quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Depultado desaprova invasão indígena

Preocupado com o impasse que envolve os produtores rurais e índios Guarani-Kaiowá no município de Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, o deputado estadual e presidente regional do Democratas, Zé Teixeira, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa para discursar sobre o problema em questão.
Desde o dia 10 de agosto deste ano, um grupo de aproximadamente 200 índios, incluindo mulheres e crianças, ocupou a fazenda Campina, na cidade de Paranhos. A partir daí o clima de guerra se instalou na região, onde os produtores rurais ameaçam retirar a população indígena que, por sua vez, conta com o apoio da força nacional para permanecer na propriedade.
Em seu discurso na tribuna da Casa de Leis, o deputado Zé Teixeira afirmou que existe um jeito de evitar os conflitos na região. “A Funai deveria pedir aos indígenas para que eles não invadissem as fazendas. Isto não é Constitucional, fere o direito das propriedades e ainda por cima atrapalha todo o seu funcionamento” ressaltou Teixeira.
Em aparte ao discurso do parlamentar, o deputado estadual Cabo Almi (PT) fez duras críticas ao pronunciamento de Zé Teixeira. “Nós não podemos construir um debate do extermínio do índio. Eles são seres humanos e merecem um lugar na sociedade. Respeito muito vossa excelência que defende seu segmento, o latifúndio, pois ele tem seus valores para a sociedade, mas não é certo excluirmos os índios que fazem parte da nossa história. Eles são os primeiros nativos do Brasil” enfatizou o deputado.
Teixeira rebateu as críticas de Almi. “Vossa Excelência deputado Cabo Almi, inverteu todo o meu discurso. Eu não vim aqui para advogar por “a” e nem “b”, muito menos em causa própria. Eu venho aqui solicitar o respeito à Lei, respeito a propriedades centenárias que são passadas de geração em geração e que estão sendo invadidas. Busco resolver de uma maneira simples, rápida e justa, todo este impasse que envolve índios e produtores rurais”.
Zé Teixeira cobrou uma ação direta das autoridades competentes para resolver a situação. “Imagina só, Vossa Excelência (deputado Cabo Almo) tem uma casa que está com o quarto vago, chega uma pessoa e se instala neste aposento, automaticamente, Vossa Execelência terá seu direito violado e consequentemente se sentirá mal e inconformado com isso. É o que está acontecendo, os produtores estão insatisfeitos e com o direito ferido perante a invasão. O Governo Federal, a Funai e outros órgãos competentes precisam tomar o controle da situação, coibir qualquer tipo de desrespeito à Constituição e proibir as invasões, para resolver o impasse da forma como tem que ser resolvido, dentro da Lei”, conclui Zé Teixeira.
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