Há nove anos surgiu a AJI-Ação dos jovens indígenas de Dourados. Uma organização não governamental que trabalha na formação politica e social dos jovens indígenas Terena/Kaiowa e Guarani. Por essa ONG já se passaram muitos jovens, a AJI já formou uma equipe que trabalha agora nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
Nestes anos todos esses jovens vem lutando para ter voz na sociedade, enfrentando muitos preconceitos pela própria comunidade indígena adulta, mas isso não impede que os jovens sigam em frente e nestes anos, muitos talentos foram descobertos e a cada dia que passa os jovens se tornam mais maduros e responsáveis. Como diz o ditado tudo o que se planta se colhe e hoje os jovens trabalham com documentário produzindo mensalmente um jornal de 12 paginas, já realizaram o documentário Saúde Terra, Que País é este e já lançaram em 2007 o livro de fotografias da aldeia NOSSOS OLHARES, os jovens atualizam diariamente um Blog/fotolog e muito mais.
Hoje estes jovens da AJI estão trabalhando em mais um documentário, a equipe mais conhecida como colegiado trabalham no video cada um na sua função. É uma grande experiencia para a equipe, a cada entrevista que realizam uma nova descoberta. Para um universitário indígena não é nada facil se manter na universidade, pois há muitos problemas financeiros. Muitos deles passam anos longe de suas familias mas dizem que o sacrifício vale a pena. Hoje os universitários indígenas já estão acostumados com o preconceito que os brancos tem em relação aos indígenas, um dos problemas que enfrentam no mercado de trabalho ao concluírem a faculdade. Já no caso dos universitários que desistiram a maioria aponta as condições financeiras como o maior culpado pelas suas desistências.
A equipe caminha pela aldeia e em conversa com a comunidade descobriram que a realidade está a ponto de mudar, os pais e avós desejam um futuro que não tiveram para os seus filhos e netos, eles dizem que quando eram crianças tudo era muito mais difícil o que levou a maioria deles a não concluírem os seus estudos e hoje sofrem as consequências, uma dura realidade que hoje está mudando, hoje a maioria deles mantem os seus filhos nas escolas pois querem que eles sejam alguém no futuro, querem ver seus filhos formados e com o trabalho garantido, o que mais desejam é que seus filhos trabalhem na aréa da educação e na saúde.
Mas nem tudo é como parece, a equipe esteve frente a frente com o adolescente que não pensa em estudar ele tem apenas quinze anos e diz que quer ser um presidiário. Em meio a tanta entrevista perceberam que o esforço dos universitários é imenso, e a maioria com seus estudos pretendem transformar a realidade de suas aldeias. Este video com certeza fará muito sucesso, e irá mostrar entrevistas exclusivas com os universitários indígenas local e aqueles que vieram de outras cidades para estudar nas universidades de Dourados. Desde já a equipe agradece as universidades UEMS, UFGD E UNIGRAN por conceder o espaço para as filmagens. O video está a caminho, com certeza vai ser um belo documentário.
Acompanhe agora os depoimentos da equipe de filmagem:
Diretor: Alejandro Ferrari
Jornal AJIndo: Alejandro Ferrari:
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário