quarta-feira, 18 de abril de 2012

Acusar fazendeiros pela morte dos índios Rolindo e Jenivaldo Vera é absurda, diz defesa


Os advogados Felipe Azuma, Felipe Mezacasa e Alberi Ramos que patrocinam a defesa dos fazendeiros Rui Evaldo Nunes Escobar, Fermino Aurélio Escobar Filho e Evaldo Luiz Nunes Escobar afirmam que as acusações imputadas a seus clientes “são absurdas”. Rui, Fermino e Evaldo são acusados de serem os mandantes do assassinato dos índios Rolindo e Jenivaldo Vera. O advogado Felipe Azuma afirmou já foi protocolada a defesa de Rui Escobar e aproveita para lembrar que os três acusados do crime “sequer deveriam ser denunciadas em razão da falta de provas mínimas para uma acusação tão grave”.
O CASO
No dia 31 de outubro de 2009 um grupo de aproximadamente cinquenta indígenas que haviam invadido parte da fazenda São Luiz de propriedade da família Escobar foram retirados por um grupo de pessoas desconhecidas que utilizou de violência. Após os indígenas terem saído das terras sentiram a falta dos professores Rolindo e Jenivaldo Vera. Depois de vários dias de buscas foi encontrado o corpo de Jenivaldo em um córrego próximo da sede da Fazenda São Luiz. Rolindo continua desaparecido até hoje. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia para a Justiça Federal de Ponta Porã contra seis pessoas no final do ano passado. Os dois primeiros membros da Família Escobar – Rui e Fermino – foram acusados de instigarem e auxiliarem os outros à prática do homicídio. Já os outros quatro denunciados, segundo a acusação, participaram da expulsão. Azuma esclarece que existem várias falhas no processo como, por exemplo, o fato de a perícia realizada no corpo de Jenivaldo não ter sido conclusiva quanto à causa da morte. Outra inconsistência apontada pelos advogados subsiste no fato de que as quebras dos sigilos telefônicos comprovaram que determinados acusados sequer estavam no local dos fatos e mesmo assim alguns indígenas disseram que os reconheceram. A defesa quando perguntada sobre o corpo que foi encontrado próximo à sede da propriedade, argumenta que a fazenda fica próxima do Paraguai, cerca de 500 metros, sendo assim, sés de fato, os acusados tivessem praticado os crimes, jamais eles teriam ocultado o corpo próximo da sede da fazenda em uma estrada movimentada onde, inclusive, na época dos fatos era a estrada de principal acesso à cidade de Paranhos (MS). “Isso é ilógico”, disse os advogados. “Houve muita pressão de ONGs (Organizações Não Governamentais”, inclusive internacionais, com envios de cartas ao então Presidente Lula pedindo a apuração do caso e o encontro de culpados a qualquer custo”, argumentou Felipe Azuma que continua afirmando que “são tão poucas as evidências contra os acusados que o próprio delegado da Polícia Federal que presidiu o inquérito policial opinou pelo arquivamento final”. “Se os indígenas possuem direitos humanos, os não-índios também os possuem. O que estão querendo fazer com os réus não é justiça e sim um julgamento
fonte :Dourados News.
Absurda se ele está desaparecido, é não sabe ninguém onde ele está, isso é mais preocupante.

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