Coordenadores do projeto de Polícia Comunitária da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), órgão subordinado ao MJ (Ministério da Justiça), fizeram ontem uma inspeção na Reserva Indígena de Dourados, para conhecer as demandas por segurança pública das aldeias do município.
A avaliação técnica será usada como subsídio para que o ministério possa debater com o Governo do Estado sobre o convênio, que está em andamento, para que seja dada a continuidade no policiamento na reserva, ao final da Operação Tekohá da Polícia Federal, que deve terminar em menos de 60 dias. Como se trata de um território da união, qualquer ação desenvolvida pelo Estado deve ser feita através de convênio com o governo Federal.
“O Estado manifestou essa demanda e nós viemos aqui para fazer um trabalho técnico. O objetivo é conhecer a realidade local, para, a partir dessa avaliação, fazer com conhecimento a análise do projeto do Estado”, afirma Coronel Erison Pita, coordenador geral do projeto de Polícia Comunitária no Brasil.
A intenção é aliar essa necessidade local manifestada, com o projeto de polícia comunitária que já existe em todo o Brasil. “Os policiais fazem o trabalho ostensivo e preventivo, mas também mantém contato com a comunidade através de ações de cidadania e cursos”, disse Pita.
O ponto forte da ação são os cursos, assistidos por policiais e membros da comunidade. “Esses cursos são sobre temos variados, ligados aos direitos humanos e ministrados geralmente por professores universitários ou policiais”, disse o Capitão Márcio Mattos, coordenador de cursos do projeto de Polícia Comunitária.
O modelo considerado propício para atender a reserva, teria que passar por adaptações, já que seria o primeiro a ser implementado em uma comunidade indígena. O coordenador Pita, esclarece que a inspeção é um passo e não a garantia de que será implantado.
fonte:Fabiane Dorta
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