O Rio Xingu é um símbolo da diversidade biológica e cultural brasileira. Ao longo de seus 2,7 mil quilômetros, ele corta o nordeste do Mato Grosso e atravessa o Pará até desembocar no rio Amazonas, formando uma bacia hidrográfica de 51,1 milhões de hectares (o dobro do território do Estado de São Paulo) que abriga trechos ainda preservados do Cerrado, da Floresta Amazônica e áreas de transição. A região das cabeceiras do Xingu no Mato Grosso é habitada por 18 povos indígenas, totalizando uma população de 10 mil índios que fizeram do rio a base de sua sobrevivência e de sua cultura. Cerca de 5 mil deles, de 14 etnias, vivem no Parque Indígena do Xingu, uma das terras indígenas mais conhecidas do País. A criação do Parque resultou do trabalho dos mais importantes sertanistas brasileiros, os irmãos Villas-Bôas. A região ao redor desse território legalmente protegido também é a casa de quase 300 mil não-indígenas. Boa parte dos produtores rurais que nela vive veio do Sul do País, a partir dos anos 1970, transformando-a em um importante pólo agropecuário.
A área, no entanto, está ameaçada. Grande parte das nascentes do Xingu está fora do parque, em local em processo acelerado de uso e ocupação do território. Várias nascentes já secaram por causa do desmatamento e das queimadas. Até 2007, na região, foram desmatados quase 300 mil hectares de matas ciliares – vegetação que margeia e protege os cursos de água.
O Rio Xingu Pede a sua ajuda!
Cresce a perspectiva de uma crise hídrica na região. Os produtores rurais têm relatado o aumento da erosão e a redução de fertilidade das terras. O assoreamento e a poluição estão provocando ainda a morte dos peixes. A longo prazo, a alteração do clima e a perda de biodiversidade também ameaçam todo o Estado do Mato Grosso. Lembre-se: você também pode colaborar para evitar que isso aconteça!
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