quinta-feira, 16 de junho de 2011

PF usa caminhão como delegacia em reserva indígena de Dourados


A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (14) a estratégia de usar uma delegacia móvel na aldeia Jaguapiru, em Dourados, a maior do estado. A equipe usou um caminhão, que foi estacionado em frente da escola Tengatui, posto que deve ficar em funcionamento durante quatro meses.

“Agora a gente está mais tranquila. Estamos dormindo mais, porque a gente sabe que eles estão aí”, disse a indígena da etnia terena Terezinha Mamed.

Por dentro, o caminhão vai funcionar como uma espécie de delegacia. Foi montado um escritório com energia elétrica, ar condicionado e computadores. No local serão registrados os boletins de ocorrência e os índios serão ouvidos sem que seja necessário sair da aldeia.

A Polícia Civil também vai trabalhar no veículo. Na aldeia Bororó não haverá um ponto fixo. A segurança será feita com viaturas. Os horários das rondas são estabelecidos com base nas denúncias que chegam. O policiamento não está de plantão 24 horas.

“Eu não sei se teremos condições (de permanecer) 24 horas, mas alternaremos os horários das atividades de acordo com a demanda“, disse o delegado da Polícia Federal, Vinícius Binda.

A operação Tekoha começou na sexta-feira (10) quando os policiais entraram nas terras indígenas. Três pessoas foram presas apontadas pela polícia como chefes do tráfico de drogas na reserva. A ação, agora, é voltada à prevenção contra criminalidade.

A indígena da etnia guarani Mônica Aquino nasceu na aldeia Jaguapiru e, aos 56 anos, já presenciou muita violência. “Moro sozinha, sou viúva, não aguentava mais. A gurizada andava com facão, foice revólver e até invadiram minha casa”, disse a moradora da aldeia.

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