sexta-feira, 15 de junho de 2007

Trocando experiências


No ultimo dia 12 de junho de 2007, Participei da aula de pós-graduação com alguns intelectuais de várias áreas, o assunto abordado era 'Hibridismo". Ao longo da aula pude perceber a concepção que algumas pessoas não índias tem a respeito do "outro" e suas diferenças, pude notar também certa ignorância em relação a assuntos respectivos a cultura ocidental, pois muitos não sabiam qual era o início do pensamento ocidental, que é a influência do cristianismo, portanto centrado em Deus, a Igreja católica no inicio queria uma cultura hegemônica, na qual só a religião católica prevalecesse.
Também foi discutido na aula as várias formas de hibridismo, dentre essas várias formas, encontramos a classe dos jovens indígenas de Dourados, na qual eu pertenço. Este é um tipo clássico de hibridismo, o jovem vive dois mundos, pois ele vive na cidade e na aldeia, faz este trânsito costantemente, sempre tentando fazer uma negociação cultural entre estas duas realidades, ao fazer isto ele não perde nem adquire outra cultura, mas sim constrói uma outra identidade cultural, na qual ele possa viver. Mas este, entre dois lugares também é alvo de costantes conflitos, na qual o jovem passa a questionar o meio em que vive, a sociedade que tanto banaliza sua comunidade.
Entre estes conflitos, muitas vezes se encontra a violência . Uma questão que se tornou um discurso polifônico entre a maioria dos jovens indigenas de Dourados, devido a gravidade com que acontece os fatos violentos.
A aula da Professora Doutora Palestrante de planejamento de metodologia científica, Maria de Lurdes Beldi de Alcântara foi bastante produtiva, pois pude aprender muito e também contribuí um pouco para o pessoal que estava lá de entender um pouco sobre a nossa realidade, ter um contado a mais com o outro e mostrar que nós jovens indígenas podemos ser sim intelectuais de nossas comunidades de nosso povo e quem sabe do outro, que ainda nos parece
um puco distante de compreender.


Graciela Pereira de Souza
21 anos ; guarani

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