dos indígenas, os jesuítas iniciavam o processo de formação da redução indígena, ou da missão. Esta redução era, muitas vezes, a base da grande propriedade agrícola ou pecuária jesuíta que utilizava a mão-de-obra servil dos convertidos.
  • 12. Os jesuítas. Para incentivar ainda mais a conversão, muitos indígenas eram transformados em irmãos da ordem. Além disso, muitas vezes eram os próprios indígenas que se autoflagelavam por faltas cometidas ou por desrespeitarem os jesuítas. Eles faziam isso porque haviam introjetado a noção de pecado.
  • 13. A visão do outro. Os indígenas, por sua vez, achavam estranho como os brancos, inclusive os jesuítas, muitas vezes se contradiziam. Há um relato de um viajante espanhol que entrevistou um indígena e este teria lhe dito o seguinte: “Eu sou cada vez mais católico porque estou aprendendo a mentir cada vez mais e melhor”. Leia mais acesse aqui

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