Valdmir Morales não anda sozinho e fala apenas palavras curtas, sequelas do traumatismo craniano que sofreu em 2006. A vida dele mudou depois de uma festa junina realizada dentro da escola da aldeia Jaguapiru. A mãe de Valdmir conta que um jovem entrou no local e bateu na cabeça do estudante com um facão usado para cortar cana.
De acordo com a Funai, este ano, oito índios foram assassinados. Com medo, estudantes só saem de casa acompanhados. A insegurança é grande, principalmente à noite.
Doze mil indígenas vivem nas aldeias da Reserva de Dourados. Atualmente as polícias civil e militar só entram nas aldeias Jaguapiru e Bororó depois de alguma ocorrência. Segundo o Ministério Público Federal, patrulhas de prevenção não são realizadas. Foi por isso que a procuradoria entrou com uma ação civil pública pedindo uma solução imediata para diminuir a violência entre os índios.
A Justiça Federal deu um prazo de 30 dias para ter policiamento constante na reserva indígena. A segurança terá de ser promovida com efetivo mínimo de 12 policiais. Caso a decisão não seja cumprida, a Funai e a União serão multadas em R$ 1 mil por dia.
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