O
bloqueio é motivado para conseguir a construção de escolas, pela
emissão de documentos pessoais
Jean
Paterno
Indígenas
de aldeias da região de Guaíra, no Extremo-Oeste do Paraná,
prometem realizar um protesto nesta segunda-feira. Eles pretendem
mobilizar cerca de quatro mil pessoas e fechar a Ponte Ayrton Senna,
que liga Paraná e Mato Grosso do Sul, a partir das 8h. Os líderes
da manifestação informam que a passagem de veículos permanecerá
interrompida até que autoridades decidam atender, de uma vez por
todas, as suas reivindicações.
O
bloqueio é motivado para conseguir a construção de escolas, pela
emissão de documentos pessoais aos indígenas e também pela
construção de moradias. Outro problema grave e que contribui para a
manifestação é a urgência da demarcação de áreas atualmente
ocupadas por índios da etnia guarani. A solicitação é antiga e a
falta de solução tem causado sérios problemas a famílias que
moram em Guaíra e também em Terra Roxa.
Antigo
A
situação de abandono dos indígenas dessa região do Extremo-Oeste
paranaense não é nova. O Ministério Público Federal de Umuarama,
no Noroeste do Estado, chegou a mover ações contra prefeituras,
Governo do Paraná e até a União cobrando soluções urgentes às
dificuldades enfrentadas pelas famílias. Sem a regularização das
áreas, os indígenas têm encontrado dificuldades em receber
auxílio, recursos e atenção a programas considerados básicos. Até
fome as famílias afirmam estar passando.
Regularização
Há
cerca de três meses, uma audiência foi realizada em Guaíra com
representantes das comunidades indígenas, órgãos públicos, Funai,
Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Paraná e Ministério
Público Federal. O consenso do encontro foi a busca de soluções
urgentes para as carências da população nativa, com prioridade a
questões essenciais e de regularização das áreas, que, segundo o
secretário de Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, deverá
ocorrer até o fim deste ano.
Fonte:
O Paraná
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