Um grupo com cerca de 400 indígenas prosseguia nesta quarta-feira com
sua marcha em direção a La Paz, iniciada em Abril passado na Amazônia
boliviana para protestar contra a construção da estrada que corta o
Parque Nacional Isiboro Sécure.
Os nativos, incluindo mulheres e
crianças, estão agora no povoado de Chojña, 120 km de La Paz, e trocam
mensagens com o governo do presidente Evo Morales sobre um diálogo, que
ainda não prosperou.
O ministro da Presidência, Juan Ramón
Quintana, admite a possibilidade de diálogo, mas já manifestou "a
profunda preocupação" do governo pela divisão existente entre os
nativos.
O Executivo considera que apenas um pequeno grupo de
nativos amazônicos rejeita a construção do trecho de 300 km da estrada
que corta o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure
(TIPNIS), no centro do país.
No ano passado, indígenas
amazônicos realizaram uma marcha similar, marcada por incidentes com a
polícia, e obtiveram do presidente Morales o veto à construção da
estrada, mas o governo organizou depois uma grande contramanifestação a
favor do projeto.
A atual marcha indígena para La Paz deve chegar à capital boliviana no final de junho.
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