A aldeia de Dourados é marcada pela violência, alcoolismo, drogas, suicídio. A Reserva Francisco Horta Barbosa é divida em duas comunidades, Bororó e Jaguapiru. Onde residem as etnias Guarani, Caiuá e Terena, são 15 mil indígenas para 3.500 hc de terras, aproximadamente 4.500 são jovens. Ate aí nada de novo não é? Já se deram conta de quantas notícias saem mensalmente sobre nossa comunidade? E todas são condenando e “massacrando” nossa gente! É fato que precisamos ficar atentos sobre o que acontece, as necessidades e pensar em como ajudar. Mas não podemos esquecer de que também somos pessoas, vivemos e que também temos algo de bom para mostrar e contribuir.
Meu nome é Kunha Rory Poty Rendy'í, sou Caiuá e faço parte da AJI-Ação dos Jovens Indígenas de Dourados, estamos trabalhando “duro” para uma aldeia melhor. Nossa ação funciona como uma pequena “escolinha”, onde jovens e crianças realizam oficinas de jornalismo, redação,fotografia, reciclagem, teatro, danças culturais, artesanatos e audiovisuais e a manutenção de uma horta comunitária. Já lançamos um livro de fotografia que nós mesmo construímos com o tema: NOSSOS OLHARES, que serviu de modelo para outros países, os jovens vão ser jurados num concurso mundial de fotógrafos indígenas. Temos videos de longa e curta metragem lançados em festivais nacionais e latino americanos. Lançamos jornais mensais para a comunidade em geral. A participação nos eventos indígenas é suma importância para nós.
Uma das coisas que priorizamos é a união entre as etnias para uma melhor convivência, valorizando a cultura na aldeia.
Como dizem os participantes; “temos um trabalho com passos de formiguinhas”, mas são esses pequenos passos que estão fazendo a diferença na nossa comunidade.
A Ação esta aberta para todos os que quiserem conhecer e participar.
INDIANARA/KAIOWÁ
Um comentário:
É muito bom saber boas notícias de Dourados.
Parabéns aos jovens da AJI pela coragem, criatividade e inteligência!
Sucesso com os projetos!
Um abraço,
Tatiana
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