Líder indígena porta-voz da Assembléia do Aty Guassu, Amilton Lopes,
foi encontrado morto ontem num rio perto da Aldeia Pirakua, no município
de Bela Vista. Em comunicado oficial à imprensa, lideranças indígenas
contam que a vítima também era representante dos indígenas em nível
internacional.
Conflitos envolvendo indígenas mobilizaram a Fundação Nacional do
Índio (Funai), que já solicitou do Governo Federal tropas federais para
manter a ordem em pelo menos 11 municípios do sul do Estado.
Na Aldeia Arroio Korá, em Paranhos, índios e fazendeiros vivem em
conflito desde que a terra foi reconhecida, demarcada e homologada pelo
governo federal em 2009. No último dia 10 de agosto houve um ataque na
madrugada. Lideranças indígenas informaram à polícia que um índio,
desapareceu após a ação de pistoleiros. Naquele dia indígenas
guarani-kaiowá fizeram um protesto e ocuparam áreas de uma fazenda no
entorno da aldeia.
A Polícia Federal investiga o ataque e o desaparecimento do índio. O
órgão destacou ainda que vai apurar, de forma imparcial, todos os atos
ilegais que tenham sido cometidos, tanto por índios, quanto por
fazendeiros.
Em 18 de novembro do ano passado um cacique indígena desapareceu
quando cerca de 40 pistoleiros encapuzados e armados invadiram o
acampamento indígena, atirando e agredindo adultos e crianças. O caso
ocorreu em Aral Moreira. De acordo com os índios, Nísio Gomes teria sido
atingido por disparos e seu corpo levado pelos pistoleiros. A Polícia
Federal em Ponta Porã cumpriu sete de oito mandados de prisão. O crime
ainda é investigado e a busca pelo cacique desaparecido continua. A PF
acredita que ele esteja morto.
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