Na
semana passada foi discutido na camâra de Dourados, o direitos,
deveres e a violências que as crianças indígenas sofrem, violências
físicas e sexuais.
A violência sexual, uma violência silenciosa que acontece na aldeia de Dourados. São poucos os casos que as pessoas buscam socorro, ou tomam providência.
Nesta semana caminhando pela aldeia presenciei um fato na aldeia, um casal de crianças, o menino devia ter cinco anos e a menina devia ter uns três anos, os dois caminhando pela rua sujos e com fome. Parei e perguntei as crianças onde estavam indo, depois de um silencio responderam que estavam indo para a casa da avó, pois em casa a mãe foi trabalhar e o pai estava surrando eles.
A menina tinha alguns hematomas nas costas, nos braços e nas pernas, e o menino estava com a boca machucada e hematomas nas costas. Eu disse que levaria eles até a casa da avó deles quando o pai chegou e levou eles novamente para a casa dele.
A violência sexual, uma violência silenciosa que acontece na aldeia de Dourados. São poucos os casos que as pessoas buscam socorro, ou tomam providência.
Nesta semana caminhando pela aldeia presenciei um fato na aldeia, um casal de crianças, o menino devia ter cinco anos e a menina devia ter uns três anos, os dois caminhando pela rua sujos e com fome. Parei e perguntei as crianças onde estavam indo, depois de um silencio responderam que estavam indo para a casa da avó, pois em casa a mãe foi trabalhar e o pai estava surrando eles.
A menina tinha alguns hematomas nas costas, nos braços e nas pernas, e o menino estava com a boca machucada e hematomas nas costas. Eu disse que levaria eles até a casa da avó deles quando o pai chegou e levou eles novamente para a casa dele.
Isso
é só mais um caso que as crianças indígenas sofrem na aldeia, há
vários outros casos assim como violência que sofrem na estrada, na
escola e outros.
Infelizmente
o que mais acontece e cima desses casos são os fatos de a mãe
esconder que a criança esta sofrendo violência física e sexual.
Na
camara de Dourados no momento que estava discutindo a violência
sexual que as crianças sofrem, apresentaram casos de crianças de
seis meses, sete meses, um ano, três anos, cinco anos, essa era a
idade das vitimas de abuso sexual dentro de casa pelo pai, tio ou
padrasto, casos de desespero, crianças com DST em estado bem
avançado.
Mas
a pergunta que não se cala é o que fazer? Essa violência é
silenciosas, os pais escondem, a mãe nega, e quem sofre é a
criança. Um trauma que as crianças irão carregar a vida inteira.
Depois
quando adolescentes terão medo de namorar, de casar, pois o trauma
permanece, o psicológico da criança tudo vira motivo de medo.
Outra
questão é a violência física, muitos na aldeia dizem que a crianças
tem que apreender logo cedo a trabalhar, então não é novidade ver
uma criança de seis, sete, oito anos lavando roupa, lavando louça,
serviços pesados de casa, as mães não deixam opção ou fazem o
serviço ou apanham.
De
acordo com a lei brasileira isso é crime, é proibido, os pais tiram
da criança o lazer, tira praticamente as boas da infância. O que
acontece com isso é que essas crianças não conhecem o lado de
brincar, o lado de rir, e sim de dor, choro, trabalho isso os faz
crescer como uma pessoa amarga. A única opção de lazer é a
escola, onde muitos pais ainda jogam a responsabilidade dos filhos
para a escola, a escola muitas vezes é a passagem boa na vida dessa
criança.
Mas
não basta só escrever, falar, discutir, o povo da aldeia tem que se
unir e construir juntos uma maneira de combater a violência física e
sexual que as crianças indígenas sofrem dentro da aldeia de
Dourados. Tem que ser uma ação de extensão, os brancos tem a sua
maneiras de combater, e é muito fácil chegar na aldeia com um modelo
pronto e implantar para o povo indígena, o problema disso é que não
há o resultado esperado, por isso temos que nos unir e criar nossas
maneiras de combate, uma maneira que vamos ganhar confianças das
mães, que muitas vezes não denunciam por ameaças que sofrem.
A
união faz a força.
Nossas crianças são indefesas, não sabem falar o que acontece, elas expressam isso com a face de tristeza e choro. E os pais precisam ter consciência e ter coragem e denunciar. Essa violência silenciosa não pode continuar assim,
Nossas crianças são indefesas, não sabem falar o que acontece, elas expressam isso com a face de tristeza e choro. E os pais precisam ter consciência e ter coragem e denunciar. Essa violência silenciosa não pode continuar assim,
“Desabafo
de uma jovem pedindo socorro as crianças indígenas da aldeia de
Dourados”
AJI
– Ação de jovens indígenas
Um comentário:
Ore mitã ko ko'êtî (nossas crianças são o nosso amanhecer)
Ore mitã ko ore ko'êtî
Ore mitã omboheñói ore ko'êtî (Nossas crianças fazem "brotar" nosso amanhecer
Precisamos mais que querer ajudar! nO bRASIL, aMÉRICA lATINA COMO UMTODO, ASITUAÇÃO É ultrajante, caótica! Aqui no SUL,Porto Alegre/RS,muitas crianças morrem SILENCIOSAMENTE, também abandonos,violências, detodo tipo!!! Tuberculose,entre outras enfermidades sem assistencia devida..É PRECISO MAIS QUE UM MUTIRÃO DE AÇÕES EM COLETIVIDADE, EM ESTADOS, MUNICIPIOS,GERANDO POLITICAS PÚBLICAS QUE SE CUMPRAM!!TAMBÉM! E NÓS, NOS UNIRMOS MAIS,porque existem ações derotina que a POPULAÇÃO PODERIA ENGAJAR-SE MAIS E ACABA NÃO SE ENVOLVENDO E NÃO SE COMPROMETENDO! Liana Utinguassu -Guarani
www.lianautinguassu.blogspot.com
www.yvykuraxo.org.br
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