quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rádios Comunitárias indígenas sofrem repressão

Meus caros, a repressão as Rádios Comunitárias já chegou às aldeias indígenas, da mesma forma que acontece com emissoras de várias regiões do Brasil. Apesar de ser ratificado pela Organização das Nações Unidas, o Direito à Informação ao Índio também acaba por ser prejudicado no país. Neste contexto, a Rádio Comunitária ganha importância na preservação da cultura e línguas indígenas. Marcus Terena, é membro do Comitê Intertribal e da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da Coalizão Internacional Land is Life e da Cátedra Indígena Internacional. Ele vê retaliação política na repressão contra as Rádios Comunitárias Indígenas. “Uma rádio dessa atinge, por exemplo, uma área muito grande de aldeias.

Esses indígenas perceberam que podem em uma campanha politica não precisar do patrocínio de um prefeito ou de um vereador x , enfim de políticos para serem manipulados. Então esses mesmo políticos avisam as policias onde está localizada a Rádio Comunitária. Então, a policia federal vai lá, com 20 carros, para apreender o equipamento, computador , etc.” - denuncia Terena.

Antenado com as novas tecnologias, Terena já coordenou a comissão indígena para o acesso a novos conhecimentos e tecnologias , junto à Internacional Telecomunication Union, dentro das metas de inclusão digital e a sociedade da informação na ONU. O ativista acredita que as novas ferramentas de comunicação vão ajudar no desenvolvimento profissional e pessoal dos índios, mas sem que isso signifique esquecer de seus valores culturais. “Não é apenas achar que 300 milhões de índios no mundo significam 300 milhões de computadores a serem vendidos.

Mas é a capacidade de dar oportunidade para que os povos indígenas acessem esse mecanismo para que possam defender os seus direitos, ou seja, o direito à informação. O indígena precisa dominar sua cultura. Para ele poder informar e superar os preconceitos da sociedade, é preciso saber antes de mais nada, quem ele é efetivamente. Não é possível abandonar ou renegar o rastro de seus antepassados.” - finalizou o líder indígena.

Para saber como a comunidade indígena brasileira utiliza a comunicação na defesa de seus direitos acesse www.webbrasilindigena.org


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