Ao lado dos principais nomes de seu grupo político, Marina Silva (PSB),
terceira colocada na disputa pelo Palácio do Planalto, participa nesta
sexta-feira (12) do lançamento de uma plataforma com sugestões de
políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do país.
Sem nenhum cargo público desde 2011, Marina vê nesse tipo de atuação uma
das maneiras de se manter como liderança da oposição, em contraponto ao
senador Aécio Neves (PSDB), segundo lugar na eleição presidencial.
Entre as medidas que a plataforma elenca como "prioridade máxima" para
os próximos anos estão uma nova forma de governança, a diversificação da
matriz energética, a reforma política e a educação em tempo integral,
propostas apresentadas em setembro pela ex-senadora em seu programa de
governo.
O documento foi organizada pelo IDS (Instituto Democracia e
Sustentabilidade), ONG fundada em 2009 e que, entre seus 37 associados,
tem ao menos dez nomes que atuaram na campanha de Marina, como o
economista Eduardo Giannetti e a educadora e herdeira do Banco Itaú
Maria Alice Setubal, a Neca.
"A novidade foi selecionar as propostas prioritárias que devem ser
implementadas", diz João Paulo Capobianco, presidente do conselho
diretor do IDS e aliado de Marina.
Segundo ele, as discussões para a elaboração do texto eram públicas e
estavam disponíveis na internet e, por isso, não foram incorporadas
somente pelo programa de governo da ex-senadora. "No projeto do PSDB,
por exemplo, havia ideias que coincidiam com as da plataforma."
Propostas como educação em tempo integral, prioridade do investimento
público na saúde e a reforma política foram bandeiras de Aécio.
A "Plataforma Brasil democrático e sustentável" é elaborada desde 2010,
com debates e colaboração via internet e a participação de 28 mil
pessoas, e terá a versão atualizada apresentada nesta sexta.
As propostas englobam sete eixos: cidadania, educação, economia, saúde, cultura, segurança e política externa.
O objetivo, explica Capobianco, não é encaminhar o documento para o
governo federal, mas "discutir políticas públicas prioritárias para a
sustentabilidade."
Durante o evento, Marina falará sobre gestão pública e reforma política com redução de cargos comissionados.
Marina tem se dedicado à nova tentativa de fundar a Rede
Sustentabilidade, partido que teve o registro negado pela Justiça
Eleitoral em 2013.
No sábado (6), 13.800 assinaturas foram entregues à ex-senadora para
compor a lista das 32 mil que ainda faltam ser enviadas e validadas pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
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