O último final de semana foi marcado por algumas manifestações
isoladas na região da Grande Dourados. Uma delas no distrito de Itahum
onde a comunidade chegou a boquear a rodovia que demanda a Dourados no
sábado pela manhã. Em Itaporã também aconteceu uma manifestação na
sexta-feira. Outra manifestação, talvez a ultima de uma série que não
tem data para terminar irá envolver os povos indígenas que habitam as
aldeias Jaguapiru e Bororó. “Da mesma forma com que o governo irá
comprar a Fazenda do Bacha em Sidrolândia, nós também queremos que nossa
aldeia seja ampliada com urgente aquisição de fazendas vizinhas”, disse
o guarani, Leomar.
Últimos detalhes
Segundo esta mesma liderança uma reunião está marcada para os
próximos dias para definição dos últimos detalhes da manifestação que
deve novamente ser realizada ao longo da rodovia MS-156.
Espaço apertado
Os índios alegam que quando da demarcação das aldeias de Dourados, no
início do século passado as terras compreendiam da Aldeia Jaguapiru até
a região conhecida como Sardinha ou Tatuí já próximo a Coca-cola. Hoje
cerca de 13.000 indígenas das etnias Caiuá, Guarani e Terena dividem um
espaço de apenas 3.500 hectares as margens da rodovia Dourados a
Itaporã.
Na TV
Com as manifestações dos próximos dias eles querem chamar a atenção
do governo pela gravidade das consequências deste confinamento. “Até o
governador do estado reconheceu dias destes na TV que nós vivemos
confinados”, lembrou o indígena a atenta.
Sem invasão
Segundo ele o protesto será pacifico e não haverá nenhuma invasão.
“Nós não vamos invadir porque sabemos que o governo comprou a fazenda em
conflito em Sidrolândia, portanto o governo pode muito bem comprar as
fazendas vizinhas a nós, tá certo que não precisa incluir todas aquelas
que pertenceram aos nossos antepassados, ampliando a nossa reserva é o
que importa” encerrou.
Cheirando a novo
Pessoa atenta, Antônio Nascimento de Alencar, participa da coluna com
a seguinte opinião sobre o transporte coletivo de Dourados.
“Primeiramente quero parabenizar o prefeito Murilo pela conquista dos
recursos e aprovação dos projetos para investimentos na mobilidade
urbana em Dourados, sou usuário dos ônibus e acho que está na hora de
melhorar a nossa frota com ônibus novos, quem sabe com a melhoria das
linhas tenhamos o prazer inédito de entrar em um ônibus cheirando a
novo, falo com conhecimento porque não tenho carro, nem moto e todo dia
há mais de vinte anos sou usuário do transporte coletivo”
502 moradias
A atenta divulgou ontem com exclusividade que os recursos de R$ 52
milhões de reais do chamado PAC da Mobilidade Urbana começaram a render
bons frutos ontem quando o prefeito Murilo Zauith (PSB) assinou convênio
com a Caixa Econômica Federal para a construção de 502 moradias,
incluídas no pacotão de R$ 52 milhões de reais encaminhados pelo
prefeito de Dourados ao Ministério das Cidades desde 2011. São cerca de
R$ 80 milhões de reais em recursos já garantidos só com a Caixa.
Novo modelo
O novo modelo visa a execução de projetos que dêem melhores condições
de trafegabilidade e a circulação das pessoas e dos ônibus coletivos
visando a segurança dos passageiros e um estudo de novos abrigos (pontos
de ônibus) visa a comodidade e a dignidade do cidadão que depende do
transporte público.
Novos abrigos
Os primeiros investimentos também incluem a construção de 800 novos
pontos de ônibus em Dourados e a melhoria da condições de tráfego nas
chamadas linhas de ônibus que circulam no perímetro urbano em Dourados.
Com dinheiro literalmente em Caixa para trabalhar, o prefeito Murilo se
diz entusiasmado. “Estou muito feliz principalmente porque isso é
inédito para Dourados, inédito porque nunca Dourados teve tanto volume
de recursos sendo liberados assim de uma só vez, são recursos que foram
conquistados com muito trabalho, estudo, planejamento e determinação”
Com liberdade
O alerta da Associação Comercial e Empresarial de Dourados, aliado ao
trabalho dos Fiscais de Postura do município fez com que a exposição de
mercadorias nas calçadas praticamente fosse eliminada no comércio da
área central de Dourados. Hoje se anda com liberdade na Marcelino Pires
graças a eficácia da Lei 1067/79.
Costume de expor
Ao ser procurado ontem pela atenta o Fiscal de Postura da Prefeitura
Municipal, Luiz Carlos Lopes, o “Palomita” disse que o trabalho da
fiscalização tem flagrado e multado poucos comerciantes nos últimos dias
e isso se deve a conscientização dos comerciantes em retirar os seus
produtos do espaço que é destinado a circulação de pessoas. A
fiscalização intensa teve início desde o ultimo dia 26 de junho. Expor
mercadorias em calçadas fazia parte de um costume de grande parte dos
comerciantes em Dourados, mesmo diante de uma lei proibindo esta
prática.
Vencido e escondido
Outra pratica antiga segundo o fiscal de carreira Luiz Carlos Lopes
tem sido o funcionamento de estabelecimentos comerciais sem o alvará de
funcionamento. Luiz Carlos alerta que não basta estar com o alvará em
dia. É necessário também que este alvará esteja em local visível. “Temos
nos deparado com comércios que não expõem o alvará de maneira que o
documento se torne visível, é bom lembrar que alvará vencido ou
escondido é o mesmo que não ter alvará”, encerrou o fiscal de postura.
Atenta - César Cordeiro
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