quinta-feira, 26 de abril de 2007

Movimento das Mulheres Indígenas

No dia 13 de abril, fomos convidados a participar de um movimento que aconteceria em Campo Grande.
O mais legal foi que a dona Edite participante do conselho indígena das mulheres veio até a casa da aji nos convidar, sem contar que a aji forneceu os cartazes para ajudar na manifestação, mas tudo foi muito legal.
A gente saiu da aldeia as 5:00, com o ônibus das lideranças indígenas , estavamos acompanhados por vários deles , e todos nos trataram muito bem.
Chegamos em Campo Grande as 10: 00 horas da manhã , e fomos direto para a praça onde se encontravam todos os manifestantes e o que achei muito interessante foi: que tinha nome de movimento das mulheres. Não era só das mulheres, mas sim de homens, jovens, e até crianças e também não era só indígenas, mas sem terras, sem tetos, estudantes úniversitários e desempregados, estavam presentes índios de várias aldeias como Caarapó, Panambizinho, Amambai, Buriti e vário outros povos.
Quando chegamos em Campo Grande já se encontravam vários povos, nos organizamos com nossos cartazes, e saimos pelas ruas mais movimentadas de Campo Grande, caminhamos até a outra praça onde teria palanque e espaço para cada representante de sua comunidade.
Mas acabou sendo mas um discurso contra o governo atual(André), foi lá onde cada comunidade teve oportunidade de criticar sobre tudo que o governo tirou das comunidades carentes, bolsa familia, bolsa universitária, cesta básica etc.
De lá fomos de ônibus até a FATMS, não sei bem o que era, acho que uma casa de professores, enfim foi onde almoçamos, logo depois foi aberto um debate no próprio local onde todos os líderes apresentaram suas comunidades e expuseram os problemas e as dificuldades que cada um enfrenta, no meio dessa discussao foi escolhido uma equipe de algumas pessoas para ir para Brasília no abril indígena e também foi feito um documento em nome de todos que é claro que teve a assinatura de todos que estavam presentes, um pedido á favor do parque das nações indígenas, depois disso jantamos ali mesmo no local. As 20:00 horas pegamos a estrada de volta para Dourados e chegamos as 23:00, mas valeu a pena pelo menos pra mim, foi super legal.


Ana Claudia de Souza
Guarani

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Batismo do milho

Estivemos na aldeia Panambizinho no dia seis de abril para nos juntar com os indigenas locais e prestigiarmos a festa do milho. O batismo do milho é um ritual muito sagrado onde os caciques rezam para terem uma boa colheita e para que a próxima plantação de milho não tenha problemas .Pois na reserva eles não usam veneno contra as pragas, mas sim o benzimento.
A festa do milho foi durante três dias, havia a xixa que é uma bebida comum entre os indígenas, ela é preparada pelo milho colhido da roça. Hoje isso é muito raro nas aldeias, poucas pessoas participam dos rituais , pois a maioria da geração de hoje não preserva mais a sua cultura a sua língua materna e outros .
Agradecemos ao seu Luí que nos recebeu com tanto carinho juntamente com sua esposa Cida, e por essa linda festa do milho .

Jaqueline Gonçalves
kaiowá

O que é ser jovem na Aldeia de Dourados

Ser jovem na reserva de Dourados, é encarar vários problemas, mas é claro que não e só isso, também temos o lado bom.
Nos fins de semana, ser jovem pra mim é poder ir fundo em tudo que temos oportunidade de aprender, ser jovem de uma maneira que possamos aprender, buscar fundos, em algo que de uma forma me possa ser útil.
Obs:Ser jovem para mim dentro da Aldeia é encarar a vida de um modo muito difícil; por conta da violência, drogas, preconceito,bebidas alcoolicas, é um problema porque fechando ou não os olhos para não ver e os ouvidos para não ouvir, dentro da aldeia existe problemas sim.
Os jovens que cresceram sem nem um incentivo, ou seja sem instruções, infelizmente passaram, ou são vítimas desses problemas.
A bebida existe dentro da aldeia, e ela é a principal causa da violência, que de uns tempos pra cá, vem sendo motivo de preconceito, dentro e fora da aldeia.

Ana Cláudia de Souza
Guarani

quinta-feira, 5 de abril de 2007

As cestas básicas na aldeia

Hoje com a falta de alimentos na aldeia a população indigena está passando grandes necessidades . Este ano os indigenas não estão tendo garantido o segurança alimentar do governo e por conta disso há muitas familias passando fome , familias com renda mensal baixa , desempregadas e que temem pela falta de alimentos na aldeia.
Os índios recebem cestas básicas da FUNASA e estas não foram distribuidas por alguns meses e então a população indigenas ficou revoltada . O desespero de familias implorando por alimentação é imenso , nos utimos dia aqui na aldeia de Dourados houve mortes de crianças indigenas por desnutrição .
Mas até que enfim a cesta básica da FUNASA foi distribuida uma cesta básica de aproximadamente 40 kl para familias com crianças menores de sete anos e vinte cinco kl para outras familias . E finalmente o sorriso a alegria das familias ao pegarem a cesta básica voltou . Uma mulher indigena disse emocionada ''...hoje estou feliz por que hoje tenho comida para comer e tratar dos meus filhos ...'' e ainda ouvi um funcionario da FUNASA dizer ''se fosse uma reza não tinha tanta gente assim ...'' isso não é uma questão de cultura maa sim de necessidade .
Mas e a cesta básica do governo ? eles prometeram tanto que até hoje ninguém recebeu a cesta básica do governo pois a fome não espera .
A TEORIA É BOA MAS A PRÁTICA....................................!

Jaqueline Gonçalves - Kaiowá