O destino da Vila Olímpica Indígena de Dourados, inaugurada no dia 9 de maio, será definido na próxima sexta-feira. O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) discutirá com o reitor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Damião Duque de Farias, junto com o vice-reitor Wedson Desidério Fernandes e o diretor da Faculdade de Educação, Reinaldo dos Santos, uma proposta de gestão.
Geraldo propôs que a UFGD assuma a gestão, junto com a Funai, depois da recusa da Prefeitura em administrar o espaço, muito embora as aldeias Jaguapiru e Bororó estejam localizadas dentro do município.
“É lamentável a negativa do município e do Estado agora com a obra concluída, já que durante a execução, ainda na gestão de Laerte Tetila, houve o compromisso para que o espaço não se tornasse um elefante branco e sim um local para a prática de esporte, lazer e cultura, um espaço de construção da cidadania”, diz o deputado, lembrando que após a inauguração saiu a campo, em verdadeira peregrinação ministerial, para garantir a utilização de um espaço tão privilegiado. A obra consumiu investimentos de R$ 1,6 milhão. Os recursos foram alocados por meio de emenda parlamentar.
Independentemente do mérito e por quais motivos o Estado e a Prefeitura não querem assumir a gestão, o deputado diz que seguirá honrando o compromisso assumido com lideranças indígenas para que a Vila Olímpica seja um “monumento à vida” e de resgate da imensa dívida social com a comunidade indígena, garantindo a mais de 5 mil crianças e jovens o acesso a atividades que possam garantir a sua formação física e moral.
Geraldo disse que na semana que vem voltará a buscar recursos e parcerias em projetos nos Ministérios do Esporte, da Justiça e da Cultura para a Vila Olímpica, que “nesse momento se apresenta como contraponto” ao estado de violência que afeta as aldeias.
“A participação da UFGD vai contribuir para dar uma solução à gestão daquele espaço e também permitir que a universidade ganhe até visibilidade internacional por atuar num projeto inédito como a Vila Olímpica”, diz Geraldo. “São aproximadamente 5 mil crianças, adolescentes e jovens na reserva. Muitos deles poderão trocar o caminho das drogas pelo esporte, por atividades culturais”, disse, notando que a ideia da Vila Olímpica repercutiu nacional e internacionalmente e inspira projetos nos estados de Pernambuco, Pará e no Amazona
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