quinta-feira, 29 de março de 2012

Povo guarani propõe reestruturação de confederação indígena

La Paz, 28 mar (Prensa Latina) A Assembleia do Povo Guarani (APG), que decidiu se abster de participar da nona marcha convocada pela Confederação de Povos Indígenas da Bolívia (Cidob), propôs a reestruturação dessa organização.

  O presidente da APG, Faustino Flores, formulou a proposta para reencaminhar à Cidob mediante a convocação dos 32 povos que a conformam, para rearticular a matriz dos indígenas bolivianos.

O questionamento da APG (uma das organizações fundadoras da Cidob) está dirigido principalmente a seu presidente, Adolfo Chávez, que teria assinado, no dia 25 de janeiro, um acordo de caráter político com o governador opositor ao processo de mudança do departamento de Santa Cruz, Rubén Costa.

Flores afirmou categórico que o povo guarani nunca assinou convênios com partidos políticos e sim pactuou com o Governo um acordo programático, cujo avanço se reflete no trabalho que cumprem ministros e autoridades do �"rgão Executivo com suas 26 capitanias e os três conselhos departamentais.

É em parte por este acordo programático que a APG decidiu não participar da marcha da Cidob, que partirá 25 de abril da localidade de Chaparina para protestar contra uma consulta sobre a construção de uma estrada amazônica.

Flores pôs em dúvida afirmações de dirigentes da Cidob, sobre a situação do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure, já que há pessoas que querem a estrada e outras que não a querem, assinalou em referência à oposição dessa organização a uma estrada interdepartamental por essa reserva natural.

A iniciativa de construção da estrada entre as localidades de Villa Tunari (Cochabamba) e San Ignacio de Moxos (Beni) facilitaria a chegada de importantes serviços de saúde e educação para as comunidades indígenas que habitam no Tipnis.

O dirigente guarani reafirmou também o apoio ao processo de mudança na Bolívia, que permite trabalhar com as bases.

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