terça-feira, 29 de julho de 2008

O futuro da aldeia







É muito difícil imaginar o futuro da aldeia, pois cada vez está mudando. Caminhando pela divisa da aldeia eu percebi que as casas que estão vindo da cidade estão cada vez mais próximas da aldeia, ou seja cada vez mais a cidade vem engolindo a aldeia, então dá para imaginar como será a aldeia daqui a trinta anos.
Na minha opinião , na minha imaginação vamos ter no futuro uma aldeia urbana ou uma favela, imagine só se hoje cada vez mais os homens vão para as usinas pois é a única oportunidade de trabalho para eles e com isso os facões que usam para cortar canas está aumentando na aldeia, ou seja eu chego a conclusão de que vai virar uma favela super violenta , e também terá muito desemprego pois se hoje a única oportunidade de emprego para os homens são as usinas e como este tipo de trabalho já está com dia marcado para acabar pois as maquinas irão substituir a mão de obra. E se hoje para se ter um bom emprego é necessário que tenha um bom nível de escolaridade eu imagino que a situação vai se agravar ainda mais pois nos dias de hoje muitos jovens estão deixando de estudar para irem nas usinas. Como vão viver, como irão plantar, se hoje as terras já não são mais suficientes para cada um e cada vez mais estão sendo construídas casas uma perto da outra, hoje são aproximadamente quinze mil índios na aldeia, e a população continua crescendo, o futuro da aldeia de Dourados está ameaçado.
Vivemos entre as cidades Itaporã e Dourados, mas a cidade de Dourados fica mais próxima e está engolindo a aldeia mais depressa, o que será das nossas crianças que estão chegando hoje, como vai ficar a cultura, será que as futuras crianças ainda serão registradas como indígena, ou pelo menos vão ter o básico da língua materna nas escolas.
E a FUNAI o que vai virar, se hoje este órgão que se diz Fundação Nacional Do Índio não realiza mais nada e está cada vez mais extinta o que vai virar eu dou uma sugestão
talvez pode virar FUNADI - Fundação nacional dos descendentes de índios.
Olhando pelos dias de hoje nós dependemos muito da sociedade branca apara sobreviver, para se vestir, para ir para as universidades, para trabalhar, etc, tudo isso realizamos ou pelo menos grande parte é realizado fora da aldeia.
Caminhando pela própria aldeia, nas entradas da aldeia percebo que há muitas mercearias, muitos bolichos daqui a trinta anos essas mercearias serão mercados.
Também há muito movimento de comerciantes brancos que entram na aldeia para pegar os aposentados e pensionistas em suas casas para fazer compras em seus comércios e com isso tiram muito dinheiro dos indígenas, pois o produto é mais caro e ainda é a aprazo e o indígena fica devendo mais que o seu salário, isso é uma maneira de ganharem dinheiro e ter "garantia do cliente"
.
Muitos indígenas na aldeia não usam mais a bicicleta ou a carroça para seus afazeres do dia dia e sim ocupam as motos e carros, pois ganham um bom dinheiro nas usinas e investem em motos e aparelho de som, e com isso a cada dia que passa aumenta o transito na aldeia e cada vez mais violentos pois crianças passam a dirigir motos e quando é adulto a maioria não tem carteira de habilitação.
Leia com muita atenção e inspire nesse texto e imagine como será a aldeia daqui a trinta anos será que vai só restar lenbranças como a foto abaixo??!!!!!!















JAQUELINE GONÇALVES PORTO
18 ANOS-kaiowá






segunda-feira, 28 de julho de 2008

A noite na aldeia

Quando começa a escurecer os jovens começam a sair para irem no baile, alguns jovens chegam a fugir dos pais, como dizem eles "dar um rolé", muitos andam sozinhos eles tem aproximadamente de nove a dezoito anos, a maioria andam armados, a principal arma é o facão (ou podão-que é a maneira de eles chamarem). Os indigenas são concientizados do perigo que correm mas mesmo assim eles andam arriscando as suas própias vidas só para se divertir, eles bebem, fumam drogas e injetam na veia.
A violencia está tomando conta e muito sangue é derramado não há controle.

A minha opinião é que os jovens tenham um lugar e alguma coisa para se ocupar.




Miciano Bruno Alves Garcia-12 anos

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O que vamos fazer???


O transito na aldeia de Dourados está cada vez pior, os onibus estão envadindo a aldeia, cada vez mais está aumentando e está cada vez mais violento, pois não há regras e esta tendo muitas motos e carros dirigidos por própios indigenas e sem a carteira de habilitação, mal se pode andar nas estradas da aldeia, muitas pessoas estão com problemas de saude , pois a poeira é imensa onde a maioria dos casos são problemas respiratórios, é muito ruim. Quando a noite começa a cair na aldeia só se ve poeira nas estradas, pois é neste peiodos que passam infinitos onibus que trazem os trabalhadores rurais para suas casas. É um horror!!! Até quando vamos aguentar isso???



