Começa hoje em Nova York a reunião a reunião de
grupo de experts com o tema: Jovens Indígenas: identidade, mudanças
e esperanças: Artigos 14,17,21 e 25 da Declaração das Nações
Unidas sobre Direitos Indigenas.
Os experts são os jovens que representam as
várias regiões do mundo:
Latino América e Caribe-Tania E.Pariona Traqui
Pacific- Steven Brown
Europa oriental, Russia , Asia Central e
Transcaucasiana- Igor Yando
America do Norte Andrea Landry
Asia Meenakshi Munda
Africa- Matuna R. Niwamanya.
O objetivo é pressionar e forçar o Forum
Permanente e os Estados Membros da ONU para as condições em que
vivem os jovens indígenas do mundo.São aproxidamente18% da
população mundial
Nesse primeiro dia o tema foi identidade baseada
fortemente na questão preservação das línguas nativas como fator
preponderante para a manutenção desta.
Pessoalmente penso que isso é muito limitado,
pelo fato que não falamos mais de uma única identidade mas de
várias, resultado da super modernidade, a língua é um dos fatores
, mas não o mais importante, se pensarmos assim, isso pode
gerar até um tipo de preconceito em relação aos próprios
indígenas, veja o caso dos concursos dirigidos a eles, aqueles que
são indígenas e não mais falam a língua, automaticamente estão
excluído. Claramente é um preconceito, pois a identidade
inidgena esta em seu autoreconhecimento.
Outro tema tocado foi o suicídio, o jovem,
principalmente o que representa o ártico, fez um depoimento com voz
embargada. “O fato de estarem fora de todas as possibilidades que a
sociedade ocidental apresenta os faz se sentirem um NADA, e sendo
assim porque viver”?
A questão do preconceito da sociedade ocidental,
a falta de escolaridade e de qualquer formação faz com que esses
jovens se sintam mais a margem do que qualquer população. Mais uma
vez acrescento que o problema é mais complexo, o fato de estarem no
meio de duas sociedades, de serem rejeitados tanto interna quanto
externamente e estarem criando um “novo” lugar social-os jovens
solteiros, faz com que representem um momento de transição, e esse
sentimento carrega a percepção de um não pertencimento.
Bom amanhã continuaremos nessa reunião e
traremos mais pontos a serem discutidos.
Maria de Lourdes Beldi de Alcantara - Antropóloga Post-PhD
Representante da IWGIA
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