quinta-feira, 26 de junho de 2008

Vídeo Índio Brasil 2008

Com apresentações de produções indígenas. além disso estão ocorrendo oficinas e seminários. As escolas indígenas de Dourados estão marcando presença e assistindo as produções que estão sendo passadas.
A AJI- Ação dos Jovens Indígenas teve suas produções selecionadas e mostrarão suas obras no dia 27 sexta-feira. O curta Que país é este e o documentário Saúde Terra. São um dos destaque para noite de amanhã pois são produções feito por jovens da aldeia de Dourados, segundo uma das câmeras que atuou, ” estamos felizes pois não é a primeira vez que nosso trabalho vai a público, mostrando assim que nosso trabalho vem sendo reconhecido". O curta tem duração de dez minutos, e é um vídeo denúncia que os jovens realizaram devido ao fato que ocorreu na aldeia Porto Cambira. Essa Aldeia esta sendo retomada e devido a isso ocorreu um confronto entre policiais e indígenas, e como sempre os indígenas saíram como “vilões” da história, e o vídeo denúncia teve como objetivo mostrar o outro lado da história, porque a mídia local havia condenado os indígenas àquela vez como selvagens e truculentos, em visto disso realizamos esse trabalho que teve uma grande circulação na cidade, pois os não indígenas estavam com medo dos verdadeiros brasileiros. E nós colocamos a população local para ver o que realmente havia acontecido.
O documentário Saúde e Terra enfocou a desnutrição que estava enfoco na época, foram dois grande trabalhos que os jovens realizaram para ajudar a comunidade e a si mesmo.
Esperamos que todos prestigiem nosso trabalho.

indy.ramires@gmail.com

Ser Índio

É ter no sangue o amor
À sua raça
É não esconder a própria
Identidade
É ter um pedaço de terra
É pertencer a uma massa.

É não padecer na desgraça
É então sobreviver
É devolver ao seu povo a
Paz e a justiça, em meio às ameaças.

Ser índio
É preservar a natureza
Sem explorar a mãe-terra
É tentar conservar
Toda essa beleza!

OS ÍNDIOS

Rugendas

OS ÍNDIOS

Poema de Antonio Miranda




I



Também vieram de longe

e plantaram raízes

imemoriais

no jardim de sua eleição

desde a diáspora primeva

da Criação.



Não sabemos se temos

a mesma origem

ou se nascemos já divididos

disputando o mesmo espaço.



Descimentos e preamentos

bandeirantes

dizimaram e escravizaram

índios sem religião

como animais

errantes.





II



Os sobreviventes estão

confinados em reservas

como num zoológico humano.



Duas culturas não podem

ocupar o mesmo lugar:

ou o índio é integrado

à sociedade

e perde a identidade tribal

ou refugia-se na comunidade.



Garimpeiros, pecuaristas

seringueiros e extrativistas

(caraíbas)

avançam com moto-serras.



O índio não é ambicioso

nem ocioso.



A terra é a existência do índio

-terra de todos, comunitária

terra que é partícula

em movimento e assimilação.



Terra e índio: um vive da outra.

Mãe e filho, indivisíveis.



Terra sagrada

de húmus vivo e fértil

de seus antepassados

com que o índio abona

o inhame, o cará e a taioba.



Em que cultiva, caça e pesca

e colhe, apenas quando

e quanto necessita.


Ana Claudia de Souza

terça-feira, 24 de junho de 2008

Os Videos Foram Selecionados

Os dois videos da AJI foram selecionados para o festival "Video Indío Brasi" em Campo Grande, a joven indigena Graciela Pereira de Souza que participou das filmagens foi até Campo Grande para representar o video,e também a AJI. E estamos muito contentes pois não é a primeira vez que nosso video é selecionado,e além disso é só mais uma conquista para gente, pois mas uma vez estamos vendo o resultado do nosso trabalho. Espero outros momentos maravilhosos assim possam vir até nós.