Jaque-kaiowá
18 anos

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Estamos de Férias



Olá galera, é já com muitas saudades que devo anunciar que estamos entrando de férias.
Mas desde já deixamos bem claro que logo vamos estar de volta, só vamos dar um tempinho
Para sentirmos mais um pouco de saudades, e deixarmos a AJI com um gostinho de quero mais,
Não que estamos cansados, longe disso é claro, mas é que precisamos desse tempo, mas não se preocupem a gente também não vai parar com tudo, vamos continuar com as aulas de dança que estamos promovendo no NAM da aldeia jaguapiru, e espero nos encontrarmos lá...conto com vocês!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Poluição sonora na aldeia


É ano de eleição e na aldeia não poderia ser diferente, ontem mesmo já tinha propaganda de candidato, o problema é que o carro de som foi sair a noite e estava muito alto, já não basta os finais de semana que é som dia e noite, ainda vem isso!!!!!!! é para acabar!!!!!!! A poluição sonora na aldeia é demais, o problema que não tem para onde reclamar!!!! pois lá não existe lei!!!!! Cunha poty Rory

Um pequeno olhar mas que todos passaram a conhecer


jovens da AJI no lançamento em-SP
Uma pequena história da AJI antes e hoje: A AJI tirou muitos jovens da perdição em meio a tantos problemas os jovens da aldeia de DouradoDouradoss tinha um refúgio. No começo esse era o nosso principal objetivo ter atividades para os jovens se ocuparem, então vinha d a aldeia as três etnias :Terena, Kaiowá e Guarani, ainda não era AJI mas estava no caminho, e os jovens participavam de muitas atividades ,eram atividades variadas, e assim passaram por muitas atividades mas sempre adquirindo experiências, mas tudo isso que estava acontecendo precisava ter um nome então ficou definido em 2003 que a entidade se chamaria AJI -ação dos jovens indígenas de dourados e neste meio a nossa coordenadora e fundadora do projeto Maria de Lourdes Beldi De Alcântara trouce para Dourados oficina de audiovisual, no começo das oficinas os jovens tinham mais era curiosidade, mas mal sabiam que essa seria a nossa arma principal para dar a volta no mundo então as atividades estava ficando cada vez mais sério e a primeira turma que fez a oficina começou a tirar fotos da aldeia cada um com seu tema, as fotos ficaram muito boa.
Então seguimos em frente e começamos a receber criticas das lideranças da aldeia,pois perceberam que os jovens estavam tomando a frente e levando o nome do seu povo aonde iam e como nunca aconteceu isso na aldeia e os jovens cada vez mais iam tomando a frente as lideranças começaram anos criticar, mas isso não nos atingia pois o nosso objetivo era aprender e voltar para a aldeia.
Passaram se os anos e o resultado dessas oficinas foram um livro que se chama "Nossos Olhares", e foi lançado em 2007 na capital de São Paulo.
foi um sucesso.
E logo após tivemos muitas conquistas lançamos vídeos, produzimos documentários,produzimos um jornal mensal, fazendo viagens para fora do Brasil levando o nome do povo indígena de Dourados e tudo está sendo uma conquista para nós. É UM ORGULHO FAZER PARTE DA AJI .
E ainda este ano a AJI passa a trabalhar apenas com documentários, vídeos e jornal. Ainda há muito que se realizar.
Isso tudo "AJI EM AÇÃO "!!!!!
cunha aranduhá




O lixo na aldeia


O lixo na Reserva de Dourados é um problema muito serio. Nas aldeias de Dourados não tem um sistema de coleta nem um destino certo para o mesmo. Para uma população com aproximadamente 15 mil pessoas, imagina o quanto lixo é produzido diariamente! Para se ter uma idéia neste ultimo final de semana teve a festa julina da aldeia Jaguapiru, a quantidade de lixo que produziram lá não foi pouco, e para onde vai todo este lixo? O lixo afeta a saúde não só das pessoas, mas do ambiente também, pois ele fica deteriorado, sem vida. A reserva de Dourados já não possui muito recursos naturais, mas nem por isso ela tem que ser deixada de lado, porque é isso que dá a impressão, o lixo é um exemplo do tamanho do descaso coma população indigena de Dourados, uma reserva com população acima de muitas cidades, sem condições básicas de sobrevivência, a impressão que se tem é que os colocaram nesta reserva federal e os deixaram a própria sorte, condicionados a viver de esmolas do governo federal, pois é isso que o governo faz, dá esmolas como é o caso da sexta básica. O que será preciso para que o governo olhe para esta população, sem demagogia, mas com resultados. É muito fácil traçar estratégias que desviam a atenção da comunidade indígena, como eventos pontuais sem retorno e sem continuidade, mas isso precisa parar pois eles não são marionetes para ficarem sendo enganados e manipulados, enquanto seus direitos e reias interesses estão sendo violados. Seria tão fácil se pararem de investir em eventos e questões menos urgentes, para pelo amenizar problemas como a questão do lixo!!! que também é uma questão de saúde!!! Cunha Poty Rory

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ISSO É MÉDICO???


