segunda-feira, 25 de março de 2013
Polícia retira indígenas de antigo museu, anexo ao Maracanã
Cerca de 20 índios que moravam no antigo Museu do Índio, ao lado do Maracanã, foram retirados do local pela polícia na manhã desta sexta-feira (22), após protestos em virtude de uma decisão da Justiça Federal que determinava a desocupação do prédio.
Os indígenas que moravam no imóvel aceitaram a oferta do governo do estado e serão transferidos para Jacarepaguá, na zona oeste. Com apoio de dezenas de manifestantes, eles deixaram o local pacificamente.
Eles serão transferidos para a Colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá, onde deverá funcionar o Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas, prometido pelo governo estadual.
Em nota distribuída na noite de ontem (21), além da transferência do índios para Curupaiti, com a promessa de preservar a cultura indígena, a Secretaria de Assistência Social também se comprometeu a criar um Conselho Estadual de Direitos Indígenas, que funcionará como órgão consultivo do estado para a formulação de políticas públicas para essa população.
O prédio estava cercado desde às 3h por policiais do Batalhão de Choque. Por ordem da Justiça Federal, o imóvel deveria ser desocupado ainda hoje (22), a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Olímpico e ampliar o escoamento do público durante a Copa de 2014.
Durante os protestos contra a desocupação nesta manhã, várias pessoas foram detidas por policias militares. O Batalhão de Choque, chamado para intervir, respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e jogou spray de pimenta nos manifestantes que protestavam na avenida Radial Oeste, ao lado do museu. Eles foram retirados à força.
Construído no século 19, o prédio abrigou o Serviço de Proteção ao Índio, comandado pelo Marechal Candido Rondon. Já como museu, o local teve entre seus diretores o antropólogo Darcy Ribeiro.
*Com informações da Agência Brasil
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