Ana Claudia de Souza
Etnia, guarani

terça-feira, 17 de junho de 2008

Raposa Serra do Sol



Raposa Serra do Sol, está situada no estado de Roraima, ao norte do Brasil, na fronteira com Venezuela e Guiana. Nela vivem 18.992 indígenas dos povos Macuxi, Wapixana, Taurepang, Patamona e Ingarikó, distribuídos em 194 comunidades, ocupa 7% da extensão do estado; antigamente era 100% habitada pelos povos indígenas.As comunidades indigena deste loca estão em pé de guerra, estão lutando para que suas terras sejam reconhecidas com muito sofrimento e sangue.
A homologação assinada em abril de 2005 não foi cumprida, a luta pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol é emblemática para todo o Brasil. Por isso, é importante destacar que se a decisão do Supremo Tribunal Federal for a favor dos invasores, abre-se um precedente gravíssimo na legislação brasileira. Todas as terras indígenas do Brasil, já demarcadas, homologadas e registradas, poderão ser contestadas e revisadas. Isto seria um grande retrocesso nos direitos indígenas, conquistados e consagrados pela Constituição Federal, direito internacional: Convenção 169 da OIT e declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, as terras indígenas da Raposa Serra do Sol, que ocupa território de três cidades de Roraima, são alvo de contestações judiciais e disputas entre índios e fazendeiros. Nos últimos dias, a resistência de produtores de arroz da região tem aumentado, levando a conflitos armados. De acordo com avaliações da Funai, a demarcação das terras, de maneira contínua, garantirá a sobrevivência e preservação da cultura destas tribos.


Os últimos acontecimentos reforçam o entendimento da Suprema Corte brasileira sobre a urgência do julgamento do mérito do processo para uma decisão definitiva sobre a desocupação da área.
É uma questão lamentavel e dolorosa para os povos indigenas, e pelo que está acontecendo a luta continua!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

III Copa Feminino GUATEKA

Na aldeia Bororó do município de Dourados esta sendo realizado a III Copa GUATEKA de futebol feminino. Onde as meninas estão colocando suas habilidades em pratica, foram 10 equipes inscritos no campeonato. `` é um momento de diversão onde não tem diferença de etnias, somos todas iguais no campo, ate mesmo as não indígenas participam com agente, elas jogam bem mais vamos tentar ganhar delas, declara uma jogadora``. Na Copa participam equipes de não indígenas vindo de outra cidade. Eventos como esse mostra que as aldeias de Dourados não são apenas, drogas, alcoolismo, suicídio e violência. Como todo ser humano, temos nossos momentos de lazer. E com isso os parentes das aldeias Jaguapirú e Bororó, passam a ganhar tendo um maior intercambio entre eles, assim conhecendo-se. As opções de lazer são poucas, a cultura em meio disso nunca é deixada de lado.
``não bebo mais desde que comecei a jogar, se eu beber não vou conseguir jogar bem``, exclama uma jovem.

indy.ramires@gmail.com

terça-feira, 10 de junho de 2008

Jornal AJIndo inspira jornal douradense



A edição 9 do Jornal AJIndo, publicada na semana passada, inspirou um jornal douradense. A matéria que serviu de inspiração foi esta:

PARE! CUIDADO COM ELAS...

Como na aldeia não há regras, os motociclistas aproveitam e
fazem até rachas nas estradas e nas rodovias


Na Reserva Indígena de Dourados o aumento da frota de motos tem sido, a cada ano que passa, mais alarmante, com isso suas conseqüências. “Hoje existem aproximadamente três mil motos circulando no interior da Reserva de Dourados”, calcula um morador da aldeia Jaguapiru.
Um dos principais capitais financeiros que dão possibilidades para as pessoas comprarem motos são empregos formais como professores, concursados, agentes de saúde e também os informais, como empregos nas usinas, que também têm crescido. “O acerto nas usinas os faz comprar moto com mais facilidade porque conseguem receber um bom dinheiro”, confirma Nilson Morales, 26 anos, morador da aldeia Jaguapiru.
Como na Reserva não há leis contra os veículos automotores como as motos, eles aproveitam disso e fazem “rachas”nas estradas e até na rodovia que liga Dourados a Itaporã. Na maioria das vezes as pessoas não usam capacete e nem portam carteira de habilitação por que não a possuem. “Eu já tirei racha de moto na aldeia é gostoso, porque a gente corre bastante, e eu não tenho medo de cair”, conta um adolescente de 16 anos que mora na Reserva de Dourados.
Existe uma outra questão que não é boa para a aldeia. São os carros e motos que entram sem documentação nenhuma, que podem ser veículos roubados. “Como não há policiamento na Reserva, estão entrando muitos carros e motos roubados, coisa que não deveria acontecer porque isso suja a imagem da aldeia”, defende Kenedy de Souza, 25 anos, da Jaguapiru. Além disso, argumenta que deveria ter regras na aldeia, com direitos e deveres, pois sem elas não adianta.
Na aldeia até crianças dirigem motos sem problemas, muitas vezes as motos de seus pais que as usam para trabalhar, ou seja, por sua necessidade própria. “Na minha opinião os pais deveriam aconselhar seus filhos a não andarem de moto porque se acontecer um acidente os culpados serão eles mesmos”, alerta um jovem da Jaguapiru, de 24 anos.
À noite na reserva, principalmente aos sábados, muitos jovens saem para se divertir correndo de moto porque para eles não importa se a moto está “enrolada” (sem documento), atrasada, se tem habilitação ou não; importante para eles é zoar pela noite toda.
De vez em quando, acontecem acidentes na aldeia. “Eu já sofri acidente de moto, nada muito grave apenas estragos nas motos. E quem foi culpado do acidente fomos nós dois, batemos de frente um com outro”, relata Nilson Morales, 26 anos. Ele argumenta que deveria ter sinalização para que não aconteçam acidentes como o dele.
No dia 25 de maio de 2008, houve um acidente com uma moto e um carro na Aldeia Jaguapiru. Felizmente não aconteceu nada de grave entre os motoristas, apenas estragos nos seus veículos. “Isso acontece por abusar da velocidade”, aponta um universitário indígena de 24 anos.
Estão sendo feitas algumas ações importantes, como a das pessoas que dirigem carroças, que agora devem ter carteira de habilitação. “Deveriam acontecer palestras tipo prevenção educacional de trânsito na aldeia, isso ajudaria as pessoas a se conscientizar do perigo de dirigir motos”, sugere Juscilene Carmo Vogado, 26 anos, moradora da Aldeia Jaguapiru. Segundo Juscilene, caberia às lideranças da aldeia e à policia se mobilizarem e fazerem vistorias a esses tipos de irregularidade que acontecem.
O Jornal Ajindo entrevistou um policial militar de Dourados. De acordo com ele, a PM só poderia atuar na Reserva com a autorização das lideranças. Isso foi firmado em um documento assinado pela Funai e pela Policia Militar.

