As provas do vestibular indígena da UnB acontecem neste sábado, 16 de janeiro. Os locais e horário das provas podem ser consultados no endereço eletrônico . Ao todo, 162 candidatos concorrem a 10 vagas nos cursos de Agronomia, Enfermagem e Obstetrícia, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição.
Esta é a quinta edição do vestibular indígena. Além de Brasília (DF), a aplicação dos exames ocorrerá nas cidades de Barra do Corda (MA), Barra do Garças (MT), Ji-Paraná (RO) e Redenção (PA). Os candidatos fazem provas de Português, Literatura, Matemática, Biologia, Física, Geografia, História, Química e Redação. A diferença para o vestibular tradicional é que os indígenas respondem a menos questões.
Hoje, 44 alunos indígenas já estudam na UnB, por meio de um convênio entre a universidade e a Fundação Nacional do Índio (Funai). De acordo com as regras do convênio, os candidatos precisam apresentar documentos que comprovem sua ligação com comunidades e aldeias indígenas. “Não queremos sangue indígena. Queremos vínculo com as comunidades. E nosso maior desafio é esse, trazer os que vão fortalecer a cultura indígena depois”, afirma a diretora de Integração Acadêmica do Decanato de Graduação, Nina Laranjeira.
A terceira edição da revista DARCY traz uma reportagem sobre a difícil adaptação dos alunos indígenas ao cotidiano da universidade. Um dos relatos é o de Olavo Batista, aluno da Engenharia Florestal e membro da etni Wapichana. Antes de chegar à UnB, Olavo, de 40 anos, precisou pedir permissão ao cacique e assumir a promessa de voltar para ajudar a comunidade. Como já fez a amazonense Kátia Baré, de 26, aluna de Enfermagem. "Quando vou a Camanaus (a 852 km de Manaus), faço palestras sobre alcoolismo e hipertensão", contou Kátia a DARCY. Leia aqui a reportagem.
Estima-se que haja pelo menos 6 mil índios cursando o ensino superior no Brasil.
Agência UnB
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