A comitiva do Governo Federal enviada a Mato Grosso do Sul para discutir a questão fundiária envolvendo indígenas e produtores rurais reuniu-se com autoridades locais e representantes de comunidades indígenas na manhã desta sexta-feira (30), em Campo Grande, no plenário da Assembleia Legislativa. Os representantes debatem elaboração de alternativas para os conflitos envolvendo índios das etnias guarany-kaiowá, guarany e fazendeiros.
Um dos participantes do encontro, o líder indígena terena Elizur Gabriel disse ao G1 que pretende chamar a atenção para o processo de demarcação de uma área de 17,5 mil hectares, na região próxima da Terra Indígena Buriti, onde vive, no município de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande. "Temos uma área que já foi estudada e confirmada que era terra indígena. Há mais de 20 anos estamos esperando. Queremos que isso seja solucionado principalmente para as nossas próximas gerações", diz o terena.
Uma coletiva de imprensa está marcada para as 13h (horário de MS), quando serão apresentados os encaminhamentos da reunião.
O grupo é formado por representantes do Ministério da Justiça, Fundação Nacional do Índio (Funai), Casa Civil, Secretaria Geral da Presidência da República, Secretaria de Direitos Humanos, Advocacia Geral da União, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Conselho Nacional de Justiça e Secretaria de Patrimônio da União.
Queremos que isso seja solucionado não só por nós, mas principalmente para as nossas próximas gerações"
Líder terena Elizur Gabriel
"O relator-geral do Orçamento, senador Romero Jucá, já disse a nós, parlamentares, que quer ajudar na questão. A emenda já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora segue para as comissões setoriais, onde serão discutidos os valores. Acredito que a tramitação da emenda seja concluída até o fim do ano", afirmou o senador.
Participam da reunião o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, deputados estaduais, congressistas de Mato Grosso do Sul, procuradores do Ministério Público Federal no estado, entidades de classe e indígenas da Aty-Guasu (Grande Assembleia Guarany).
No sábado (1º), a comitiva viaja até Douradina, a 194 km de Campo Grande, para participar da Aty-Guasu na aldeia Panambi - Lagoa Rica. São esperados cerca de 500 indígenas de todo o estado no evento.
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