quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jovens Indígenas: identidade, mudanças e esperanças


Começa hoje em Nova York a reunião a reunião de grupo de experts com o tema: Jovens Indígenas: identidade, mudanças e esperanças: Artigos 14,17,21 e 25 da Declaração das Nações Unidas sobre Direitos Indigenas.

Os experts são os jovens que representam as várias regiões do mundo:
Latino América e Caribe-Tania E.Pariona Traqui
Pacific- Steven Brown
Europa oriental, Russia , Asia Central e Transcaucasiana- Igor Yando
America do Norte Andrea Landry
Asia Meenakshi Munda
Africa- Matuna R. Niwamanya.

O objetivo é pressionar e forçar o Forum Permanente e os Estados Membros da ONU para as condições em que vivem os jovens indígenas do mundo.São aproxidamente18% da população mundial

Nesse primeiro dia o tema foi identidade baseada fortemente na questão preservação das línguas nativas como fator preponderante para a manutenção desta.
Pessoalmente penso que isso é muito limitado, pelo fato que não falamos mais de uma única identidade mas de várias, resultado da super modernidade, a língua é um dos fatores , mas não o mais importante, se pensarmos assim,  isso pode gerar até um tipo de preconceito em relação aos próprios indígenas, veja o caso dos concursos dirigidos a eles, aqueles que são indígenas e não mais falam a língua, automaticamente estão excluído.  Claramente é um preconceito, pois a identidade inidgena esta em seu autoreconhecimento.

Outro tema tocado foi o suicídio, o jovem, principalmente o que representa o ártico, fez um depoimento com voz embargada. “O fato de estarem fora de todas as possibilidades que a sociedade ocidental apresenta os faz se sentirem um NADA, e sendo assim porque viver”?
A questão do preconceito da sociedade ocidental, a falta de escolaridade e de qualquer formação faz com que esses jovens se sintam mais a margem do que qualquer população. Mais uma vez acrescento que o problema é mais complexo, o fato de estarem no meio de duas sociedades, de serem rejeitados tanto interna quanto externamente e estarem criando um “novo” lugar social-os jovens solteiros, faz com que representem um momento de transição, e esse sentimento carrega a percepção de um não pertencimento.

Bom amanhã continuaremos nessa reunião e traremos mais pontos a serem discutidos.

Maria de Lourdes Beldi de Alcantara - Antropóloga Post-PhD
Representante da IWGIA

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