sexta-feira, 10 de junho de 2011

Policia Federal cumpre mandados nas aldeias de Dourados


Polícia Federal e Força Nacional deflagram operação conjunta na Reserva Indígena de Dourados contra o tráfico de drogas e armas. Segundo noticiaram, ontem, o Douradosagora e O Progresso, foram identificados pelo menos 40 pontos de venda de entorpecente nas aldeias Bororó e Jaguapiru. A informação foi confirmada pelo Observatório Indígena.

Na manhã desta sexta-feira, agentes federais se posicionaram em vários pontos da Bororó e Jaguapiru. Doze equipes policiais cumprem mandados de busca e apreensão e de prisões. Já nas primeiras horas de hoje foram apreendidas drogas e armas. Pontos de venda de droga foram fechados. O clima é tenso entre indígenas que temem um confronto entre traficantes e policiais. O Douradosagora e jornal O Progresso acompanham o andamento dos trabalhos.

Conforme levantamentos a ausência de policiamento ostensivo nas aldeias favoreceu a instalação do tráfico em dezenas de casas, muitas das quais foram tomadas das famílias como pagamento a dívida com traficantes. Por conta da facilidade em atuar na Reserva, nem mesmo as escolas e estudantes escapam das garras do narcotrárico.

As drogas chegam facilmente às salas de aula na Reserva indígena de Dourados. Na escola Tengatui Marangatú, professores convivem com o medo devido a falta de segurança.

Conforme o diretor da escola, Josias Aeda Marques, os alunos falam muito sobre uso de maconha e o estado de “nóia” que o entorpecente causa. Ele acredita que o ingresso dos adolescentes no mundo do crime, através dos traficantes que se refugiam nas aldeias, é evidente. “A venda das drogas é tão fácil nas aldeias que há relatos de alunos e pais sobre o envolvimento de adolescentes em esquema de disk entrega da droga”, lembra.

Foi preciso uma força-tarefa entre os educadores e direção da escola para evitar que o “mal” das drogas se espalhasse entre os alunos. O diretor da escola, Josias, contou à reportagem que logo que assumiu o comado da escola, em 2009, a situação era de caos. Alunos andavam livremente, segundo ele, com armas brancas e entorpecentes. Na época um aluno de 17 anos, viciado em drogas, teve que ser retirado da escola para tratamento médico, mesmo contra vontade.

Ele agredia com socos e tapas as crianças menores. Além disso, tentou agredir um coordenador”, conta. Segundo ele, a mãe informou na época que ele passou por tratamento, esteve internado, mas voltou ao mundo do vício e consequentemente ao crime. Segundo ele, outros casos foram registrados. “Os alunos são vítimas os pais alcoólatras ou viciados em drogas.

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