La Paz, 28 mar (Prensa Latina) A Assembleia do Povo Guarani (APG), que
decidiu se abster de participar da nona marcha convocada pela
Confederação de Povos Indígenas da Bolívia (Cidob), propôs a
reestruturação dessa organização.
O presidente da APG, Faustino Flores, formulou a proposta para
reencaminhar à Cidob mediante a convocação dos 32 povos que a conformam,
para rearticular a matriz dos indígenas bolivianos.
O
questionamento da APG (uma das organizações fundadoras da Cidob) está
dirigido principalmente a seu presidente, Adolfo Chávez, que teria
assinado, no dia 25 de janeiro, um acordo de caráter político com o
governador opositor ao processo de mudança do departamento de Santa
Cruz, Rubén Costa.
Flores afirmou categórico que o povo guarani
nunca assinou convênios com partidos políticos e sim pactuou com o
Governo um acordo programático, cujo avanço se reflete no trabalho que
cumprem ministros e autoridades do �"rgão Executivo com suas 26
capitanias e os três conselhos departamentais.
É em parte por
este acordo programático que a APG decidiu não participar da marcha da
Cidob, que partirá 25 de abril da localidade de Chaparina para protestar
contra uma consulta sobre a construção de uma estrada amazônica.
Flores pôs em dúvida afirmações de dirigentes da Cidob, sobre a
situação do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure, já que
há pessoas que querem a estrada e outras que não a querem, assinalou em
referência à oposição dessa organização a uma estrada interdepartamental
por essa reserva natural.
A iniciativa de construção da estrada
entre as localidades de Villa Tunari (Cochabamba) e San Ignacio de
Moxos (Beni) facilitaria a chegada de importantes serviços de saúde e
educação para as comunidades indígenas que habitam no Tipnis.
O dirigente guarani reafirmou também o apoio ao processo de mudança na Bolívia, que permite trabalhar com as bases.
Nenhum comentário:
Postar um comentário