Emerson

quinta-feira, 5 de junho de 2008

As ruas de Casablanca


Achei que o filme foi um pouco triste no final, mas gostei bastante. É bem legal para quem gosta de tirar conclusões, que é o meu caso. Tirei umas conclusões ótimas em relação à violência, familiares, amigos e a tragédia.

Achei muito legal a atitude do garoto de realizar o sonho do seu amigo, de se vestir como marinheiro. É bastante triste a vida deles, a maneira deles de viver, sem ter o que comer, sem ter onde tomar banho, tendo que roubas às vezes. Também achei triste a maneira do garoto Ali deixar a vida e, ao mesmo tempo, um absurdo.

Finalmente, o que eu achei pior: os garotinhos cheirando cola. Já ouvi muitas histórias parecidas sobre garotos de rua e em todas elas foi citado que meninos moradores de rua sempre cheiram cola para que não sintam frio e nem fome.

Comentário de Ana Cláudia de Souza, integrante da AJI


[ O filme "As ruas de Casablanca", dirigido por Nabil Ayouch, conta a história de Ali, Kwita, Omar e Boubker, crianças de rua. Eles vivem no porto de Casablanca. Ali quer se tornar um marinheiro e conhecer o mundo. Durante confronto com a gangue de Dib, Ali é morto. Os outros poderiam abandoná-lo. Mas decidem dar-lhe um funeral de príncipe. Os três amigos embarcam em uma série de encontros que lhes permitem recriar o sonho de Ali: encontrar a ilha com dois sóis. ]

segunda-feira, 2 de junho de 2008

1º Encontro da Juventude Indígenas de MS

Estivemos em Campo Grande para a primeira reunião de organização do 1º Encontro da Juventude Indígenas de MS; realizada ontem dia 30 de Maio. Na sede da Funai em CG.

Participaram: André Luiz tuka, Graciela Pereira, Jaqueline Gonçalves Kaiowa, Valdevino Terena, Karol Mendez, Luiz Fernando de Aldeinha, Terezinha da Educação e Avelino Terena.

Primeiramente gostaria de agradecer a todos e todas pela presença e justificar as ausências de Ismael Morel de Amamabai e do profº Alberto de Buriti.

Ficou parcialmente criada a comissão de Mobilização, composta por:
- Região de Panambizinho e Jaguapiru: Graciela e Jaqueline.
- Região de Aldeinha: André Tuka e Luiz Fernando.
- Universtários: Karla Mayara e Juvenil.
- Região de Limão Verde: Valdevino
- Dois Irmão do Buriti: profº Alberto.
- Amambaí: Ismael Morel.

*Faltando Cachoeirinha e aldeias de Miranda; Nioaque, Caarapó, Coronel Sapucaia, Brazilândia, Corumbá além dos Kadiweus de Bodoquena e Porto Murtinho.

Lembrando que é fundamental visitarmos as aldeias e falarmos com os caciques, professores e diretores.

Próxima reunião dia 12 de Junho- quinta feira; porque dia 13 é feriado em Campo Grande. AGUARDO SUGESTÕES E IDÉIAS!!!