terça-feira, 24 de agosto de 2010

Assume cargo a professora da UFGD Lia Oliveira; decisão foi publicada no Diário Oficial da União

A professora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) Lia Aparecida Mendes de Oliveira, é a nova administradora regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Dourados. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 10, contrariando um grupo de indígenas das aldeias de Dourados, que defendiam a permanência da antropóloga Maria de Fátima Rosa Vilarinho no cargo. Ao O PROGRESSO, a nova coordenadora, que está em Brasília para tomar posse, disse que o momento é de conhecer o que a Funai já vem desenvolvendo nas comunidades e as reivindicações dos indígenas. O desafio a partir de agora é mudar a realidade de indígenas que vivem a beira das estradas por falta de terra, além de viabilizar documentos para mais de cinco mil índios que não dispõe deste tipo de recurso. "Queremos manter um diálogo e garantir espaço e participação dos grupos sempre", destaca. Questionada sobre protestos que reivindicam a permanência de Maria de Fátima ao cargo ela diz, que o grupo não representa maioria dos indígena, e que inclusive já vem recebendo apoio de comunidades de todas as cidades do conesul. Para por um ponto final as mobilizações ela, pretende se reunir com todos os indígenas na próxima semana. O objetivo é fazer a apresentação oficial dela para a comunidade, ouvir as reivindicações e apresentar propostas dentro do que a Funai pode fazer. A professora trabalha nas comunidades indígenas desde 2004. Ela leciona matemática étnica, formando professores indígenas dentro das aldeias. PROTESTOS Liderados pelo capitão Renato de Souza, um grupo de indígenas se mobilizou ontem em frente Funai, na tentativa de evitar a saída de Maria de Fátima. Com faixas e cartazes, eles permaneceram no local durante toda a manhã de ontem. De acordo com eles, o grupo teme que as mudanças sejam motivadas por questões políticas. "A nossa aldeia está sendo bem atendida. Agora temos maquinários e muitos outros benefícios nas lavouras. A prova disso é que as famílias já estão conseguindo produzir em casa, coisa que antes não acontecia. Temos medo de perder tudo", conta.

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