Os advogados Felipe
Azuma, Felipe Mezacasa e Alberi Ramos que patrocinam a defesa dos
fazendeiros Rui Evaldo Nunes Escobar, Fermino Aurélio Escobar Filho
e Evaldo Luiz Nunes Escobar afirmam que as acusações imputadas a
seus clientes “são absurdas”. Rui, Fermino e Evaldo são
acusados de serem os mandantes do assassinato dos índios Rolindo e
Jenivaldo Vera. O advogado Felipe Azuma afirmou já foi protocolada a
defesa de Rui Escobar e aproveita para lembrar que os três acusados
do crime “sequer deveriam ser denunciadas em razão da falta de
provas mínimas para uma acusação tão grave”.
O CASO
No dia 31 de outubro de 2009 um grupo de
aproximadamente cinquenta indígenas que haviam invadido parte da
fazenda São Luiz de propriedade da família Escobar foram retirados
por um grupo de pessoas desconhecidas que utilizou de violência.
Após os indígenas terem saído das terras sentiram a falta dos
professores Rolindo e Jenivaldo Vera. Depois de vários dias de
buscas foi encontrado o corpo de Jenivaldo em um córrego próximo da
sede da Fazenda São Luiz. Rolindo continua desaparecido até hoje.
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia para a Justiça
Federal de Ponta Porã contra seis pessoas no final do ano passado.
Os dois primeiros membros da Família Escobar – Rui e Fermino –
foram acusados de instigarem e auxiliarem os outros à prática do
homicídio. Já os outros quatro denunciados, segundo a acusação,
participaram da expulsão. Azuma esclarece que existem várias
falhas no processo como, por exemplo, o fato de a perícia realizada
no corpo de Jenivaldo não ter sido conclusiva quanto à causa da
morte. Outra inconsistência apontada pelos advogados subsiste no
fato de que as quebras dos sigilos telefônicos comprovaram que
determinados acusados sequer estavam no local dos fatos e mesmo assim
alguns indígenas disseram que os reconheceram. A defesa quando
perguntada sobre o corpo que foi encontrado próximo à sede da
propriedade, argumenta que a fazenda fica próxima do Paraguai, cerca
de 500 metros, sendo assim, sés de fato, os acusados tivessem
praticado os crimes, jamais eles teriam ocultado o corpo próximo da
sede da fazenda em uma estrada movimentada onde, inclusive, na época
dos fatos era a estrada de principal acesso à cidade de Paranhos
(MS). “Isso é ilógico”, disse os advogados. “Houve
muita pressão de ONGs (Organizações Não Governamentais”,
inclusive internacionais, com envios de cartas ao então Presidente
Lula pedindo a apuração do caso e o encontro de culpados a qualquer
custo”, argumentou Felipe Azuma que continua afirmando que “são
tão poucas as evidências contra os acusados que o próprio delegado
da Polícia Federal que presidiu o inquérito policial opinou pelo
arquivamento final”. “Se os indígenas possuem direitos humanos,
os não-índios também os possuem. O que estão querendo fazer com
os réus não é justiça e sim um julgamento
fonte :Dourados News.
Absurda se ele está desaparecido, é não sabe ninguém onde
ele está, isso é mais preocupante.
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