terça-feira, 30 de março de 2010

UNB forma primeira aluna indígena


A Universidade de Brasília (UnB) acaba de formar a primeira aluna indígena. Maria Amazonir, da etnia Fulni-ô, recebeu o diploma de bacharel em Comunicação Social no último dia 17. A estudante está entre os 60 estudantes indígenas que entraram na UnB desde o convênio com a Funai, firmado no ano de 2004. Segundo Amazonir, agora a sua missão é mudar a forma como os indígenas são tratados pela mídia. Ela já trabalhava na sua aldeia, de forma amadora, organizando eventos e palestras para as crianças sobre conscientização dos seus direitos, mas não pensava em ser jornalista. “Era o que eu gostava de fazer e queria me profissionalizar nesta área. Mas a palavra ’jornalista’ parecia grande demais para a minha realidade. Quando mencionava, era ridicularizada pelos outros”, conta Amazonir. A tutora do Portal Educação, Thais Elena Carvalho, complementa que a determinação faz com que os sonhos possam virar realidade e torna a pessoa vencedora. Como formadora de opinião, a indígena pretende dar continuidade ao trabalho que começou com seu projeto de conclusão de curso, um programa para debater questões indígenas sob o ponto de vista do índio. “Não é justa a forma de como os meios de comunicação e principalmente a televisão tratam a imagem do índio. Não somos mais dependentes, somos capazes de desenvolver qualquer função social e/ou cultural que o não índio desenvolve”, defende. Projeto A UnB tem hoje 60 alunos indígenas, que entram por meio de convênio firmado entre a Funai e a UnB. A universidade disponibiliza as vagas e a Funai oferece bolsas de permanência, que variam entre R$ 150 e R$ 900. Em 2004, quando a parceria começou, os estudantes ingressavam por transferência facultativa. Desde 2005, a seleção é feita anualmente por vestibular específico, que ano passado teve 162 inscritos para preencher dez vagas nos cursos de Agronomia, Enfermagem e Obstetrícia, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição.

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