terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Acusados por três desaparecimentos, indígenas vivem apartheid em Humaitá

Índio tenta trabalhar na terra na região de Humaitá


Sob risco de morte e espancamento, índios evitam circular pela cidade onde são apontados como responsáveis pelo desaparecimento de três homens brancos
A cidade de Humaitá, no Amazonas, vive um apartheid. Em suas terras, nem os índios Tenharim, nem os Parintintin, nem os Jihaui podem pisar, sob pena de serem espancados e mortos. Não apenas por comerciantes e pecuaristas, mas por moradores que, como eles, vivem na pobreza.
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A suspeita de que indígenas seriam os responsáveis pelo desaparecimento de três brancos na região trouxe à tona uma teia de conflitos e contradições. O primeiro resultado foi a culpabilização dos indígenas, antes de qualquer investigação séria – cobrada por eles e pelos parentes dos desaparecidos. Em segundo lugar, vieram atos de violência. No rastro dessa desastrosa história em que a versão dos indígenas quase sempre é ignorada, há diversos – e antagônicos – pontos de vista. Em todos eles há uma denúncia em comum: a omissão do Estado.

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