Fui ontem até o hospital de urgência e trauma em Dourados onde cheguei no local era 06:30 da tarde onde só fui completamente atendida as 11:00 horas da noite e fui só uma das pessoas que fique horas a espera de uma consulta e o médico nem sequer ligava estava na sua sala no horário de trabalho conversando uma enfermeira sobre assuntos que não tinha nada a ver com o trabalho.
E uma falta de respeito o atendimento é muito ruim, se tivese alguém a "beira da morte" havia morrido.

JAQUELINE-18 ANOS

JOVENS EM AÇÃO

Jaqueline,
Maria-Boliviana,
graciela,
Marcos terena,
Emersom,
Natalia no "video indio Brasil" em Campo Grande>




A AJI agora está de nova cara, assumindo cada vez mais e seguindo em frente os jovens passam a trabalhar apenas com documentário, com a apresentação do video da AJI em Campo Grande, pude sentir que o documentário e tudo para nós hoje, através dele outras pessoas ficam conhecendo a nossa realidade seja ela boa ou ruim, eu não tenho vergonha da minha realidade pelo contrário encaro ela de frente e luto pelo meu povo. Outra vez caminhando pela aldeia encontrei com uma mulher e ela me criticou, dizendo que os jovens produz jornal mensal onde há materias que diz sobre o alcoolismo e outros assuntos fortes a respeito da aldeia e que todos ficam pensando que todos os Índios vivem como diz o jornal, ela disse mais ainda que tem vergonha, então eu disse para ela que isso não é mentira é a realidade e é melhor que seja esvrita por uma pessoa da aldeia do que ser uma pessoa de fora que mal conhece a nossa realidade e ainda publica matérias, imagens fortes e ninguém faz nada.
É por isso que hoje estamos trabalhando cada vez mais com a comunicação, produzimos documentários , jornais, estamos tendo uma formação de jornalismo, e é um orgulho para nós ver as pessoas desfrutando do nosso trabalho. No festival video indio Brasil em Campo Grande o video AJI foi elogiado pelo publico e tinha muitas pessoas de fora que ficaram conhecendo a aldeia de Dourados através da AJI.
A nova cara da AJI vai ficar entre os melhores momentos que já passamos AJIndo. Ainda há muito o que irá acontecer só este semestre, e lá vamos nós sempre em frente>

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pensamento Jovem - Ser jovem

Ser jovem independe da idade, do passar dos anos. Ser jovem tem vínculo direto com a capacidade de sonhar de cada um, com a forma que enxerga o mundo, com a garra ao enfrentar dificuldades, com a vontade de evoluir, com a criatividade, com a alegria que carrega nas suas expressões e ações do dia-a-dia.
Ser jovem é ser mutante, é movimento, ação, coração, sonho, magia, esperança de dias melhores. Uma linda música de pode nos fazer refletir sobre a nossa capacidade de viver a juventude, de ser jovem eternamente, independente do tempo. Ser jovem só “depende de nós...”

Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se este mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá..

Ana Claudia de Souza

terça-feira, 1 de julho de 2008

Indio Brasil



Aconteceu no dia (23), às 19 horas, no CineCultura, em Campo Grande o festival "Vídeo Índio Brasil". O evento aconteceu em três cidades: Campo Grande, Dourados e Corumbá. A aji esteve presente no festival não só para participar mas também para apresentar, foi passado um documentário que foi produzido pelos jovens da AJI na qual foi bastante debatido, pelo povo local, além do nosso video foram passados muitos documentários, foram sete dias de festival, foi uma grande encontro de cineastas, e neste meio o cinegrafista bororó Paulo Kaduldeba ministrava a oficina com jovens durante o festival onde saiu um pequeno video fruto desta oficina, teve muitas mostras, oficinas, seminários, exposição e uma programação com produções indígenas e filmes focados na temática. Não participamos de todo o festival em Campo Grande, por que o documentário feito pelos jovens já tinha data marcada para passar em Dourados, tivemos que ir para Dourados, chegando no festival fiquei surpresa pois o festival realizado foi muito mau organizada, o local, os equipamentos, etc. E uma das diferenças é que em Campo Grande não tinha muitos indígenas na plenária mas o organização estava melhor e em Dourados a maioria da plenária era indígena. Mas foi legal participar, pois hoje os meios de comunicação é a nossa arma.