quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Solução para índios em Dourados exige ampliação das terras, diz presidente do Conselho de Saúde

Os problemas das aldeias indígenas na região de Dourados (MS) não tratam apenas da saúde, exigem uma solução para a demarcação de terras. A afirmação é do presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Hilário da Silva. Para ele, a política de distribuição de alimentos é medida paliativa. Na região, foram registradas mortes de crianças indígenas por doenças decorrentes da desnutrição.

"Como indígena, eu acho uma injustiça ter esse tipo de ações paliativas como arrecadação de sacolão. O pessoal está num confinamento. Se não pensar num projeto estruturante, de ampliação da área, nós teremos um futuro pior do que já temos hoje".

A identificação, reconhecimento e homologação de terras é uma das ações em discussão pela comissão multiministerial que avalia a situação dos índios na região de Dourados. Várias das terras guarani kaiowá enfrentam problema de superlotação. Por exemplo, na reserva indígena Francisco Horta Barbosa (a 5 km de Dourados), uma das quase 30 terras ocupadas por esses índios na região sul de Mato Grosso do Sul, são 3.500 hectares para uma população de 11 mil índios. Além disso, o crescimento populacional dos povos indígenas nos últimos 30 anos é progressivamente superior à média nacional.

"Em Dourados é preciso pensar numa ampliação da área e montar projetos estruturantes, para que a própria comunidade seja auto-sustentável com a participação em projetos que o governo venha a desenvolver", defende Hilário.

A comissão multiministerial deve se reunir hoje (10) à tarde com as lideranças indígenas. A equipe também apura denúncias de uso irregular de verbas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). E um pacote de medidas deverá ser lançado para melhorar o atendimento e os serviços prestados aos índios da região.

Composta por representantes do ministério da Justiça, das Cidades, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de equipes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Funasa, a comissão chegou ontem (9) a Dourados.

3 comentários:

Anônimo disse...

ha tempos venho querendo saber que tipo de trabalho a aji faz em prol de seus jovens,parem para pensar um pouco, tenham um pouquinho de logica, sera que dourados com quase 13 mil indios lotados, confinados, com seus jovens se matando, morrendo por inumeras questoes nao precisam mais de vcs, que trabalho foi feito ate hoje, sera que ficar filmado filminho, dancando hip hop ajuda relamente esses jovens que tanto necessitam de apoio para aprender alguma, que realmente possam ajudalos de alguma forma. Fico indgnado quando a vcs da aji divulgam os taos lindos trabalhos, que porra de trabalho se nao fazem nada que prestem pelo outros a nao ser pelo 4 ou 5 integrantes que ficam viajando e gastando dinheiro da lurdinha pra e pra ca. Tomara que um dia vcs possam realmente fazer algo que preste para sua comunidade, mas lembrem que para ensinar algo eu devo ser o exemplo, portando nao tomem alcool e coloquem no orkut, nao fumem cigarros para todos verem afinal que exemplo em. No jornal de vcs tudo e maravilhoso, mas na realidade quando vc pergunta para qualquer um da aldeia de dourados o trabalho que esta sendo feito e indgnacao total. Facam alguma coisa que preste, e nao fiquem querendo bancar os mais lindos, os mais trabalhafores, porque vcs ensinam os jovens somente o lado bom, quando se esta ja no topo, ensinem eles a aprenderem algo degrau por degrau, quero ver o que vai acontecer com eles depois que o dinheiro acabar, a pinga secar e o cigarro acabar, pensem e reflitam sera que e preciso mesmo deixar dourados neste caos e abandonar os jovens que precisam tanto de algo verdadeiro e concreto. Me desculpem mais alguem tinha que falar pq ate agora foi ingnacao total mas ninguem teve esta coragem.

Anônimo disse...

Bom dia senhor Anônimo (A).
Primeiro a sua crítica é apenas mais uma e pelo que vejo não diferencia dos muitos que poderiam criticar construtivamente, no entanto criticam para destruir,mas essa é a postura de quem deve estar fazendo e muito pelos jovens.
acho que não vou precisar informá-lo sobre os trabalhos da AJI porque você conhece alguns deles,pois fala dos filmes,das viagens e do Jornal Ajindo. Isso de certa forma demonstra o quanto nossas metas estão sendo alcançadas, pois a sua critica é fruto de um descontentamento e é esse sentimento que move as pessoas a criarem alternativas para mudar uma realidade.
Por outro lado fico triste, pois se percebe que você não esta realmente preocupada (a) com a situação de exclusão, marginalização dos jovens, e sim como dinheiro da Coordenadora. Eu entendo você e sei que também gostaria de estar viajando, conhecendo outros lugares, mas quem não gostaria não é mesmo? O fato é que essas viagens acontecem para trocar experiências com povos de outros países, organizações como a ONU e assim tentar construir um diálogo de alternativas
Como você sabe, o mundo tem adotado uma nova forma de linguagem, o vídeo. Os vídeos que aos jovens indígenas produzem, fala da sua realidade, qual é a realidade dos jovens? Você sabe, Mas vou lembrar á você: Violência, trabalho nas usinas,discriminação etc. os "filmes” que você se refere, trata disso e isso é uma grande ferramenta de denúncia, viu q legal, estamos sempre apreendendo, hoje você apreendeu isso sobre vídeo, viu que legal?
Olha só, você precisa de um nome, uma identidade e é tão simples de conseguir, alem de ser um direito seu, alem do mais como reivindicar uma alguma coisa se legalmente você não existe? Estou pronto para te ajudar a adquirir esses documentos.

kenedy de S.M

AJI disse...

Caro amigo (a)

Devemos esclarecer alguns pontos referente ao trabalho da AJI.

Em primeiro lugar nós da AJI não temos o papel de governo como parece que você pensa, portanto não devemos ser responsabilizados pelos jovens que abandonam as salas de aula para irem trabalhar nas usinas de corte de cana, pelos jovens que encontram na venda de drogas um meio para sobreviverem. E as ditas lideranças... O que fazem? Onde estão? E a escolas? E a saúde? Qual a sua responsabilidade? Nós da Aji não somos filhos de Capitães e de outras lideranças para serem priorizadas e que se dane o resto dos jovens. Temos um trabalho a passos de “formiguinhas” do qual nós somos frutos, daqui a pouco outros estarão assumindo estes lugares e assim constantemente.

Colegiado da Ação dos jovens indígenas-AJI