Existe um grande desconhecimento da nossa realidade por parte das autoridades; por isso, pedimos-lhes que visitem as nossas comunidades, conversem connosco, com os nossos líderes e conheçam directamente os problemas económicos, de saúde e de educação que enfrentamos no dia-a-dia», afirma Andreas Campos, líder indígena da Amazónia. Andreas foi uma das centenas de indígenas que participaram numa audiência pública sobre a situação das mulheres e as mudanças a implementar, na capital peruana.
Os dirigentes nativos apontam para a falta de educação como um grave problema da Amazónia peruana. A taxa de analfabetismo entre as mulheres nativas situa-se entre os 38 e os 76,3 por cento. «Nós sempre fomos excluídas e discriminadas; temos direito a uma atenção intercultural bilingue», denuncia Maritza Rodríguez, do sudeste de Junín. «Os professores, na sua maioria, apenas falam castelhano», lamenta. As mulheres indígenas pedem uma educação intercultural bilingue que acabe com o racismo e a exclusão no Peru.
A saúde é outro sector problemático: apenas metade das comunidades contam com o apoio de um estabelecimento de saúde. A esperança média de vida é bastante inferior à média nacional; metade das mortes ocorrem antes dos 42 anos, 20 anos de diferença em relação ao resto da população. Também neste sector se verifica a necessidade de serviços multilingue. «É necessária a presença de tradutores nos hospitais para atender adequadamente a população indígena que não fala espanhol.
Fonte: http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=19462&sec=8
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