sexta-feira, 24 de junho de 2011

Operação da PF já prendeu 5 por tráfico de drogas em tribos indígenas de MS

Um indígena identificado apenas como R.O.M., 18 anos, foi preso pelas equipes da PF (Polícia Federal) e do 3º BPM (Batalhão da Polícia Militar) durante a Operação Tekoha, em Dourados – a 225 km ao sul de Campo Grande, nesta semana.

Pelo menos cinco indígenas já foram detidos desde o dia 10 de junho, quando o caminhão da Superintendência Regional da PF se instalou na aldeia Bororó a fim de coibir a violência na região.

De acordo com os federais de Dourados, o indígena foi flagrado com vários papelotes de maconha. O entorpecente foi apreendido e pesado, somando 68,2 gramas. O rapaz foi encaminhado para o PHAC (Presídio Harry Amorim Costa), onde está à disposição do Juiz Criminal, da Comarca de Dourados.

A polícia ressalta que a quantidade de entorpecente encontrado com os jovens e rapazes da aldeia Bororó é pequena em relação às apreensões nas estradas, porém é significativa, uma vez que isso é constante. Além disso, os jovens da região têm acesso livre a bebidas alcoólicas, outro fator que faz com que cresça a marginalidade, tráfico de drogas e os casos de homicídios.

A ação deve se estender por quatro meses e foi organizada para manter rondas constantes na localidade, em conjunto com a PM e a Polícia Civil, dando mais agilidade as prisões e investigações. No caminhão, foi montada uma espécie de delegacia para poder suprir a necessidade urgente de uma intervenção no local, na luta contra o crime.

Equipes do caminhão supervisiona o posto avançado, que está instalado na frente da Escola Municipal Tengatui Marangatu, na Aldeia Jaguapiru e funciona durante o dia, das 7h30 às 17h30. Os federais ressaltaram que a instalação e funcionamento deste posto foi tomado junto a coordenação regional da Funai (Fundação Nacional do Índio).

A reserva de Dourados tem duas aldeias, a Bororó e a Jaguapiru, e registra índices de violência e criminalidade estimados em 800% acima da média nacional, o que é considerado preocupante pela autoridades.

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