quinta-feira, 29 de junho de 2006

1º Encontro e lideranças de MS contra o uso abusivo do álcool e das drogas nas aldeias indígenas do estado

Do dia 26 á 27 de junho, a FUNASA realizou na cidade de Campo Grande o primeiro encontro de lideranças de Mato Grosso do Sul a fim de combater ouso de drogas e álcool nas aldeias do estado. Participaram representantes de todas as etnias.
Para formular as propostas, os grupos foram separados por pólo base, e cada grupo colocou o problema que enfrenta em sua aldeia e qual seria a solução, o que foi discutido se transformou em uma carta, que será encaminhada para as autoridades. Esse encontro foi um dos primeiros, mas que já é um passo para combater as drogas e álcool nas aldeias indígenas do Mato grosso do sul.


Micheli Alves Machado- Kaiowá

A AJI no I Aty Guassu de Mulheres Indigenas


No dia 22 de Junho iniciou-se, o I Aty Guassu de Mulheres Indígenas de Mato grosso do Sul que acontecera ate o dia 24 de Junho. A AJI( Ação dos jovens Indígenas) juntamente com lideranças da região de Dourados participaram do evento, que aconteceu na aldeia de Campestre, município de Antonio João.
Foram dias em que nossas mulheres Kaiowá, Guarani e Terena, tiveram oportunidade de expressarem o que estão sentindo diante dos problemas que afetam nossa gente. Durante o encontro foram levantados vários temas como a questão da terra entre outros.
Um grande momento que a AJI destacou-se, foi o momento em que o vídeo-denúncia foi a público, um instante de muito nervosismo para os jovens de Dourados. A noite houve várias apresentações, e nos aproveitamos para apreciarmos e participar da típica dança dos Kaiowá Guarani, o Guaxiré.
A assembléia foi muito proveitosa para a AJI, pois filmamos o evento e tivemos a oportunidade de aprender mais sobre a luta das mulheres Indígenas. E mais uma vez ter o intercambio com o nosso povo, e com isso aprofundarmos o nosso conhecimento em questão da atual situação política indígena do estado.
Indianara Ramires Machado, 15 anos, Kaiowa

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Índios de Dourados bloqueiam MS-156

Os índios da aldeia de Dourados bloquearam a MS - 156 que liga Dourados à Itaporã no dia 30 de maio a 01 de junho, o grupo reivindica a melhoria das estradas dentro da aldeia.
Mas nem todos dessa aldeia apóiam essa atitude, pois o grupo que bloqueou a MS agiu com violência com os brancos que passavam pelo local, e com os próprios índios que utilizam a MS para trabalhar. È injusto que isso ocorra com nós índios por causa da atitude de um pequeno grupo toda a comunidade é hostilizada e generalizada.
Tudo bem que a causa é justa, mas para conseguir as melhorias que a aldeia necessita é preciso de união entre a comunidade e não de violência, sabemos que de vez em quando é preciso essas atitudes de bloquear estradas, mas sem violência, pois a violência só gera violência, e isso faz com que todos os índios sejam vistos como selvagens e irracionais.

Micheli Alves Machado-kaiwá

DE OLHO NO GOVERNO MUNICIPAL

Na manhã de quarta-feira, 31de Maio de 2006, alguns moradores das aldeias Jaguapirú e Bororó, liderados pelo capitão Renato de Souza, e seu vice Anaor, decidiram bloquear a rodovia MS – 156 que liga Dourados á Itaporã.
O motivo desse impedimento são as más condições em que se encontram as estradas naquela região. Nesta manifestação, os indígenas que participavam do protesto impediram os brancos e os próprios patrícios de passarem pela referida estrada. Essa situação, em alguns momentos gerou conflitos dentro da própria comunidade indígena, pelo fato de que alguns moradores dessas aldeias, não quiseram participar do movimento. O fato acabou gerando desentendimentos e intrigas entre algumas pessoas. Diante da paralisação da Rodovia, que durou dois dias, o prefeito Laerte Tetila, esteve no local, e garantiu para os índios que as reivindicações seriam atendidas, porém que eles precisavam desbloquear a estrada, e acabar com o pedágio.
Acreditando no Governo Municipal de Dourados, os indígenas, retiraram-se da estrada, e agora estão aguardando a solução dos problemas.
A A.J.I. – Ação dos Jovens Indígenas está atenta, querendo saber se o poder público cumprirá, ou não com as promessas feitas aos povos indígenas de Dourados.

Dieferson Batista Gimenez – 16 anos – Guarani
Alcir Rodrigues Medina – 21 anos – Guarani
Eder Felipe Valério - 17 anos – Terena
Júlio Echeverria – 19 anos – Terena.