O projeto para alfabetizar alunos indígenas surdos está sendo divulgado pelo MEC em rede nacional como modelo de educação. A Reserva Indígena de Dourados ganhou destaque em todo o país. No vídeo, o MEC destaca o projeto piloto da Reserva Indígena de Dourados como um dos grandes avanços da educação brasileira. Entre os índios já em processo avançado de alfabetização está a terena Jéssica. A estudante do ensino fundamental aparece no vídeo do MEC dizendo através da linguagem de sinais que está muito feliz por frequentar uma sala de aula da escola regular e por saber que na aldeia há igualdade no atendimento educacional aos índios surdos.
2 comentários:
Eu sou apaixonado pela sua cultura, gosto de seu blog, uma grande iniciativa e, estou seguindo e acompanhando. Parabéns para todos, estou à disposição para ajudar da forma que puder, podem contar comigo.Um imenso abraço a todos, estarei na luta com vocês, com certeza...
Sempre acesso este blog porque o considero uma das mais belas iniciativas no segmento blogs indígenas. Sou poeta de cordel e fiz um poema para homenagear todos os índios do Brasil neste mês de abril e sempre. Fiquem à vontade para publicar no blog.
TRIBUTO AO ÍNDIO
Antes de nossa chegada
Como o índio era feliz!
Tinha a mãe natureza
Como suprema matriz
Da qual extraía a seiva
Necessária ao seu matiz.
A mãe natureza era
Ao extremo respeitada
Porque o índio entendia
Que sem ela ele era nada.
Neste tempo, Pindorama,
Realmente foste amada!
Não tinha poluição,
Queimadas, desmatamento.
Não havia inseticida.
Era puro, o alimento.
O globo sorria alegre
Livre do aquecimento.
O índio só extraía,
da natureza, a essência
A qual fosse necessária
À sua sobrevivência.
Tinha então com o meio
Perfeitíssima convivência.
Não tinha capitalismo
Selvagem ou domesticado.
Com união e respeito,
Todo mundo era tratado.
Cada índio tinha o seu
Espaço igual reservado.
Então chega o europeu
Com o "verdadeiro ideal"
De vida e se escandaliza
Diante do Natural.
Fareja a terra do índio
Como alvo principal.
O índio então vai cedendo
Iludido ou obrigado.
Entrega suas riquezas
Entre elas o legado
Cultural que invadido
Se torna fragilizado.
Quando o índio percebe
Deus! Já é tarde demais...
Os que se diziam amigos
Eram inimigos fatais.
Tomariam suas terras
Com covardia voraz.
Um minuto de silêncio,
Peço ao amigo leitor
Pelo massacre expedido
Que causara grito e dor.
Chamamos dizimação,
Esses atos de horror.
Sinto-me envergonhado,
Caro índio, nesse dia.
Sei que nenhuma desculpa
Vai curar a tirania
Praticada contra ti.
Teu sangue não silencia.
Mesmo assim peço perdão
Por todo o mal que te fiz.
Não é certo massacrar.
Dar vazão à cicatriz
Incurável em função
Da construção de um país.
Se for possível perdoe
Esta vã humanidade
Que se destrói dia-a-dia.
Para ela, na verdade,
O dinheiro e não a vida
Tem maior prioridade.
Percorro quinhentos anos
E ao povo índio contemplo
Na certeza de que ele
É o mais elevado exemplo
De vida a ser seguido
Pelo mundo em qualquer tempo.
Autor: Manoel Messias Belizario Neto
www.cordelparaiba.blogspot.com
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