O prefeito de Dourados Ari Artuzi (PDT), que foi o anfitrião do encontro, não esconde a preocupação com uma possível demarcação de áreas produtivas. Ele se diz contra a demarcação da maneira como está sendo feita hoje no País.
Artuzi citou um exemplo recente, os 1.250 hectares de terras do Panambizinho que foram demarcadas e entregues aos índios, em detrimento dos colonos que viviam e produziam na região há mais de 50 anos. "Aquela região é um exemplo, as terras viraram capoeira, acabaram. Acho que os índios têm que ter suas terras para plantar. O governo tinha que adquirir terras para entregar às famílias indígenas, não simplesmente tirar daquele que já está produzindo e gerando renda para o município", opinou.
MARCO TEMPORAL
O advogado da Assomasul, Alexandre Bastos, lembra que as portarias devem ficar suspensas até transitar em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) o processo da demarcação da área Raposa Serra do Sol, em Roraima.
O "Marco Temporal", instituído pelo STF entende que são consideradas terras indígenas apenas aquelas áreas que estavam tradicionalmente ocupadas por povos indígenas até a proclamação da Constituição Federal de 1988.
De acordo com o advogado, no Estado a situação é ainda mais favorável aos proprietários rurais, já que enquanto em Roraima os índios tiveram suas terras ocupadas por produtores de arroz, em Mato Grosso do Sul os títulos são legítimos e a maioria tem mais de 50 anos.
Douradosagora
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