O Conselho Federal de
Psicologia divulgou nota nesta terça-feira para denunciar ameaça à vida e
às terras do povo Guarani-Kaiowá da aldeia Passo Piraju, no Mato Grosso
do Sul, após decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região de São
Paulo que determina despejo dos índios e reintegração de posse da área a
um fazendeiro. Dessa forma, a situação dos Guarani-Kayowáa se agrava a
cada dia. Leia a nota.
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Leia a nota divulgada pelo Conselho Federal de Psicologia: O Conselho Federal de Psicologia vem a público denunciar a ameaça à vida e às terras do povo Guarani-Kaiowá da aldeia Passo Piraju, no Mato Grosso do Sul, após decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região de São Paulo que determina despejo dos índios e reintegração de posse da área a um fazendeiro. Neste momento, em que a atenção de grande parte do povo brasileiro está voltada para a ficção televisiva, é preciso chamar a atenção para a triste realidade dos índios Guarani-Kaiowá, que vivem um conflito anunciado. Segundo lideranças indígenas, um cerco se forma contra os Guarani-Kaiowá com a ameaça de invasão e retirada violenta, caso não deixem a terra no prazo determinado. Os índios, por sua vez, esperam reverter a situação na Justiça, mas prometem resistir e se manter desarmados na aldeia já que, até agora, não receberam proteção da Força Nacional, que está presente em outras comunidades da região. Para que se reconheça o direito da ocupação tradicional das terras pelos índios, sua organização e direitos originários se faz necessária a ação imediata das autoridades. Diante de mais esta situação de ameaça à vida e aos direitos humanos do povo Guarani-Kaiowá, alertamos a sociedade e os movimentos sociais para a necessidade de defesa dos índios que, ao longo da história, repetidas vezes, têm sido vítimas de de violência, maus tratos, ausência de políticas públicas e descaso. Pedimos atenção aos povos indígenas do Mato Grosso do Sul e exigimos do Governo Federal proteção e ações efetivas para a soma de esforços visando a segurança, a integridade física e psicológica dos índios e a preservação das suas terras. Assinam esta nota: Conselho Federal de Psicologia (CFP), Conselho Indigenista Missionário (Cimi) , Dhesca Brasil (Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais) , Comitê Internacional de solidariedade aos Guarani-Kaiowá e Tribunal Popular: o Estado Brasileiro no Banco dos Réus. |
ISA, Instituto Socioambiental. |
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Povo Guarani-Kayowá está cada vez mais ameaçado
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