segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Comunidade Guarani-Kaiowá da aldeia Nu verá denunciam as condições desumanas em que vivem


Carta da comunidade do Tekoha Nu Verá
Aos senhores representantes como FUNAI - Brasília, Ministério Público Federal,  Aty Guassu, Delegacia da Mulher, Policia Federal e a todos os órgãos  indigenistas e organizações indígenas

Nós da comunidades Guarani-Kaiowá do Tekohá Nu Vera viemos através desta carta apresentar a situação em que se encontra a comunidade de nossa aldeia. Estamos localizado na cidade de Dourados-MS,  no Tekohá Nu Verá as margens do anel viário que passa próximo a Reserva Indígena de Dourados a partir do dia 03 de Junho de 2010, e o nosso Tekohá ainda se encontra em analise.
Em nome da comunidade do Tekohá Nu Verá estamos unidos com os nosso representantes e coordenadores Gilda Riquelme Lopes e Ambrósio Ricarte no dia 13 de fevereiro de 2013, e queremos solicitar a todos os órgãos Federais e Governamentais para pedir seus apoio e seu reconhecimento de acordo com a lei da comissão dos Guarani Kaiowá da Grande Assembleia (Aty Guassu) de Mato Grosso Do Sul.  Aqui colocamos em pauta tudo o que esta acontecendo em nosso Tekohá:
Motivos: Os motivos que nos conduziram a esta decisão são vários e envolvem principalmente o mal desempenho do Sr. Chatalin Graita conhecido também como Narciso e Amancio Ajala conhecido também como Dhoni, eles representam a comunidade desta aldeia, mas tem deixado a desejar como liderança,  a respeito de sua conduta ética e moral, os mesmos age com violência na comunidade, agride as mulheres, expulsa famílias de suas casas, ameaça famílias quando as mesmas diz que vai denuncia-lo, coloca fogo em barracas, e já teve várias tentativas de estupros no qual Chatalin e Amancio é o autor, o mesmo também faz desvios de cestas básicas. Estamos pedindo através desta carta para que as autoridades tomem providencias e façam valer nossos direitos, queremos ser respeitados, ter uma moradia digna, ter paz em nossa comunidade e uma liderança que de fato nos represente e apoie a nossa causa, não aguentamos mais tanta violência, aqui vivem mulheres, homens, crianças e idosos que merecem ter um tratamento humano e exigimos nossos direitos, queremos o afastamento, e recolhimento do senhor Chatalin e Amancio com urgência, eles ameaçam de morte a senhora Gilda Riquelme Lopes e Ambrósio Ricarte, pois esses são os dois representantes que falam pela comunidade do Tekohá Nu Vera. Um outro motivo que nos leva a afastar esses lideres Chatalin e Amâncio é que nos últimos dias eles tem tentado vender a comunidade desta aldeia para os fazendeiros, e um dos motivos de sua revolta é que ele não conseguiu  e passou a se revoltar contra a comunidade. Chatalin e Amancio vivem alcoolizados, são autoritários, e não deixam ninguém entrar na aldeia, e sim trazem um grupo de pessoas como assassinos, ex-presidiários, usuários de drogas na sua casa para intimidar a comunidade fazendo com que não façam denuncias contra a sua pessoa. Diante de tudo isso eles não tem as mínimas condições de liderar esta comunidade.
Pedido para reconhecimento como liderança:
No dia 26 de Setembro de 2012 em uma Assembléia no Tekohá Nu Verá toda a comunidade Guarani Kaiowá  elegeu como seus representante legal a  senhora Gilda Riquelme Lopes e Ambrósio Ricarte, porém os mesmos ainda não foram reconhecidos na FUNAI  local, regional e nacional, e isso ainda dá o poder ao senhor Chatalin e Amancio de liderar está comunidade, fazendo o que querem, praticando seus atos maldosos nesta comunidade.
Pedimos urgentemente o reconhecimento dessas duas pessoas citadas acima para ser reconhecida para poder liderar a comunidade do Tekohá Nu verá, fazendo com que seus direitos e deveres sejam respeitados, lutando pelo bem da comunidade respeitando a vontade de cada indígena que reside nesta aldeia. Assim que reconhecida essas lideranças terão a capacidade de trazer a comunidade o que mais precisa, assim como o saneamento básico, alimentos, condições para fazer suas roças, encaminhar documentos para trazer recursos para a comunidade desta aldeia.
Através de tudo isso, queremos fazer valer nossos direitos, assim como fazer valer a lei Maria Da Penha, fazer valer nossos direitos de moradia digna, direito de escolha do líder da comunidade, garantido na constituição e na convenção 169. Um pedido de socorro:
"SALVEM A NOSSA COMUNIDADE, NÃO AGUENTAMOS MAIS VIVER NESSA VIOLÊNCIA, ABULSO SEXUAL, DESTRUIÇÃO DE NOSSAS MORADIAS, DESVIOS DE NOSSOS ALIMENTOS, E VIVER SOBRE PRESSÃO  NA MÃO DE CHATALIN E AMANCIO".

Para maiores informações:
Gilda Riquelme Lopes / Anbrósio Ricarte
 (67) 9820-8524
                                                                                     
Atenciosamente,comunidade Guarani-Kaiowá do Tekohá Nu Verá.
Dourados, 14 de Fevereiro de 2013.

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